sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Amor familiar (O amor) - cap.27

No interior do átomo não há solidão, há uma festa onde estão de mãos dadas o universo e a onipresença!

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Cada SER que é responsável por uma família, assume a sua responsabilidade ou não, de acordo com a sua consciência.

Tenho um filho e duas filhas, e uma cachorra que está no final da vida. Sou divorciado. A minha consciência me mostra que eu tenho que assumir a minhas responsabilidades, e como eu busco despertar a consciência, não tenho como fugir.

Meu filho e filhas já estão adultos, mas ainda dependem do meu apoio. Estão buscando se resolver na vida, enquanto isto procuro cumprir com o meu papel de pai.

Amor é consciência. Consciência com a família é ser responsável com ela. Alimentação, roupas, uma moradia, lazer, dignidade, amizade, carinho. Para mim foi e continua sendo um grande desafio esta função de ser pai!

Meu filho e filhas, e a nossa cachorra Frida são meu Instrutor e Instrutoras, as pessoas que me educam diariamente para o respeito, a responsabilidade, a sinceridade, o perdão, a empatia, etc, etc, etc... Me dão lições diárias e são instrutor(ras) muito eficientes e exigem muito de mim.

Sinto que até o fim desta minha existência eu ficarei aprendendo e aprendendo sobre o amor no ambiente familiar. A minha vontade é de chegar no final desta existência e aprender as lições, e não necessitar nascer de novo neste planeta.

Vários egos se manifestam nas relações familiares e o trabalho interior precisa ser muito forte para superar as inconsciências e estabelecer relações amorosas.

Quando temos problemas com amizades podemos nos dar o luxo de ficar sem ver a pessoa por uma semana ou mais, até esquecermos o atrito e tudo ficar bem. Na família não temos essa condição, se houver algum atrito, no dia seguinte já estamos nos olhando nos olhos, e se não trabalhamos sobre as inconsciências, ficamos tirando a casca das feridas e a vida vai se tornando um amontoado de ressentimentos por causa de picuinhas, intolerâncias, impaciências, arrogâncias, etc, etc, etc. A vida familiar se torna um inferno.

Amanhã vou dar continuidade.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência", juntamente com os outros que foram escritos na sequência.

Amor ao SER (O amor) - cap.26

Quando o amor não está nos meus olhos, o meu corpo é uma casa vazia de luz!

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Amo o SER que sou quando trabalho para eliminar os meus egos, pois estes egos amordaçam o SER que sou, acorrentam as mãos da minha alma, colocam uma venda nos olhos da minha consciência e vivem como parasitas, usando a minha existência para satisfazerem seus desejos inconscientes e egoístas!

O trabalho contínuo para eliminar os egos e despertar as virtudes que compõem a consciência é uma manifestação do amor para com o SER.

Amor ao SER é eliminar os egos da raiva e construir em si a virtude da SERENIDADE, pois a serenidade permite que a consciência se manifeste livremente, nos liberta das ansiedades, ulceras nervosas, das ações impulsivas, dos conflitos ignorantes, de maltratar outros seres, nos confere uma saúde mental, emocional e física.

Amor ao SER é eliminar os egos de preguiça e construir em si as virtudes da diligência, pois a diligência nos mantém ativos nos cuidados com o corpo, com o trabalho, com a sociedade, com a natureza, com o nosso espírito!

Amor ao SER é despertar todos os aspectos da consciência para que o SER se manifeste em toda a sua plenitude, ELE que é o AMOR! Amor ao SER é acender em si a luz da consciência para que ela afaste de nós o DESAMOR-EGO.

No próximo capítulo vou escrever sobre o amor familiar.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência", juntamente com os outros que foram escritos na sequência.

Amor ao corpo (O amor) - cap.25

Na choupana rústica vê-se refletido no matuto o SER.

O chão de terra batida, limpo; a porta trançada em galhos, firme; nas palhas do teto o tom da rede; no espaço o ar que inebria o peito. À frente da pele dourada, o mirante, a luz de um olhar de profundo sereno, repousa no olhar que com ele cruza, levando a paz de uma noite de estrelas e lua!

Homens de loucura mostram seus corações em moradas frias, ausentes de alma... Olhares perdidos, palavras vaidosas, ausência da terra do paraíso.

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Consciência é harmonia, equilíbrio, amor.

Amor para com o meu corpo. Aprimorar-me constantemente para me alimentar de uma forma mais saudável possível, fazendo uma mastigação consciente. Fazer exercícios físicos para fortalecer os meus músculos e proteger a minha coluna, melhorar a minha disposição, melhorar a resistência e o bom funcionamento de todas as células que compõe este corpo irmão, melhorar a circulação sanguínea, melhorar o funcionamento do intestino, etc. Beber água com regularidade para ajudar os rins a purificarem o meu sangue. Diariamente fazer uma limpeza dos meus pulmões, retirando o ar envelhecido e armazenando ar com vitalidade solar renovada.

