domingo, 27 de março de 2016

Exercitando a consciência (Transmutando o Ego em Flor) - cap.18

Eu... pássaro
Eu... brisa
Eu... caminhar
Eu... submerso

Borboleta sou
Universo 
Sou
A formiga e a avelã

Eu... lágrima
Eu... beijo-luz-manhã
Eu... ser de paz
Eu... mal já fiz

Plenitude sou
Flor de liz 
Sou
A cantiga e a maçã

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Exercitando a consciência

A natureza da memória nos permite criarmos instrumentos para exercitarmos a consciência, para que ela se expresse, para que ela se torne auto-consciente.

A disciplina, a linguagem, a matemática, a geometria, a lógica, etc.

A retrospectiva diária, as técnicas envolvendo a imaginação como instrumento para exercitar o relaxamento, concentração e meditação, as orações para canalizarmos energias nos comunicando com a Consciência Cósmica, o uso das memórias para exercitar a reflexão, etc. O uso da lógica para criarmos estratégias para administrar o  lar, o trabalho, os estudos, etc.

Para um uso saudável dos recursos da mente vejo como importante que a consciência esteja no comando, sempre atenta de que os pensamentos são instrumentos apenas, a consciência não é pensamentos, nem sentimentos, nem movimentos, nem instintos, ela os usa para se expressar e se desenvolver. Enquanto um ser esteja identificado, se achando pensamentos, estará vulnerável aos egos, isto eu o experimentei.

O despertar da consciência nos leva a um estado gradativo de percepção de si nos distinguindo dos pensamentos, passamos a sentir nosso Ser, mas é devagar, em níveis que vão crescendo de acordo com o avanço do despertar. Quanto maior a auto-consciência, maior o controle sobre os pensamentos, sentimentos e ações, maior o controle de si.

Se mente não for sabiamente usada ela fica descontrolada e sufoca a consciência envolvendo-a em uma tagarelice incessante, com muitos sonhos, fantasias.

Estas palavras são para serem conferidas, experimentadas, comprovadas e não para serem aceitas.

Fraternalmente,

Ulisses Higino

www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

sábado, 26 de março de 2016

O ego e suas consequências (Transmutando o Ego em Flor) - cap.17

A espera é ostra
muitas delas ocas
raras trazem pérola
a beleza cara

Oca quando espera
logo desespera
se impacienta
longe vai do Ser

Quando o Ser impera
a espera é calma
burilando a joia
da serenidade

Flor da paciência
na ostra é a pérola
se ela sábia for
e a produzir da espera

Outras ostras tantas
nas esperas da vida
de alma se esvaziam
ao produzirem raiva

Ostras, almas vivas, mortas
quantas delas tortas
a povoar a terra...

Ostra, rara ostra bela
quem a vai achar
no mundo cemitério?

Quem de si fará
ao produzir da dor
a joia da virtude
uma ostra-anjo?

Mais fácil é gritar
reclamar, protestar
se enervar, destruir
do que sereno ser
e tudo resolver
na lucidez da paz

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O ego e suas consequências

No livro "O Bem e o Mal" refleti detalhadamente sobre as consequências para as nossas ações, se possível for vou publicá-lo novamente. Nesta obra preciso ser sintético.

Não posso dar verdades, a sensatez mostra que cabe a cada um encontrar as verdades da natureza. 

Se houverem outras existências, provavelmente vivemos consequências dos nossos atos na existência anterior. Não lembrar de onde viemos antes de nascer nos move a buscarmos a realidade sobre a vida, e uma grandiosa e simples verdade é o amor, consciência!

O ego da ira é uma memória com vida própria, e por conta dos erros que cometi em passada existência, devido a este ego, agredindo, prejudicando, etc, nesta existência o destino me traz as consequências, agressões que receberei, doenças, etc. A dívida cármica mantém este ego da ira vivo dentro de mim, ele é o meu sofrimento, o impedimento para minha consciência despertar. Mesmo que eu não alimente este defeito, memória, ele não desaparece enquanto eu não pagar minhas dívidas. E mesmo que eu pague com a dor, se não compreender e eliminar este defeito, ele voltará a se desenvolver.

O ego não é uma memória comum que se desfaz ao não ser alimentada, pois ele gera consequências e nossas almas ficam presas a estas dívidas, presas a estes defeitos psicológicos.

Para eliminar o ego faço trabalhos pelos semelhantes, presto assistências aos enfermos, dou carinho e amizade para as almas irmãs deixadas nos asilos, faço trabalhos para auxiliar os pobres e necessitados, escrevo gratuitamente sobre o despertar do amor, publico músicas estimulando o despertar da consciência e outras ações. Minhas dívidas foram geradas pelos erros que cometi com as almas irmãs, sei que o caminho para a minha liberdade é trabalhar por estas almas diretamente, ficar em casa ou vivendo minha vida de forma egoísta não vai me levar a parte alguma. As orações me ajudam, mas à frente delas sei que devem estar minhas ações!

