sexta-feira, 24 de junho de 2016

Competição (Transmutando o Ego em Flor) - cap.67

O amor dá liberdade para que as células do mesmo corpo sejam independentes. Algumas usam esta liberdade para se esquecerem que são parte de um todo, e ao se acharem únicas competem com as demais, não percebem que estão destruindo a si mesmas...

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A competição é uma fábrica de produzir destruição!

Para uma competição reunimos uma quantidade considerável de competidores e dentre todos apenas um sai ganhador. Assim produzimos um monte de perdedores, tristes, desejosos de vingança, com inveja do ganhador e apenas um vencedor... Qual a lógica sensata disto?

Se uma competição premiasse todos e sobrasse apenas um perdedor, será que os vencedores iriam deixar este perdedor sozinho?

Nas competições os vitoriosos comemoram e os perdedores ficam rebaixados, tristes. Os vitoriosos se autocondicionam a serem insensíveis com o sofrimento alheio, pois vivem a prática de sair comemorando e não olhar para a tristeza do perdedor. Quem é que vence e se volta para consolar o perdedor? Existem exceções, mas são raras.

Competidores e torcedores vivemos esta prática da insensibilidade para com o sofrimento alheio, ao londo dos anos. O hábito do cachimbo é o que deixa a boca torta!

As competições alimentam os ressentimentos que por sua vez alimentam as vinganças; alimentam também a ira,a deslealdade, a mentira, a inveja, etc. As competições nos dividem em grupos, uns contra os outros. Países contra países, torcida contra torcida, cidade contra cidade, bairro contra bairro, etc. Escolas competem entre si, empresas, gangs, etc. Competição pela melhor nota escolar, o mais bonito, o que se veste melhor, o mais rico, o que fala melhor, a melhor religião, etc. Competição esportiva, artística, política, etc.

Como alguém pode despertar a consciência vivendo no meio de competições? Vivendo esta prática que alimenta tantos egos?

O hábito das competições está profundamente enraizado em nossas almas. Com um trabalho responsável e um método eficiente este hábito pode ser eliminado aos poucos, colocando-se no seu lugar a prática amorosa da cooperação.

No próximo capítulo farei reflexões sobre a cooperação.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

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