Todos os dias as nossas células velhas morrem e saem do nosso corpo por meio do suor, da urina, das fezes, do banho. E simultaneamente células novas vão nascendo para substituir as que estão saindo.

Nós podemos interferir na qualidade das novas células que vão nascendo, por meio da alimentação saudável, exercícios físicos, hidratação, ar limpo nos pulmões, etc. 

As células novas vão recebendo a energia de uma alimentação saudável; uma boa hidratação; oxigenadas com o ar renovado em nossos pulmões (vitalidade solar saudável); beneficiadas com um sangue limpo devido o bom funcionamento dos rins; impregnadas com a energia da disposição física produzida nos exercícios físicos; etc. Assim produzimos a saúde neste corpo irmão que é o nosso parceiro de jornada! 

Com o passar dos anos todas as células do nosso corpo são substituídas por células saudáveis, e assim o nosso corpo set torna um corpo melhor preparado para a manifestação do SER que somos, manifestação da nossa consciência.

Com o amor ao nosso corpo o protegemos de contrair muitas enfermidades e o curamos de enfermidades que já o estejam afetando. 

O que nos impede de amar ao nosso corpo são os nossos egos, a preguiça, a gula, a raiva, o ciúmes, etc. Os egos produzem as nossas doenças físicas, mentais e emocionais. Eliminando os egos e despertando a consciência, esta consciência vai encontrando o caminho do amor para com o corpo!

Cada pessoa faz o que pode com o que tem. Por exemplo, se uma pessoa está em uma cadeira de rodas, terá que fazer exercícios de acordo com as suas limitações. Se uma pessoa não tem uma perna, também tem que se adaptar. Etc.

No próximo capítulo vou escrever sobre o amor para com o SER.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" juntamente com os outros que foram escritos na sequência.

domingo, 26 de janeiro de 2020

Temperando o amor (O amor) - cap.24

O amor puro é preparo para a morte, semente; 
se vai à terra faz ressurreição, volta em flor!

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O bom senso nos mostra o quanto é importante sabermos viver de forma consciente.

O verbo é mágico, por meio dele conseguimos nos estimular e estimular outras pessoas a produzirem certas energias em si. Em uma relação afetiva podemos usar as palavras escritas, em alguns momentos, para alimentar o carinho. Poesias, frases gentis, elogios sinceros, declarações verdadeiras, etc, por carta, telefone, recados em cartões, etc.

Os carinhos conscientes são curativos para desentendimentos; são um conforto que faz bem pra todos os seres; são alimentos para a auto-estima, para a auto-confiança; são poderosos e gratuitos! Abraços, cafunés, beijos, etc. Os carinhos, usados com respeito e consciência, são geradores de nobres sentimentos.

Passear de vez em quando, se possível uma refeição em um restaurante, sentar na calçada pra ver a lua e as estrelas, etc.

Surpresas, presentes, mimos. Flores, perfume, cartões, dançar uma música, cantar juntos, etc. Contar ou ler uma história, assistir um filme com pipoca, passear de mãos dadas, etc.

Quando buscamos ser conscientes nas relações, da consciência nasce a CRIATIVIDADE, e ela é fundamental. Mesmo que estejamos na pobreza podemos ser criativos e viver uma relação afetiva muito bonita. Muitas pessoas são ricas e no entanto suas relações são vazias.

Ambientes limpos e organizados geram uma harmonia que é muito importante para que as relações sejam saudáveis. Em ambientes sujos e desorganizados o nosso centro emocional é estimulado a gerar energias negativas, e nestas condições é comum surgirem atritos, desentendimentos.

Para mantermos a saúde do nosso corpo físico, da nossa mente e centro emocional, precisamos de uma boa alimentação, exercícios físicos, boas leituras, atividades artísticas, etc. Para mantermos a saúde em uma relação afetiva também precisamos de cuidados!

A relação afetiva é como um jardim, precisa ser cuidada com amor! Se não for cuidada o mato  cresce e as flores morrem...

Voltarei a escrever no próximo final de semana.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" juntamente com os outros que foram escritos na sequência.

O amor sem amarras (O amor) - cap.23

Mãe natura, peço-lhe que abra os olhos do meu coração para que eu possa ver a paz!

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Foi bom poder viver um relacionamento sem muitas das picuinhas fúteis que os egos criam.

É muito belo quando nos aproximamos da postura de um SER que está se distanciando do orgulho, da impaciência, da intolerância, da necessidade de competir pela razão, etc.

Havendo o bom senso na relação acontece uma leveza que faz o coração se sentir em paz!

