domingo, 26 de junho de 2016

Leitores do Poesias Para o Despertar, abaixo estão os capítulos deste final de semana. Na próxima sexta, sábado e domingo volto a postar a continuação do livro em andamento.

Abraço fraterno!

Ulisses Higino

Frutos da Competição (Transmutando o Ego em Flor) - cap.70

Adormece a semente da maçã, desperta a macieira.
Adormece o ego, amanhece a medusa!

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Das competições nascem os ídolos e os idólatras, nasce uma sociedade desejosa de ter fama, os seguidores, os líderes com desejo de ficar no poder, os narcisistas, os super heróis, os vilões, a economia inflacionária. Das competições nascem também as explorações religiosas, políticas, artísticas, financeiras, etc, manipulando a massa para ganhar dinheiro, gerando a miséria da riqueza e da pobreza.

Desde criança aprendi que o normal é tudo isto, desejei ser um ídolo, uma pessoa famosa, um milionário e quando me voltei para a espiritualidade desejei ser um mestre, um guru, um iluminado! Abro mão de tudo isto, não busco mais o céu e nem o temor do inferno, busco ser consciente. Não busco mais poderes de nenhuma natureza, a simplicidade é a maior faculdade que sempre tive e não sabia valorizar.

Todo ser é maravilhoso, todo ser é divino, cada um está em um estágio diferente do outro, sempre alguns abaixo de nós e outros acima.

Antes desejava ser um iluminado e saber de todas as coisas, agora vejo que felicidade é compreender que todos temos diferentes saberes e nos completamos! É muito desagradável a  postura do sabichão, o que sabe de todas as coisas, é muito feliz saber que erramos e aprendemos, e que os demais podem nos ajudar e que podemos ajudar os demais.

Pra que ser melhor que os outros? Ser especial? Ter poderes? Pra gerar seguidores? Admiradores? Pra mudar a vida das pessoas pela sedução, para converter os demais, para gerar desejosos por poderes, para gerar inveja? Não duvido que existam faculdades superiores, mas eu não as busco, não mais, se um dia forem colocadas em minha vida terei que administrar com sabedoria, mas não estou atrás de poderes.

Não estou atrás do título de Mestre, de Gurú, de professor, de nada, sou apenas um cidadão compartilhando vivências e dando sugestões de um possível caminho para o despertar da consciência.

Todas as fantasias geradas com as competições me contaminaram em  todas as fases da minha vida e hoje agradeço por ter descoberto meus fanatismos, poderia ter ficado perdido em tudo isto, é o risco de viver!

Quem se sinta bem vivendo neste mundo de competições e suas consequências os respeito, eu estou saindo fora desta ordem de coisas.

Nos próximos capítulos farei reflexões sobre reinos, castelos, rainhas e reis, princesas e príncipes, hierarquias e suas relações com as competições.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sábado, 25 de junho de 2016

Exercício de Amor (Transmutando o Ego em Flor) - cap.69

As experiências de vida são a boca do tempo, os sofrimentos e alegrias são seu verbo, ambos conversam com nossas almas, mostrando-nos quem somos!


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Muitos buscam o despertar da consciência, muitos podem dizer que é o caminho a seguir, mas quantos praticam o amor?

A consciência que busca o despertar cuida do seu trabalho com responsabilidade, cuida de sua família com responsabilidade, coopera com a limpeza do lar, coopera com a organização, coopera com a natureza, coopera com a sociedade, coopera com a criação separando uma parte do seu tempo para auxiliar os enfermos, os órfãos, os abandonados nos asilos, os pobres, os inválidos, etc.

A consciência que busca o despertar coopera com seus rins, bebendo água regularmente, coopera com seus estômago mastigando conscientemente os alimentos, buscando se alimentar de forma cada vez mais saudável, coopera com seu sistema muscular fazendo exercícios moderados, coopera com seu centro emocional eliminando de si as emoções negativas, etc.

