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Há muito tempo que eu venho trabalhando para desconstruir as fantasias.
Eu criava fantasias onde estava jogando futebol, era o jogador mais habilidoso, fazia as jogadas mais lindas e etc. Criava fantasias onde eu estava me declarando pra uma moça, e nestas fantasias tudo acontecia de acordo com os meus desejos... Eu criava fantasias onde eu estava perseguindo alguém e praticava uma vingança pelas maldades que esta pessoa havia feito pra mim.
Todos os egos usam a minha mente e ficam criando fantasias; a cobiça, a luxúria, a raiva, etc, etc, etc.
Vários egos se manifestam durante o dia e eu não sei qual vai agir neste ou naquele momento. E eu só posso desconstruir os egos nos momentos em que eles estão se manifestando.
Eu criei a disciplina de não produzir fantasias e sigo trabalhando para que esta disciplina se torne presente na minha vida. Quando eu começo a criar alguma fantasia, seja de qual ego for, a minha disciplina me alerta eu eu me posiciono interrompendo estes pensamentos mecânicos, fantasiosos.
Diante das fantasias eu necessito usar a auto-observação, reflexão e compreensão para ir tirando o sentido destes egos, e verificando a sua ausência de sentido eu fico em condições de interromper estes pensamentos, parar com eles e colocar a minha atenção no momento presente, no que eu esteja fazendo.
As fantasias não escolhem lugar, aparecem no banho, no metrô, no ônibus, caminhando pelas ruas, fazendo uma refeição, etc.
A nossa mente e o nosso centro emocional são como um cachorro. Quando não são adestrados, fazem coco e xixi em qualquer lugar, são indisciplinados. Da mesma forma, a mente e o emocional desgovernados vivem criando inconsciências na nossa alma!
Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com
Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.
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