Foi muito bonito viver uma relação sem ciúmes, sem apegos, sem discussões desnecessárias. Cooperação, diálogos tranquilos, gentileza... Quanto mais nos distanciamos dos egos, mais bonita se torna a alma!

Acontecendo a harmonia os carinhos se tornam muito especiais!

Com mais consciência e menos egos qualquer relação se torna muito bela, seja uma relação de amizade, familiar, conjugal, de trabalho, com a natureza, com a espiritualidade.

No caso da bonita relação afetiva que estou me referindo, infelizmente nossos destinos nos separaram. Foi uma separação sem atritos. A tristeza é inevitável nestes momentos... 
Parece que há uma magia na natureza, regendo as relações. Algumas não podem seguir adiante, outras precisam acontecer. 

No próximo capítulo vou escrever sobre os temperos para a relação afetiva.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" juntamente com os outros que foram escritos na sequência.

sábado, 25 de janeiro de 2020

Belezas do amor (O amor) - cap.22

O amor é simplesmente uma gota transbordando em si o oceano... 
O amor é maravilhosamente oceano, transbordando em si a delicadeza de uma gota!

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Depois de tantas experiências de vida, casamento, divórcio, filhas e filho, muitos anos divorciado e sozinho, muitas reflexões, muitos aprendizados, fui desenvolvendo uma consciência sobre muitos aspectos do amor. E com esta nova compreensão eu tive um relacionamento afetivo, foi curto, mas foi muito bonito!

Foi uma experiência muito rica poder observar-me gerando energias amorosas, conscientemente. Ela foi uma companheira muito dócil, gentil, carinhosa. Sou muito grato a ela pelos momentos que pudemos desfrutar juntos.

Antes eu criava energias afetivas sem saber o que estava acontecendo, responsabilizava a mulher pelos meus sentimentos, criava apegos, ciúmes, desejos possessivos, medos, paixões... Depois, compreendendo melhor os mecanismos dos egos, trabalhei para desconstruir estes defeitos psicológicos e ser consciente nas relações afetivas. Ainda estou trabalhando sobre mim mesmo, mas pude melhorar bastante.

Vivendo uma relação afetiva de forma mais consciente eu pude desfrutar das  belezas do amor que antes eu não tinha  maturidade para viver.

Sou um homem com muitos egos para eliminar, mas o pouco de consciência que pude despertar me faz sentir muito realizado! Se eu morrer amanhã, irei muito satisfeito pelas minhas conquistas a nível de consciência.

Voltarei amanhã para falar mais sobre as belezas do amor.

No próximo capítulo vou escrever sobre as belezas do amor.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com

Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" juntamente com os outros que foram escritos na sequência.

Descobertas sobre o amor (O amor) - cap.21

Flora Amor

Ver-lhe no caminho, faz o caminho florir...
Seus lábios de rosa, fazem dos meus, beija-flor

Ver-lhe no caminho, faz o caminho sorrir...
Seus lábios de flora, fazem dos meus, verde-amor!

Quando você, Flor, no meu olhar está
Caminho-coração por onde eu vou, faz-se jardim
Quando a sua boca flor me amar...
Meu beijo irá voar pro seu perfume!

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Há alguns anos, depois de conviver com uma aluna que havia se tornado amiga, em certo dia de aula eu a olhei com outros olhos e comecei a gerar em mim uma admiração por ela. Nas aulas seguintes eu me lembrei e alimentei o gesto, e esta energia que eu havia criado foi crescendo.

Ela se tornou um motivo para as aulas ficarem cor de rosa! A fisionomia me encantava, o sorriso me encantava, a presença dela me encantava. Quando ela não ia pra aula eu ficava triste... Eu estava vivendo um paraíso criado por mim.

Depois de algumas paqueras eu me aproximei e nos beijamos. Tivemos poucos encontros e eu a conheci fora da sala de aula, e a conhecendo percebi que entre nós só haveria amizade... Uma mulher educada, uma pessoa gentil, muito bonita. Mas, entre nós só houve amizade.

Depois desta experiência ela continuou fazendo aulas comigo, a mesma pessoa, o mesmo sorriso, mas eu não via mais o paraíso!

Quem criou o paraíso de estar enamorado? Eu. Quem acabou com a energia enamorada? Eu.

Posso estar apaixonado por uma mulher e ela nem sequer perceber. Talvez alguma mulher esteja enamorada por mim e eu não perceba. O mais comum, pelo que tenho percebido, são os desencontros... Nos sentimos atraídas(os) por pessoas que não tem o mesmo sentimento por nós, e vice versa. A reciprocidade não acontece em toda esquina!