A consciência que busca o despertar, para poder desenvolver-se no universo da cooperação, comunhão, trabalha para eliminar de si os defeitos psicológicos que a distanciam do amor. Elimina a ira que agride os demais, elimina a preguiça que a impede de colaborar, elimina a luxúria que a faz explorar sexualmente seus semelhantes, elimina a vaidade que a faz acumular bens, ostentar, se exibir, elimina o orgulho que a faz sentir-se melhor que os outros, elimina o ciúmes que a faz desrespeitar o livre arbítrio alheio, a faz sentir-se como dona dos demais, elimina a paixão que gera os apegos, elimina a inveja que a faz desrespeitar as realizações dos semelhantes, desejando-as para si, elimina a intolerância, a arrogância, a prepotência, a mentira e todos os demais egos.

A consciência que busca o despertar segue o caminho do amor, e devagar, com continuidade, segue libertando sua alma do egoísmo!

Consciência é amor, amor é fato, ação, trabalho, cooperação, comunhão!

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Cooperação (Transmutando o Ego em Flor) - cap.68

Vênus

No céu da boca do amor sou um voo-beijo, azul carinho...
No paraíso lábios-rosa sou um anjo beija-flor!

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Todos os fenômenos na natureza se desenvolvem por meio de uma comunhão, uma cooperação. A terra, a água, o Sol, o ar, todos se complementam, um dando sentido ao outro. Os minerais, vegetais, animais e humanos; os planetas, os sistemas solares, as galáxias, etc.

Em nosso organismo todos cooperam, e todos precisam de todos. O coração bombeia o sangue para todo o corpo, os vasos sanguíneos se oferecem como condutores, os alimentos são transformados no sangue, a boca recebe os alimentos, as mãos levam os alimentos para a boca, etc. Sistema muscular, sistema respiratório, sistema digestivo, sistema nervoso, sistema esquelético, etc.

A cooperação é um meio inteligente de viver em paz, é o caminho para a harmonia, para a saúde, para o amor! É o único caminho!

Como uma pessoa pode aprender o valor da paz se não conhece a guerra? Como conhecer o valor da mansidão se não conhecemos a ira? Como conhecer o divino em nós sem termos a experiência do ego? Como alcançar o viver além do bem e do mal sem termos vivido a dualidade? Como aprender profundamente a importância de cuidar dos dentes sem antes ter sofrido em uma cadeira de dentista? Como saber a gravidade do fato de que o fogo queima sem ter visto um incêndio?

Nossa humanidade se desenvolveu dentro do ego e agora está claro que o problema se tornou muito complexo! Será possível que um ou dois dentre os seres humanos consigamos despertar a consciência neste estado em que nos encontramos?

Nosso planeta está sendo um laboratório maravilhoso! As possibilidades para o despertar da consciência são fantásticas! Mas, não é simples conseguir este feito.

Vivemos em uma treva tão densa que se surgir uma luz aqui ela terá um brilho de qualidade única!

O mal é necessário para que o bem possa surgir, mas existe o risco que os seres não consigam se desprender do mal... Um filho precisa ir para o mundo ter suas experiência, mas existe o risco dele não conseguir sobreviver ao mundo. Uma criança precisa desenvolver anticorpos e para tanto precisa se expor, mas algumas não conseguem sobreviver.

É compreensível o desenvolvimento do ego, o surgimento do mal em nós, o mundo no estado em que o colocamos hoje; este planeta é um laboratório. Haverão outros planetas em condições diferentes? Provavelmente sim. Estamos aqui para aprender algo e depois jogar tudo fora? A natureza nos mostra sua maestria por todos os lados, não faz sentido a possibilidade do acaso, a possibilidade de desenvolvermos sabedoria para depois tudo se acabar com a morte.

No próximo capítulo vou seguir falando sobre a cooperação.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Competição (Transmutando o Ego em Flor) - cap.67

O amor dá liberdade para que as células do mesmo corpo sejam independentes. Algumas usam esta liberdade para se esquecerem que são parte de um todo, e ao se acharem únicas competem com as demais, não percebem que estão destruindo a si mesmas...

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A competição é uma fábrica de produzir destruição!

Para uma competição reunimos uma quantidade considerável de competidores e dentre todos apenas um sai ganhador. Assim produzimos um monte de perdedores, tristes, desejosos de vingança, com inveja do ganhador e apenas um vencedor... Qual a lógica sensata disto?