Com estes trabalhos sinto que estou pagando minhas dívidas, e como merecimento minha compreensão está se expandindo, me permitindo eliminar as formas-ego e despertar as virtudes do SER.

Aos poucos estou conseguindo eliminar partículas do orgulho, do ciúmes, do medo, dos ressentimentos, da arrogância, da vaidade, etc, e as virtudes correspondentes vão sendo libertadas. A verdade sobre o estado da minha consciência é minha e peço que não acreditem em mim, não sou alimentador de crenças.

Sou cego em relação ao mundo espiritual, não tenho verdades que me são mostradas pela clarividência, não saio consciente em astral, me guio apenas pelo meu coração, pela intuição. Minhas mensagens são bem simples de serem analisadas, as deixo no trabalho de amar a criação e assim sigo  para resgatar a liberdade da minha alma.

Todo aquele que busca um caminho necessita de referências, minhas palavras são referências para os que as aceitem. Se me perguntam como se libertar do ego eu digo: o caminho que conheço é o amor, sair para o mundo para auxiliar, amparar, prestar socorro, e ser humilde pedindo orientação interna para aprender o ofício de amar a criação! Depois disto refletir, meditar, compreender o ego e orar ao Íntimo pedindo para eliminar de si a forma-ego que foi compreendida. Este é um trabalho diário.


Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

domingo, 20 de março de 2016

Memórias ( Transmutando o Ego em Flor ) - cap.16

O amor não poderá haver sem tolerância
O amor não poderá haver sem desapego
O amor não poderá haver sem compromisso
O amor não poderá nascer sem gentileza
O amor não poderá florir sem o carinho
O amor não poderá brilhar sem paciência
O amor não pode respirar sem harmonia

Onde há espinhos no falar, pedras no coração, frieza no olhar... Não existe um ninho onde a paz repouse, o amor passarinho vai voar pra outro lugar!

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A consciência não é uma memória, mas se utiliza de memórias para se manifestar. 

As substâncias mentais são moldáveis e nos permitem criarmos memórias pela repetição, estas memórias são formas mentais. A linguagem que usamos, por exemplo, é um conjunto de símbolos que memorizamos e mantemos vivos com a prática diária, se pararmos de usá-las estas memórias irão se enfraquecendo e se desfazendo. Se uma pessoa ficar muito tempo sem escrever, quando retornar a esta prática perceberá que esqueceu a forma correta de escrever muitas palavras.

Todo profissional memoriza um conjunto de princípios relacionados a sua profissão e os  utiliza para se desenvolver na sua área de ação, estes princípios são suas ferramentas. Se este profissional parar de atuar estas memórias vão se desfazendo aos poucos.

Os egos são memórias que tomam vida própria e passam a dominar o corpo ao manterem a consciência adormecida. As memórias são estimuladas por associações, lembranças, e ao serem alimentadas se fortalecem.

Os egos continuam porque os alimentamos frequentemente com nossas ações inconscientes. Ironicamente exercitamos os egos, estas memórias. Exercitamos a impaciência, a intolerância, o ciúmes, a luxúria, etc, ou seja, exercitamos a inconsciência!

Nos próximos capítulos farei reflexões sobre o ego e o carma, e sobre preencher a alma com memórias conscientes, colocar luz para ocupar o lugar da sombra.

Por uma análise lógica podemos deduzir que o ego se mantém vivo em nós pelo fato de estar ligado a lei de causa e efeito, deste modo não basta deixá-lo de lado para ser esquecido é preciso cancelar dívidas.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

sábado, 19 de março de 2016

Tendências ( Transmutando o Ego em Flor ) - cap.15

Quando a prima Vera se ausentou da minha vida o jardim não mais floriu...

Vivo longa espera embora minh'alma não mais viva... Vera, porque o amor de mim fugiu?!

Não se engane, olhar que beija a poesia, busco o amor mas não sei o nome dela, apenas sei que é uma Rosa e que o parentesco é real. Ventre que a floriu, a mim floriu também no mundo, a Mãe Terra.

Escuta-me amor, nesta súplica ao vento:

Se de ti perdido estou, um pecado cometi; perdoa por favor, pra que eu possa te encontrar!

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O ego se desenvolve como uma tendência, a consciência se desenvolve como fruto de um trabalho consciente. A sujeira é uma tendência natural, a limpeza não é tendência, é fruto de esforço, disciplina.