Foi muito importante pra mim compreender que estas energias são criadas por nós, que somos os responsáveis por elas. A intensidade do meu carinho por uma mulher só eu posso avaliar, e a intensidade do carinho que ela sente por mim só ela pode avaliar. Cada pessoa cria em si as suas energias afetivas.

Atualmente, antes de gerar energias afetivas por uma pessoa eu procuro ser prudente, saber se pode haver reciprocidade, observar, conhecer a pessoa, conversar abertamente. O auto-conhecimento me possibilita parar com certas inconsciências que faziam com que eu vivesse me iludindo. Hoje estou me libertando das paixões fantasiosas.

No próximo capítulo vou escrever sobre as belezas do amor.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" juntamente com os outros que foram escritos na sequência.

Flora-Amor


Verbo-Coração


sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Relações afetivas (O amor) - cap.20

Mico filho tem piolho, mamãe mico vem catar.
Natureza nos ensina, se há amor, há que cuidar!

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Tenho refletido sobre as relações de troca na natureza. Todos os seres damos e recebemos uns dos outros, nos alimentamos uns dos outros, colaboramos uns com os outros, consciente ou inconscientemente.

Quando eu tenho uma relação afetiva, busco uma pessoa atraído por um magnetismo. Esta pessoa me estimula a produzir a minha felicidade, com a sua forma de agir, com sua forma de pensar e sentir, com seu corpo. Se eu também a estimular a produzir a felicidade em si, temos uma reciprocidade.

Esta pessoa se torna importante na minha vida porque por meio dela eu vivo o paraíso, e vice versa. Temos uma relação de troca. As emoções que eu produzo em mim são minhas e as emoções que ela produz em si são dela.

A relação afetiva entre dois seres, na minha percepção, é um grande desafio e uma grande oportunidade para o despertar da consciência. Uma oportunidade para o desabrochar de aspectos muito profundos das virtudes do respeito ao livre arbítrio, do desapego, da empatia, da sinceridade, solidariedade, responsabilidade, da serenidade, do saber ouvir, do saber falar... É uma universidade psicológica que se for bem aproveitada permite que os seres se desenvolvam muito internamente! 

O crescimento nesta universidade psicológica só é possível eliminando os egos dos ciúmes, da raiva, da impaciência e tantos outros que bloqueiam as virtudes citadas acima.

Amanhã eu voltarei a escrever.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" juntamente com os outros que foram escritos na sequência.

Pessoas especiais (O amor) - cap.19

Busco fazer nascer uma fonte do amor no meu coração, para saciar a minha sede de paz...

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Uma moça e um rapaz, amiga e amigo, são um lindo casal. Mas, esta beleza que eu percebo está na minha percepção. Talvez eles tenham problemas entre si, talvez o relacionamento entre eles não esteja bem, muita coisa pode estar acontecendo na vida deles e eu não sei.

Este casal me estimula a ter sentimentos bonitos, me estimulam a tocar um parte bonita na minha alma. Outras pessoas podem olhar pra este casal e verem coisas ruins. E independente do que eu vejo e outros veem, este casal tem a sua natureza  que talvez não condiga com a minha visão e nem com as outras.

Dois homens tiveram um comportamento hostil para comigo, me estimularam a ver uma parte de mim que está presa nos egos de raiva, produzindo ressentimentos, desejos de vingança, ódio... Por muitos anos eu venho trabalhando para limpar esta parte do meu SER relacionada com estes homens, para que limpa possa manifestar a sua natureza de serenidade. E estes dois homens são pessoas especiais que estão me ajudando a limpar esta parte da minha alma... São o tipo de Mestres mais exigentes!

Hoje, pouco tempo atrás, uma pessoa despertou uma porção de raiva em mim, com uma atitude desagradável... É triste, mas necessito destas pessoas para despertar a minha consciência, para me auto-conhecer. As minhas reações forma pequenas depois de tantos anos aparando as arestas... Um alívio poder observar que a raiva está morrendo.

No próximo capítulo vou escrever sobre o amor na relação afetiva.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" juntamente com os outros que foram escritos na sequência.

Correção (O amor) - cap.18

No capítulo 16 deste livro eu escrevi o seguinte:

"Eu não vou atrás dos desprazeres, da doença, dos sofrimentos, de brigas, porque isto é inconsciente, é desagradável, é dor. Por que eu vou gostar da dor? Não há sentido, isto é inconsciência."

Preciso fazer uma correção.

Eu vou atrás de certos desprazeres que são as atividades necessárias para a manutenção da vida. E por meio destas atividades eu me educo para não ter um caráter fraco, que não sabe lidar com os problemas da existência. Por meio destas atividades eu desenvolvo a força da VONTADE  consciente, desenvolvo a RESISTÊNCIA necessária para viver.