Se uma competição premiasse todos e sobrasse apenas um perdedor, será que os vencedores iriam deixar este perdedor sozinho?

Nas competições os vitoriosos comemoram e os perdedores ficam rebaixados, tristes. Os vitoriosos se autocondicionam a serem insensíveis com o sofrimento alheio, pois vivem a prática de sair comemorando e não olhar para a tristeza do perdedor. Quem é que vence e se volta para consolar o perdedor? Existem exceções, mas são raras.

Competidores e torcedores vivemos esta prática da insensibilidade para com o sofrimento alheio, ao londo dos anos. O hábito do cachimbo é o que deixa a boca torta!

As competições alimentam os ressentimentos que por sua vez alimentam as vinganças; alimentam também a ira,a deslealdade, a mentira, a inveja, etc. As competições nos dividem em grupos, uns contra os outros. Países contra países, torcida contra torcida, cidade contra cidade, bairro contra bairro, etc. Escolas competem entre si, empresas, gangs, etc. Competição pela melhor nota escolar, o mais bonito, o que se veste melhor, o mais rico, o que fala melhor, a melhor religião, etc. Competição esportiva, artística, política, etc.

Como alguém pode despertar a consciência vivendo no meio de competições? Vivendo esta prática que alimenta tantos egos?

O hábito das competições está profundamente enraizado em nossas almas. Com um trabalho responsável e um método eficiente este hábito pode ser eliminado aos poucos, colocando-se no seu lugar a prática amorosa da cooperação.

No próximo capítulo farei reflexões sobre a cooperação.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Cooperação e Competiçao (Transmutando o Ego em Flor) - cap.66

A felicidade é um jardim, fruto do sol, água, terra e ar; fruto do zelo de um jardineiro; comunhão de cores, perfumes, formas, abelhas, borboletas, colibris, flores!

Um jardim é um grão de uma montanha, que é um grão de um planeta, que é um grão do infinito... 

Já bebi um oceano, porém só posso com um copo d'água de vez em quando!

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Os valores dos egos são complexos mas ao mesmo tempo fazem parte de uma síntese. O corpo humano é complexo, mas ele todo veio de um óvulo fecundado.

Todos somos parte da natureza e temos em nós a energia do crescimento, seja físico, emocional, mental, etc. A natureza se expande sempre!

Se houver consciência esta segue se expandindo no rumo da harmonia, compreensão, cooperação, paz, etc. Havendo inconsciência, ego, este também segue se expandindo, mas no rumo da ignorância, cada vez mais inconsciente, mais grosseiro, mais sofrimento, mais limitação, mais desejoso de atenção, mais vaidoso, mais orgulhoso, etc.

A consciência não vai estacionar, o ego também não.


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Dentro dualidade a consciência cresce no sentido da harmonia, cooperação, o ego cresce no sentido da desarmonia, competição, destruição.

A ira compete, o orgulho compete, a vaidade compete, etc. Nem sempre a competição é com outras pessoas, por vezes é contra a própria pessoa.

Nos próximos capítulos vou desenvolver algumas reflexões sobre esta questão.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sábado, 18 de junho de 2016

Continuando com as diversas características dos egos (Transmutando o Ego em Flor) - cap.65

Infinito, mulher, fonte de onde nasce a fonte, ser-terra que do  seu ventre germina a flor da vida!

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Nos capítulos anteriores escrevi reflexões sobre os aspectos relacionados com os egos:

"Memória", "desejo", "expectativa", "ansiedade", "impulsividade", "fantasias", "intransigência",

Agora seguirei com as características:

"Competitividade", "egoísmo", "insatisfação", "rigidez", "inflexibilidade", "desequilíbrio", "desarmonias". 

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Não escrevo verdades, sei que a verdade cada um a descobre dentro de si, dou referências, me ofereço para ajudar, colaborar com o despertar da consciência na natureza.

É cômodo um Ser colocar sua confiança em um outro e "acreditar" que este outro Ser está com a verdade, isto é uma forma de condicionar a própria consciência para a passividade, um perigo! Mas, diante do comodismo, isto é uma tendência... Temos uma tendência de buscar zonas de conforto!