Em um jardim as ervas daninhas nascem como uma tendência natural, já um jardim florido, limpo, bem cuidado, é fruto do trabalho atento do jardineiro, retirando as ervas daninhas que vão nascendo, dia após dia.

A vida é fértil, a cada instante algo sempre está nascendo, ou um defeito surgindo, ou uma virtude em expansão. Alguma casa fica limpa por uma tendência? Ou pela disciplina atenta?

O despertar da consciência não é uma tendência, e embora seja simples, devido ao tamanho da loucura que a humanidade criamos dentro de nós, acabou se tornando um trabalho complexo! Que tristeza... Criarmos a dificuldade que nos distancia da simplicidade do amor!

O trabalho para o despertar, embora seja duro, ao menos para o meu SER está sendo, me trás felicidades divinais!

A consciência é o ouro-alma a ser garimpado na montanha ego. A cobiça humana encontra o ouro na terra, mas o ouro do SER só se encontra na ausência do ego! Isto é raridade pura!

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

sexta-feira, 18 de março de 2016

Simplicidade ( Transmutando o Ego em Flor ) - cap.14

Alma irmã, espelho a refletir-me o SER, felicidade ao ver a luz do amor me permites ao mirar teus olhos.

Falar contigo é falar comigo, pois tu és Deus e eu sou teu eco!

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Compreendo ser muito importante o caminhar dentro da simplicidade. Havendo simplicidade temos uma melhor possibilidade de compreensão, assimilação e melhores condições para exercitar os princípios de um fenômeno, seja ele qual for.

Nos capítulos anteriores mencionei as características do ego: "memória", "desejo", "expectativa", "ansiedade", "impulsividade", "fantasias", "intransigência", "competitividade", "egoísmo", "insatisfação", "rigidez", "inflexibilidade", "desequilíbrio", "desarmonias", e o fato de que os defeitos psicológicos agem por associação, e somente um por vez atua no comando do corpo. 

A prática de viver em auto-observação de forma reflexiva no sentido do viver consciente nos permite descobrir o ego em suas diferentes manifestações e a sua falta de sentido.

Qual o sentido de alimentar memórias destrutivas? Ressentimentos, ciúmes, pornografias, cobiças, invejas, etc? Qual o sentido de desejar, havendo a compreensão de que o desejo é vício psicológico desnecessário, escravizando a consciência, quando podemos experimentar os prazeres da vida de forma harmoniosa e sem nos tornarmos dependentes deles? Se aprendemos a conduzir nossa vida pela vontade e não sermos conduzidos pelo desejo, aprendemos a viver sem as expectativas, sem a ansiedade, sem a impulsividade. Qual o sentido das fantasias se elas destroem o senso do real, a consciência? Qual o sentido da intransigência se todos temos a ensinar e a aprender uns com os outros? Qual o sentido da competição? Diminuir os demais? Um ganhando e todos os demais perdendo? Um feliz e todos os demais tristes? Onde está a inteligência de produzir frustrações em massa? Porquê não a cooperação, onde todos ganhamos juntos e ninguém perde? Qual o sentido do egoísmo se todos somos um? Se todos somos partículas de um grande TODO divino? Porquê ser rígido, se rigidez é a morte e a alma é o calor da vida? Vida em movimento? Porque viver em desequilíbrio se o equilíbrio é paz, saúde, felicidade, liberdade? Qual o sentido das desarmonias, se elas nos fazem infelizes?

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Voltando a simplicidade, uma prática que nos ajuda a transformar estes valores negativos, acima citados, em virtudes, é a "Auto-observação" aliada a "Reflexão no sentido do viver consciente" concentradas na sabedoria de realizar o despertar da consciência.

Podemos observar sem refletir, isto não serve. E podemos intelectualizar as coisas, identificados com o intelecto, pensamentos, isto não é reflexão. A reflexão é a análise conduzida pela alma, consciência, e ela não é pensamento, nem emoção, nem movimento.

Não posso começar como professor, sempre começo como aprendiz, errando, buscando compreender o como se faz. Tento andar de bicicleta caindo e voltando a cair, até aprender o equilíbrio. Auto-observação e reflexão consciente são práticas que podemos aprender e dominar, mas não logo no início, são fruto de trabalho.

No próximo capítulo vou aprofundar nestas reflexões.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

quarta-feira, 2 de março de 2016

AVISO AOS LEITORES

Estão havendo problemas nas instalações do prédio para onde me mudei e por este motivo a instalação da minha linha telefônica/internet ainda não foi possível. Assim que for resolvida a situação voltarei a publicar os capítulos do Poesias Para o Despertar.

Fraternalmente,

Ulisses Higino