Compreendo que além dos  desprazeres que nos afetam sem que precisemos ir atrás deles, alguns desprazeres precisam ser procurados voluntariamente.

Limpar a casa é necessário, mesmo que não seja uma atividade prazerosa. Fazer exercícios físicos é necessário para a manutenção da saúde, é um gesto de amor para com o meu corpo físico, mesmo não sendo uma atividade que me agrade, etc.

Estas reflexões me ajudam a lidar com a vida buscando ações mais conscientes, de acordo com o meu nível de percepção.

No próximo capítulo vou escrever um pouco mais sobre os espelhos do SER.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

domingo, 19 de janeiro de 2020

A ação sem intenção (O amor) - cap.17

O amor é uma ação sem intenção.

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O amor, consciência, tem seus propósitos, mas não "deseja" realizá-los. Paradoxos. 

O desejo escraviza! O desejo é o ego. O desejo gera expectativa, que gera a ansiedade, que adormece a consciência.

Os propósitos são importantes por darem um sentido, uma direção para a vida. Não há necessidade de desejar alcançar os propósitos, isto é indiferente. Os resultados já estão previstos, ou vai dar certo, ou não vai dar certo. E nas duas situações a consciência aprende.

A consciência já é realizada porque sabe que em qualquer situação tem o que necessita para crescer. E ficar desejando resultados não é inteligente, pois não temos como determiná-los. Desejar resultados é ficar como um cachorro correndo atrás do rabo, não vai alcançar nunca. Pra que correr atrás do rabo então?

O que me cabe é seguir o meu propósito e fazer o meu melhor, serenamente. Ao invés de focar nos resultados vejo como importante ser atencioso com o caminho, fazer o meu melhor. Os resultados são duais, me ensinam, preciso dos dois.

Naturalmente o sentido é buscar o resultado, é buscar a satisfação. E toda vez que crio um propósito nasce o "desejo" de alcançá-lo. Então tenho que refletir e ir retirando os desejos, da mesma forma que um jardineiro sempre fica retirando as ervas daninhas do jardim.

Amor, ação sem intenção.

Sem expectativas, sem ansiedades, viver em  paz!

Sigo neste caminho há muitos anos, sou um aprendiz do viver em paz, viver sem desejos, viver sem egos. Estou caminhando, aprendendo a cada dia.

Voltarei a escrever no próximo final de semana.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

Propósitos do amor (O amor) - cap.16

O amor

Quem um dia por "Ele" foi beijado sente em seu perfume a essência do jardim. Aquele que já esteve na presença do poeta, "Dele" se enamora quando prova a poesia!

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Tenho alguns amigos e amigas com os quais me encontro de vez em quando. Eu as(os) procuro e as vezes elas(es) me procuram, temos uma relação de reciprocidade.
Por que as(os) procuro? A nossa amizade é um magnetismo fraterno, por certas afinidades. O SER delas(es) fazem bem ao meu, por isso as(os) procuro, são remédio para o SER que sou. E elas(es) correspondem certamente porque o SER que sou deve fazer bem a elas(es).

Algumas pessoas me fazem sentir bem, mas somente eu as procuro, então, percebendo a falta de reciprocidade eu me educo para me afastar, em respeito a postura delas. Estas pessoas me educam para o respeito.

Por que eu procuro a saúde? Porque na saúde eu fico em paz, eu fico bem. Por que eu toco violão? Porque me faz bem. Por que eu escrevo estes livros? Porque estes escritos são a minha forma de investigar tudo o que se relaciona com o despertar da consciência, e esta atividade me realiza. Por que eu sentia vontade de estar perto da namorada? Porque ela me fazia feliz. Por que acabamos o relacionamento? Porque deixamos de fazer bem um ao outro.

Eu não vou atrás dos desprazeres, da doença, dos sofrimentos, de brigas, porque isto é inconsciente, é desagradável, é dor. Por que eu vou gostar da dor? Não há sentido, isto é inconsciência.

Por que eu faço trabalhos voluntários? Porque defini pra mim que devo abrir mão de parte da minha vida para fazer algo pelo bem do coletivo, porque o coletivo sou eu. Se o coletivo não ficar bem eu não ficarei bem. Eu não estou ajudando outros seres, estou ajudando a mim mesmo. As pessoas que atendo nos hospitais, nos orfanatos, nas comunidades, etc, são todas reflexos do SER que sou. Se eu não faço nada por elas, estou abandonando a mim mesmo! Se eu sou falso com elas estou sendo falso comigo mesmo, a falsidade está em mim. Se eu faço gestos conscientes, gentis, estou sendo amoroso com elas, comigo mesmo.

Por que eu busco o despertar da consciência? Porque a consciência me traz a saúde, harmonia, paz, liberdade, realização interior. Me faz ficar bem comigo e com toda a natureza. Busco a consciência porque não há outro caminho.