Acreditar que um outro Ser nos transmite verdades nos coloca na posição de permitirmos ser guiados, manipulados...

Considero todos os seres como irmãos, por isto uso este termo. 

Irmãos, tenho a minha verdade e dou referências, se lhes servirem fiquem à vontade para desfrutar, porém os alerto que sempre precisarão comprovar em suas vidas se o que falo pode ou não ser verdadeiro.

Muitas das questões que escrevo são óbvias, outras necessitam de reflexões, outras necessitam de trabalhos internos mais profundos.

Falo sobre esta situação com frequência porque sei da importância do reforço, temos a tendência de esquecer.

Tenho resultados no trabalho para o despertar da consciência, em minha vida, mas quem vai poder saber se isto é verdade?

A prudência é uma virtude muito necessária para não seguirmos pessoas, para não alimentarmos fanatismos. 

Sou um amigo, compartilho o que tenho para dar.

Nos próximos capítulos vou continuar com as reflexões.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sexta-feira, 17 de junho de 2016

O livre arbítrio e o trabalho pela paz (Transmutando o Ego em Flor) - cap.64

O dia amanhece ao nascer do Sol, a vida floresce ao nascer do amor!

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Se no uso do livre arbítrio a outra pessoa me machuca, uso do meu livre arbítrio para me defender.

A natureza em sua geometria nos permite criarmos uma postura inconsciente ou consciente diante das circunstâncias, nos cabe fazermos a escolha. 

Em uma agressão posso agir com raiva, vingança, ou posso focar na consciência e agir em proteção ao meu corpo, lutar com amor, pelo amor.

O planeta terra é um organismo grandioso, em relação a nossa perspectiva, assim como nós somos um organismo grandioso em relação aos micro organismos que vivem dentro de nós. Em se tratando do nosso corpo, se as células do coração viverem combatendo as células dos pulmões, fígado, etc, isto será uma inconsciência, o corpo vai morrer e todas vão morrer juntas! No planeta terra temos as células do reino mineral, vegetal, animal e nós seres humanos, todos somos partes do organismo planeta terra, se vivemos nos combatendo vamos matar nosso corpo-planeta e morreremos juntos... Somos um!

Os anti-corpos são sábios, lutam até o fim pela vida do todo!

Compreendo que um ser humano consciente vive lutando pela saúde do todo, do planeta, pois sabe que ele só ficará bem se o todo estiver bem. Mas mesmo nesta luta não há a necessidade de desrespeitar o livre arbítrio alheio, desrespeitar o que lhe pareça errado, inconsciente. A consciência tem suas opções, agir com consciência ou inconsciência, e claro que vai agir sempre com educação.

Consciência que luta com educação contra a violência sexual, contra a escravidão, contra a corrupção, etc. Respeitar o livre arbítrio não significa ficar de braços cruzados diante dos problemas. A consciência oferece o melhor que tenha a oferecer e respeita o direito do outro de aceitar ou não, e é humilde para ouvir o que o outro tenha a dizer, e corrigir-se caso encontre equívocos em suas colocações. A consciência não é tirana, não é ditadora, não é arrogante, não impõe suas verdades aos outros.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Algumas causas do desrespeito ao livre arbítrio (Transmutando o Ego em Flor) - cap.63

Enquanto não me encontro, vivo perdido em toda parte. Quando o amor nasce em meu jardim, vivo em flor a cada instante, em cada olhar!

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Nos últimos capítulos fiz reflexões sobre o respeito, relacionando esta qualidade com as virtudes da tolerância, paciência, resignação, perdão e o respeito ao livre arbítrio. Menciono estas virtudes como sendo partes essenciais do respeito, mas é claro que o respeito é muito complexo.

Agora vou fazer uma relação entre estas virtudes.

A intolerância gera o preconceito, o preconceito gera a discriminação, ela alimenta a ira, a ira agride, critica, desrespeita o livre arbítrio alheio, a liberdade dos outros de serem como são.