Eu não tenho outro caminho. Se não arrumo a casa a desordem se instala e a minha vida fica complicada, fico em um ambiente desagradável. Se não cuido da minha saúde, adoeço, e sinto dor. Se não desperto a consciência a minha vida fica como um barco à deriva no meio do oceano... Não tenho outro caminho.

No próximo capítulo vou escrever sobre a ação sem intenção.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

Espelhos do SER (O amor) - cap.15

Verbo-coração ao falar, perfuma!

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Quando olho para os meus pensamentos me encontro, quando olhos para os meus sentimentos me encontro, quando olho para o meu corpo me encontro, quando olho o exterior me encontro... Não tenho como fugir de mim!

Diante de uma atitude de alguém eu fico com raiva e assim vejo-me, vejo a raiva em mim. Depois de trabalhar sobre esta inconsciência, diante da mesma atitude eu fico sereno e assim vejo a serenidade em mim. Mas sempre estou vendo a mim mesmo. Me vejo no exterior para poder conhecer-me a aprimorar-me como SER, descobrir minhas inconsciências e transformá-las em consciências.

Todas as reações que tenho caminhando na rua de pedra, na rua de terra, na avenida, me mostram quem eu sou. Todas as reações que tenho quando faço contato com um riacho, com um rio, com uma cachoeira, com o mar, me mostram partes de mim mesmo. Conversando com quem me agrada, ou com quem me desagrada, observo as minhas ações e reações e nelas vou olhando para mim.

Quando estou animado, quando estou desanimado, quando estou enamorado, quando sinto falta da energia afetiva, em todas as situações estou diante de mim e posso observar-me para conhecer-me.

Viver é caminhar dentro do SER que sou!

Os minerais, os vegetais, animais, seres humanos, a água, o ar, todos os astros, toda a criação são partes do espelho por onde me encontro comigo mesmo. Estou dentro de mim mesmo, eu sou um mistério buscando desvendar-se.

Neste instante, sentado, escrevendo estas palavras, estou observando-me, percebendo o SER que sou, refletindo, intuindo, observando a inspiração, a reflexão, a consciência além dos pensamentos e emoções.

Compreendo que do ponto de vista da formiga todo o universo é ela, do ponto de vista da gaivota todo o universo é ela, do ponto de vista de uma baleia todo o universo é ela, do ponto de vista de uma mulher o universo é ela.

Quanto mais eu me compreendo, mais eu compreendo a consciência nos seres semelhantes, mulheres e homens, e mais vou compreendendo toda a criação.

O amor, consciência, é tudo o que há! Percebo que toda a natureza se desdobra do amor para que ELE se descubra e ao encontrar-se se realize!

No próximo capítulo vou escrever sobre os propósitos do amor.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

O egoísmo e o amor (O amor) - cap.14

ILUSÃO

A ostra viajando através do oceano da vida a procura da pérola (felicidade)...

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O egoísmo é o viver em função dos próprios egos, sem considerar outros seres. O egoísmo se associa a outros seres com o propósito de satisfazer a si. O egoísmo vive em função dos egos, em função das inconsciências.

Compreendo que o amor é o viver em função das virtudes, as partes do SER. O amor, consciência,vive as associações com outros seres encontrando-se em cada um. Seu propósito é o bem comum, pois é consciência de que só ficamos bem quando o coletivo fica bem. O amor vive em função da consciência.

Falo baseado na consciência que possuo, de acordo com este meu nível de percepção.

O bem e o mal, dualidade, movem a natureza. A consciência é fruto do equilíbrio, sem atacar a dualidade. O equilíbrio é o resultado de uma atenção de instante a instante. Perdendo a atenção o equilíbrio se desfaz.

Os diferentes níveis de equilíbrio se desenvolvem aos poucos enquanto eliminamos os egos e vamos despertando as virtudes da alma. Todos os egos são inconsciências e nos desequilibram. Equilibro-me ao eliminar as manifestações da raiva, do orgulho, da arrogância, etc, despertado as virtudes da serenidade, da humildade, da gentileza, etc.

No próximo capítulo vou escrever sobre os espelhos do SER.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com

Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

sábado, 18 de janeiro de 2020

Lutando contra o desamor (O amor) - cap.13

Amando os seres amo a mim mesmo, pois o amor é luz que ilumina a própria fonte!

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Quando eu era adolescente, em certa época, vivi uma angústia por alguns conflitos internos.

A minha mãe tinha que me acordar bem cedo para eu ir para o trabalho. As vezes ela não conseguia e eu ficava mau humorado e resmungava com ela.