A impaciência é movida pelo desejo por um resultado, deste desejo surge a expectativa e esta gera a ansiedade que desequilibra a consciência, gera uma turbulência emocional. O não saber esperar pelo tempo do outro para aprender, ou não saber esperar em qualquer situação, estes atos nos fazem perder a serenidade e sem ela a consciência não consegue se manifestar, não consegue controlar o corpo. A impaciência gera a ira, as discriminações, a revolta, as críticas, as ofensas, as agressões físicas ou psicológicas. A impaciência gera o desrespeito ao livre arbítrio, agredimos as pessoas por serem o que são.

Os ressentimentos geram o desejo de vingança, alimentam a ira, as agressões físicas ou psicológicas, alimentam o desrespeito ao livre arbítrio.

A falta de resignação gera a revolta, o estado emocional irritadiço e nesta condição facilmente a pessoa fica intolerante para com as ações alheias, a ira fica presente, e pela ira surgem as ofensas, as agressões, etc. A falta de resignação nos leva ao desrespeito ao livre arbítrio da natureza de ser como é, e nos leva a desrespeitar o livre arbítrio dos outros seres humanos a nossa volta.

A arrogância, a prepotência, a cobiça, a vaidade, o orgulho e muitos outros defeitos geram o desrespeito ao livre arbítrio. Pelo ego agimos para superar os demais, para ter mais, para explorar, acumulamos riquezas, desequilibramos a sociedade, criamos a pobreza, sufocamos o ser do próximo de muitas formas, tiramos dos seres a liberdade.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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domingo, 12 de junho de 2016

Leitores, abaixo estão os capítulos 59 ao 62, na próxima sexta-feira volto a compor e publicar os demais capítulos deste livro. Esta obra é feita em tempo real, aos finais de semana, sextas, sábados e domingos. Abraço fraterno! Ulisses Higino

O bem e o mal e o livre arbítrio (Transmutando o Ego em Flor) - cap.62

Aliso a madeira no ato carinhoso de limpar a sua superfície. 

A limpeza harmoniza, mas limpar somente em busca da harmonia é egoísmo, vazio... É saudável distribuir a energia do amor para os seres inanimados ao nos relacionarmos com eles, e desprender a gratidão por contribuírem com o nosso viver. Não sei se a madeira pode sentir o amor que lhe dou, mas eu posso sentir o amor que irradio para a vida!

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Se não houvesse o dia a noite não teria fim, e se não houvesse a noite o dia não teria fim. Sem a dualidade como poderíamos ter uma pausa para o equilíbrio? Como poderia haver o movimento? Como a vida poderia existir?

Como alguém pode se tornar um anjo sem os defeitos para superar? Sem os diabos (mal) não existiriam os anjos, e sem os anjos não haveriam os diabos. As pessoas entramos no mal para depois sabermos o valor do bem, e cada um tem o seu tempo. Sou um grande buscador do despertar da consciência, mas será que já não me cansei de viver na inconsciência? Será que não vivi muitas outras existências envolvido em maldades? Isto não terá sido necessário para um dia eu amadurecer para buscar um outro caminho? 

O ouro é precioso porque é raro, se fosse comum não seria precioso! É preciso muito barro para justificar a preciosidade do ouro, para escondê-lo, para torná-lo difícil. A inconsciência, neste nosso planeta, é como o barro, abundante, torna a consciência desperta uma joio rara.

Como alguém pode "desejar" acabar com o mal nos outros? E a liberdade do outro de viver suas experiências? De conhecer o bem e o mal para fazer suas escolhas?

Temos um filho e vamos colocá-lo em uma bolha de plástico para protegê-lo do mundo? Ele vai crescer frágil, sem anticorpos, assim vamos destruí-lo! Podemos estar ao lado, mas é sensato irmos soltando as amarras, ajudando-o a desenvolver segurança, a sair e se arriscar, a acertar e errar. Os erros valorizam os acertos e tornam a vida saudável.

Compreendo que a consciência vai seguir vivendo para aprimorar-se, para se tornar ouro, mas não vai desvalorizar seus erros, seus tropeços, sua jornada, tudo é importante. Ela luta para transformar-se e não para transformar os outros, cada um é livre para seguir seu caminho, por isto também não há sentido em viver criticando a opção dos outros de se envolverem nos seus erros.