Indo para o trabalho eu refletia sobre o meu comportamento... Refletia que ela havia me carregado na barriga por nove meses, trocado as minhas fraldas, me amamentado, me criado... E agora eu a tratava com mau humor por um favor que ela não tinha obrigação de fazer pra mim?

Ela lavava as minhas roupas e as roupas das minhas irmãs, cuidava da casa, fazia a comida pra gente, tinha uma vida bem sofrida, e quando eu ficava de mau humor com ela por um motivo ignorante da minha parte, ela nem reagia... Estas reflexões me deixavam angustiado, muito triste...

Eu sentia uma grande necessidade de mudar, mas não sabia nada sobre os egos, não sabia como fazer. Eu tentava, mas os egos me venciam e eu continuava com aqueles comportamentos inadequados.

O meu comportamento era inconveniente mas não era grave, eram picuinhas, coisas bobas. Eu tinha um temperamento tranquilo, nunca fui agressivo. Mas estas picuinhas me entristeciam muito.

Levei muitos anos buscando em livros, instituições, ensinamentos que me ajudassem a despertar a consciência. E depois de muitos anos lutando pra eliminar os egos, eu comecei a ter resultados. 

Quantas pessoas estão destruindo seus relacionamentos por causa dos ciúmes, sentindo vontade de mudar e não estão conseguindo? Quantas pessoas destruindo suas vidas e a vida de familiares, por causa de vícios com drogas, sentindo vontade de mudar e não estão conseguindo eliminar estes egos? Quantas pessoas sofrendo por causa dos egos, sentindo vontade de mudar, e sem saber como fazer?

Compreendo que a eliminação dos egos é um trabalho muito duro e percebo que são raras as pessoas dispostas a fazer este trabalho. Sabendo como fazer já é um trabalho duro, imaginem sem ter informações a respeito!

Amanhã eu voltarei a escrever.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

Apegos (O amor) - cap.12

Amizade

Força de atração que nasce entre dois seres, imantada pelas afinidades e pelo respeito.

Elo sem amarras, união sem fronteiras, individualidades em comunhão, harmonia, equilíbrio.

Magnetismo que mantém os astros ao redor do Sol (amor) e os concede a liberdade de voarem seguros no espaço infinito!

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Certo dia, muitos anos atrás, o pai de um amigo nos deu uma dose de cachaça. Acho que foi a primeira vez que eu experimentei, apesar de ser adulto. A bebida desceu queimando... Muito ruim!

Se eu tivesse amigos que bebessem e eu sentisse a necessidade de me enturmar, talvez eu passasse a beber com eles. Mesmo sendo ruim, iria me acostumar, iria gostar, aos poucos, e depois o meu organismo ficaria acostumado e passaria a sentir falta da bebida. E eu iria criar uma relação emocional com a bebida, iria me tornar apaixonado pelo vício, mesmo que ele estivesse me destruindo.

Temos o poder de nos acostumar, nos apegar a objetos, pessoas, animais, plantas, comidas, bebidas, etc. Da mesma forma que nos apegamos podemos nos desapegar.

Os seres humanos nos apegamos a muitos egos, passamos a gostar de ser orgulhosas(os), ciumentas(os), mentirosas(os), etc, etc, etc. A eliminação destes defeitos psicológicos é um trabalho que requer muita atenção, reflexão, vontade, leituras, meditações, etc.

Da mesma forma que temos que lidar com uma separação traumática temos que produzir uma separação entre nós e os egos! Temos que aprender a viver sem uma pessoa que se foi, e também temos que aprender a viver de forma consciente, eliminando as nossas inconsciências/egos.

O problema de nos separarmos dos egos é que este trabalho só depende de nós, e nós sentimos prazer na realização dos desejos dos egos.  Os egos da raiva sentem prazer em brigar, os egos do orgulho sentem prazer em se sentir melhor que outras pessoas, etc, etc, etc. E estes egos não querem ir embora, pelo contrário, são parasitas, nos dominam, nos escravizam.

No próximo capítulo vou relatar uma experiência que vivi na adolescência.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com

Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

De grão em grão (O amor) - cap.11

O amanhã em flor
É a semente presente
Adormecer no instante
É no amanhã ser ausente

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Após uma separação que gera o sofrimento pela ausência da pessoa amada, cada instante de ausência se torna uma dose de remédio. O bom senso sabe disto.

Aos poucos o nosso centro intelectual, emocional e o nosso corpo físico vão se acostumando a viver sem a presença da pessoa, da mesma forma que se acostumaram, dia a dia, com a presença dela, no início do relacionamento. Se a pessoa for amorosa consigo mesma vai colaborar com este processo. 

Reflexão. A vida continua.

O desespero é um ego, a tristeza profunda gerada por pensamentos revoltados é um ego. Vários egos surgem nestas situações e precisam ser eliminados. Certos pensamentos e falas não tem sentido, não servem para nada, são destrutivos, são inconscientes. Por exemplo: porque Deus fez isto comigo? Eu preferia ter morrido no lugar dela! Eu não vou aguentar viver sem ele! Etc, etc, etc.

Hoje a dor tem um nível, depois de três dias esta dor começa a diminuir, depois de um mês ela estará mais fraca, etc. O tempo vai se encarregando de ajudar, e vamos nos reeducando a viver sem a pessoa.

Damos dez braçadas para dentro do mar, teremos que dar dez braçadas para voltar. Vivemos um relacionamento de dez anos, acontece uma separação repentina, a pessoa saiu fisicamente da nossa vida, mas não vai sair dos nossos pensamentos e emoções, de um dia para o outro.

Parte do despertar da consciência consiste em descobrirmos e eliminarmos os egos/inconsciências nestes momentos de separações.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com

Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Reflexões sobre as separações (O amor) - cap.10

A verdade não se deixa aprisionar
Sua alma, asas tem
Os seus pés vivem sem chão...
Liberdade!

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Existem separações muito dolorosas, quando as pessoas que se separam haviam construído entre si uma relação amorosa muito bonita, por muitos anos. As duas pessoas passaram a ocupar um espaço muito grande na existência uma da outra, um espaço preenchido com a consciência.

O amor é a consciência, a consciência é um conjunto de virtudes, logo, o amor é a paciência, a simplicidade, a humildade, o desapego, o saber ouvir, o saber falar, o perdão, a empatia, a serenidade, etc.

Um relacionamento amoroso é um relacionamento construído com as virtudes da alma. Um relacionamento assim é precioso, raro! Separações assim são delicadas...

A vida é assim, as separações são inevitáveis. 

A separação entre pessoas que produzem sofrimento uma para outra se torna um alívio. Nos separarmos do "amor" é um sofrimento. Dualidade.

Os seres que constroem uma relação amorosa entre si, educam o centro mental, emocional e o corpo físico para a convivência um com o outro. Na separação por morte o ser que fica será estimulado a muitas recordações.

A cama vazia ao dormir, tomar café sem a outra pessoa, as músicas que ouviam juntos, etc. O corpo sente a falta, o centro mental sente a falta, o centro emocional sente a falta...

Uma pessoa viciada em uma droga, aos poucos vai reeducando o seu corpo para ir se acostumando com doses cada vez menores, até poder se libertar do vício. Em um relacionamento amoroso interrompido, o Ser que ficou não teve tempo de se reeducar para viver sem a pessoa amada. O rompimento as vezes é traumático.

Amanhã eu voltarei a escrever e vou refletir sobre e eliminação dos egos que produzem sofrimentos inconscientes nas separações.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

Separação (O amor) - cap.09

Batom-estrelas
Beijo-céu
Carinho-lua
Brilho-amor

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Tive uma amizade por uns quinze anos, com um senhor que consertava violões. Várias(os) alunas(os) passaram a levar os instrumentos para ele fazer reparos, pois eu indicava os trabalhos dele. Conheci a esposa, o neto, a bisneta... 

Há pouco tempo ele faleceu...

Duas vezes por semana eu passo na frente da casa onde ele morava. As vezes eu vejo a mulher dele, as vezes vejo o neto e sua filhinha.

O senhor Nilo fez parte da minha vida, ocupou um pedaço da minha história. Me contou como conheceu a Dona Marinete, o primeiro encontro entre eles, como começaram a namorar. Me contou um pouco da sua juventude como baixista de uma banda que tocava em casas de eventos, etc.

De vez em quando ele passava mal porque fumou por muitos anos e ficou com os pulmões comprometidos. As vezes as suas mãos tremiam um pouco, por causa dos medicamentos. Mas seus trabalhos eram de qualidade, consertou vários dos meus violões. Era um homem simpático, gentil, alegre!

Ele se foi e eu senti um pequeno vazio em mim. A presença dele na minha existência ocupava um espaço pequeno, mas um espaço de carinho, de amizade fraterna. Este pedaço deixou de existir.

O falecimento não me alterou emocionalmente, fiquei tranquilo. Mas fico observando o meu SER aos poucos se acostumando com a ausência dele, e sentindo esta ausência. Há um pequeno sofrimento, uma perda, um desconforto...

Estas situações são inevitáveis. Todos nos relacionamos com pessoas amigáveis e com pessoas não amigáveis, e quando as pessoas amorosas se vão, compreendo como natural o nosso SER sofrer com a separação. A intensidade dos sofrimentos dependem da profundidade do relacionamento amoroso.

No próximo capítulo vou refletir sobre a cicatrização das feridas abertas com as separações indesejadas.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

Linda Noite