O mal alheio nos afeta? E não teremos merecido ser afetados? Somos perfeitos? Já não fizemos muitas maldades? Existirão outras existências? Teremos errado muito? Buscamos despertar as virtudes da mansidão, da paciência, da simplicidade, humildade, e como vamos despertar estas virtudes sem descobrir os egos que as adormecem, a ira, o orgulho,etc? Como iríamos descobrir os egos vivendo em um paraíso? Este mundo é um prato cheio para o despertar da consciência, oportunidades em todos os momentos, por todos os lados!

Como alguém pode respeitar o livre arbítrio sem compreender profundamente a natureza do bem e do mal?
Despertar virtudes não é um conto de fadas, há todo um fundamento por trás! Podemos ficar falando de perdão, de respeito ao livre arbítrio, de amor, por séculos, isto não vai nos levar a lugar algum se não houver um trabalho criterioso com técnicas sensatas para o despertar da consciência.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sábado, 11 de junho de 2016

A educação e o respeito ao livre arbítrio (Transmutando o Ego em Flor) - cap.61

O infinito é um casal enamorado, um se chama morte, outro é chama viva!

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Compreendo que uma forma de respeitar o livre arbítrio das pessoas é retirar de si os defeitos que levam ao ato de induzir, tentar convencer, tentar converter, determinar o que as pessoas devem ou não fazer, coagir, dar ordens, demonstrar descontentamento com as atitudes alheias, etc.

Mesmo estando na posição de comando, como pai, como coordenador de um grupo, etc, tenho a liberdade de pedir por favor ao invés de dar ordens. As pessoas são livres para atenderem ao meu pedido ou não e mesmo que eu fosse um patrão e desse ordens o funcionário sempre seria livre para obedecer ou não. Nos casos em que um funcionário não se adeque ao cargo tenho o direito de demiti-lo e mesmo assim não necessito ser mau educado para fazer isto.

Para respeitar o livre arbítrio alheio uso como principal fundamento desenvolver a virtude da "Educação", em outras palavras "Gentileza". A educação tem vários aspectos e um deles é o respeito ao livre arbítrio. Quanto mais desperto a virtude da educação, mais facilmente descubro os egos que desrespeitam o livre arbítrio alheio. Quanto mais aprendo a respeitar os semelhantes, mais aprendo a respeitar-me.

Nesta jornada sigo pacientemente, os resultados são graduais. Havendo este foco, despertar a virtude da educação, naturalmente tenho desenvolvido a habilidade de descobrir os egos que me impedem, que adormecem esta virtude tão nobre. Cuidado com as emoções, com os pensamentos, com as palavras, com as atitudes, nestes aspectos se movimentam os hábitos que desrespeitam o livre arbítrio.

O ego é inconsciência, ele se acha o dono do mundo, ele é arrogante, ele desacata, ele faz imposições, ele humilha, etc.

Busco o despertar da consciência, a liberdade do Ser que sou, não há sentido em buscar ser livre e não respeitar o próximo.

No próximo capítulo vou desenvolver algumas reflexões sobre o bem e o mal e sobre as atitudes religiosas desejosas de converterem todos para a luz.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Disciplinas para exercitar o respeito (Transmutando o Ego em Flor) - cap.60

Larva sou, do casulo vou, borboleta sou 
Borboleta-larva, no casulo sonho estar livre no céu
Desperto da noite, morro borboleta, novo amanhecer...
Morrer larva, nascer anjo, ver que o anjo é nova larva...
Tic tac tic tac o infinito pulsa
Não temo a morte por amar a vida!

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CDFH - OOPR

Esta é uma chave que repito mentalmente em momentos estratégicos e sobre ela reflito. Continuidade, Determinação, Força, Harmonia, Ordem, Organização, Prudência e Respeito. Faço uma reflexão sobre cada virtude, é uma forma de oração, um veículo para alimentar minha consciência e para ela se manifestar na minha vida.

Nas outras obras eu tinha nesta chave o perdão, mas o inclui dentro do respeito. Não vou me ater as outras virtudes, apenas ao respeito que é nosso assunto do momento.

Quando entro na reflexão do respeito ele se desdobra em Tolerância, Resignação, Paciência, Respeito ao Livre Arbítrio e o Perdão.

Com o passar dos dias, repetindo esta chave em forma de oração, refletindo, observando, intuindo, venho me aprofundando na compreensão das faces do respeito e tenho usado esta compreensão para eliminar os egos da intolerância, revolta, impaciência, arrogância, prepotência, autoritarismo, ressentimentos e outros. À medida que vou eliminando estes egos vou despertando as virtudes correspondentes.

Esta oração é uma memória viva, carregada da energia da consciência, e ela está sendo o mestre que me treina para dominar os golpes com precisão, golpes do respeito!

Nesta sequência de reflexões dos últimos capítulos tratei do respeito e suas virtudes, tolerância, resignação, paciência, perdão e agora vou compor os próximos capítulos para concluir com a virtude do respeito ao livre arbítrio.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Reflexão sobre a oração (Transmutando o Ego em Flor) - cap.59

O respeito é uma roseira, seu perfume o amor, pétalas de luz que iluminam o caminho.

Tolerância, paciência, resignação, respeito ao livre arbítrio e as flores do perdão!

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Em outras obras já relatei técnicas que utilizo para o despertar da consciência, vou relembrar uma que muito tem me ajudado, antes porém vou fazer uma reflexão sobre a oração.

Uma oração é uma mensagem que repetimos em momentos estratégicos. Orações para cura, orações de gratidão, oração pedindo força e proteção, etc. 

Um surfista utiliza sua prancha para se movimentar sobre as ondas, o motorista utiliza o carro sobre as ruas, o piloto usa o avião sobre o ar, o ser utiliza como veículo o nosso corpo físico. O ego é uma forma psicológica que pensa, sente e age, uma estrutura-memória, e se utiliza da nossa personalidade para se manifestar sendo acionado por estímulos. A nossa humanidade criamos muitos estímulos para trazer à tona estas memórias-egos, estímulos para reações de ciúmes, inveja, vingança, orgulho, luxúria, gula, vaidade, impaciência, etc. 

A consciência é uma estrutura muito bela, possui em si as características da atenção (observação e auto observação), reflexão (lógica isenta de condicionamentos, pura), intuição (faz brotar de si a sabedoria assim como a terra faz brotar de si os frutos). Para se proteger a consciência cria suas ferramentas, suas estratégias, e a oração é uma delas.

A oração é como uma prancha de surf, um veículo, e o bom surfista sabe fazer prodígios com ela. Dependendo do grau de consciência a oração pode se tornar uma lancha, um navio ou um transatlântico! Quanto maior o poder do veículo, maior a liberdade do condutor-consciência para se manifestar no mar da vida.

Sempre que ora a consciência o faz em observação de si, compreendendo o sentido do ato por meio da reflexão, e intuitivamente aprofunda sua sabedoria extraindo da própria oração ensinamentos pra si. A consciência elabora sua oração e com o passar dos dias a aprimora, purifica, e dela faz uma pá com a qual escava dentro da consciência cósmica significados muito mais profundos dos que ela inicialmente compreendia! Para a consciência a oração é viva, tem um coração, se movimenta, pulsa, tem uma alma!

Fiquei a maior parte da minha vida orando como um zumbi, repetindo palavras sem refletir, sem estar consciente de mim, sem intuição.  Orava com a mente na morte da bezerra, pensando em novelas, pensando no futuro, fantasiando, etc. A primeira oração que fiz de forma consciente foi o Pai Nosso, fiquei refletindo nele por anos a fio e ele se transformou muitas vezes, em seguida a sincronicidade fez chegar até mim várias versões do  Pai Nosso, totalmente diferentes da que rezamos, então confirmei certas descobertas intuitivas. Talvez um dia escreva um livro somente sobre o Pai Nosso, a Bíblia e o Catolicismo e o Protestantismo.

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Esta reflexão é um preparo para o próximo capítulo, onde vou relembrar uma disciplina que utilizo para o exercício do respeito.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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domingo, 5 de junho de 2016

Leitores, abaixo estão os capítulos 57 ao 58, na próxima sexta-feira volto a compor e publicar os demais capítulos deste livro. Esta obra é feita em tempo real, aos finais de semana, sextas, sábados e domingos. Abraço fraterno! Ulisses Higino

Respeito ao Livre Arbítrio (Transmutando o Ego em Flor) - cap.58

Quando luto a cada instante para preservar a liberdade do Ser, me torno servo do amor, entretanto o amor vive mo coroando como seu Rei!

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O mundo concreto é uma base segura para termos nosso equilíbrio, uma referência estável. Acordamos e vemos o mesmo quarto, saímos e vemos a mesma rua, os carros, pessoas, prédios, casas, etc. Já o mundo interior de cada um é um universo particular onde construímos seres, paisagens, cores, etc, todos de natureza emocional ou intelectual. Neste nosso universo interior temos uma realidade abstrata, diferente das realidades abstratas de outras pessoas e estas realidades são construídas com base nos estímulos que nos chegam do mundo exterior concreto, palpável. Todos vemos uma pedra, mas cada um criamos uma reação interior diferente sobre a pedra.

Onde está a verdade? Se cada um vê e interpreta o mundo conforme seu universo interior?

Compreendo que cada ser possui uma verdade em si e esta se formou desde a fecundação, gestação, nascimento, primeiras experiências na infância, etc.

É sensato "desejar" que os outros seres tenham como verdade o que é verdadeiro para nós? 

Particularmente vejo que compartilhamos nossa verdade com as verdades dos demais e neste processo, às vezes, nossa verdade se complementa com a verdade do outro, às vezes vemos as verdades alheias como contradições que reforçam o valor das nossas verdades, e às vezes as verdades alheias nos fazem ver que o que tínhamos como verdade é uma mentira! Mas, quem determina o que é verdade ou mentira é a própria pessoa, se ela aceitou as palavras de outrem, ainda assim ela está no  comando, se determinando a aceitar um ponto de vista alheio.

Os seres temos o poder de influenciar as decisões alheias, as mídias trabalham neste sentido praticamente todos os dias! Todos os seres humanos também fazemos isto diariamente, e compreendo que a maioria o fazemos de forma inconsciente, e quando despertamos para esta realidade normalmente temos um anseio interno que nos move a buscar o respeito.

Nos próximos capítulos vou desenvolver reflexões sobre este tema.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sexta-feira, 3 de junho de 2016

Tempo de Amar - Reflexão (Transmutando o Ego em Flor) - cap.57

Todo tempo é tempo de despertar para o amor, amor que é ninho de onde revoa o tempo!

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Se o amor é ninho de onde revoa o tempo, o tempo é um pássaro? É livre? Está presente em tudo o que há? 

Se há vida, há movimento, e há movimento em todo o universo. Do movimento nasce o tempo, da vida nasce o tempo, vida é amor, do amor nasce o tempo!

Se o tempo é o momento de despertar para o amor, se o tempo nasce do ninho-amor, então o amor cria condições (tempo) para ser encontrado, um singelo gesto de amor!

Vida é amor, da vida nasce a vida, amor é o criador da vida,e cria o tempo para o SER ter um percurso para encontrar-se com o amor, encontrar-se com ELE!

O tempo é irmão do espaço e o espaço é leito para correr o rio da vida. O corpo-homem nasce dentro do corpo-planeta, que está dentro do corpo-sistema solar, que está dentro do corpo galáxia, etc. O corpo, vida, é o espaço onde outras vidas podem se movimentar, a vida se movimenta dentro da vida, para se movimentar precisa do espaço, vida, e deste movimento nasce o percurso, a velocidade, neste movimento está o tempo, neste tempo estão as experiências que nos permitem o despertar da consciência!

Tantas possibilidades de reflexão, meditação, aprofundar a consciência em busca de si, Mandala!

Esta reflexão é um estímulo para a consciência desenvolver a habilidade de se aprofundar reflexivamente, seja no oceano ou na gota d'água, seja na árvore ou na sua folha, seja em um texto ou em uma frase.

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Este capítulo é uma pausa reflexiva em relação aos temas tratados anteriormente, no próximo seguirei com as características do respeito.
Ulisses Higino
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