domingo, 29 de maio de 2016

Boa noite para os nossos corações!

Leitores, abaixo estão os capítulos 53 ao 56, na próxima sexta-feira volto a compor e publicar os demais capítulos deste livro.

Esta obra é feita em tempo real, aos finais de semana, sextas, sábados e domingos.

Abraço fraterno!

Ulisses Higino

Os ressentimentos e a memória (Transmutando o Ego em Flor) - cap.56

Experiência, sabedoria, é o passado semente que se transformou em fruto e alimenta a vida!

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Todo o aprendizado é uma memória e toda memória é viva!

Se paramos de praticar qualquer ação temos a tendência de irmos esquecendo da mesma. Se ficarmos sem dirigir por uns dois anos, quando voltarmos a pegar um carro, provavelmente vamos nos sentir um pouco inseguros, as habilidades vão sendo esquecidas. Quando paro de executar uma música a esqueço. Quando paramos de alimentar um saber, seja ele qual for, a tendência é que este saber na forma de uma energia, vá se desintegrando.

Os saberes simples permanecem por mais tempo em nós, como por exemplo a prática de andar de bicicleta, já os mais complexos necessitam ser alimentados com constância para não se desintegrarem.

Sabemos de seres que trazem saberes que não adquiriram nesta vida, desde pequenos falam línguas, tocam instrumentos com maestria, etc. Estes seres tem acesso a uma memória que provavelmente vem de outra existência, mas não vou tratar deste assunto aqui.

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Como todo saber o ego é uma memória, um saber inconsciente, destrutivo, mas nem toda memória é um ego. 
Muitas memórias são energias vivas em nosso interior, nos servem para praticarmos o amor para com a natureza, no exercício do trabalho, no lar, etc. Estas energias são utilizadas conscientemente, servem aos propósitos da natureza, não são destrutivas.

Sobre os egos, não os esquecemos porque os alimentamos com frequência, todos os dias.

Em dez minutos nossas mentes viajam longe em lembranças. Algumas despertam pensamentos de tristeza, outras ciúmes, outras ressentimentos, outras luxúria, etc. Se perguntamos o que a pessoa estava pensando provavelmente não saberá, porém teve um monte de pensamentos. Agora projetemos isto durante um dia inteiro, os vários momentos em que vivemos sonhando acordados.

Alimentamos os egos com os pensamentos, com as atitudes, durante às noites, sonhando, etc.

Mas os egos tem um problema que os diferem de um saber comum, eles nos prendem a consequências!

Os egos nos fazem causar estragos ao nosso corpo e ao mundo exterior, como consequência adquirimos o chamado carma. Por isto estas formas não se desintegram apenas por não serem alimentadas. A ira em nós agrediu muitas pessoas, agora não basta não alimentá-la para ela desaparecer, é necessário pagar pelos erros, ou então estes egos ficam dentro da gente até atraírem pra nós os sofrimentos que geramos para os outros seres.

Seria muito cômodo vivermos fazendo inconsciências e depois eliminarmos os egos como em um passe de mágica!

Não posso afirmar que é verdade o que falo, mas esta é a prática que norteia a minha vida e tenho tido resultados na eliminação dos egos e o despertar da consciência. Trabalho servindo aos semelhantes para pagar por meus erros do passado e com o mérito adquirido a compreensão está desabrochando no meu coração, a cada instante! Assim estou eliminando os egos.

Não alimentar os defeitos, memórias, é um passo, mas não é tudo, também é necessário pagar dívidas. O caminho do despertar é o amor!


Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

A energia dos ressentimentos (Transmutando o Ego em Flor) - cap.55

Perdoar é respeitar a vida, não aprisionar a energia vital, não usar a energia do amor para criar egos!

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Tudo o que existe, existe. Se há um pensamento ele é real, se é real tem uma substância que a ele dá forma, o mesmo se aplica as emoções, instintos, etc. Tudo são energias.

A matéria é formada de partículas que chamamos de átomos, os pensamentos também são formados de partículas, uso chamá-las de átomos de energia mental.

Quando nos alimentamos, dos alimentos produzimos a energia mental, emocional, instintiva, motriz e sexual, e com estas energias nos movimentamos no mundo. Um gesto de amor é usar estas energias para a expressão da consciência!

Quando geramos um ressentimento usamos a energia emocional e criamos uma forma psicológica com esta energia, é real dentro do nosso universo emocional. Esta energia fica condicionada, presa, estagnada, dentro de nós. Ao alimentarmos o ressentimento agregamos mais das nossas energias àquela forma anteriormente criada, e o ressentimento vai crescendo e exercendo mais domínio sobre nós.

Quando paramos de alimentar o ressentimento a energia condicionada vai se desfazendo, esta é a tendência. Com a compreensão podemos tirar todo o sentido do ressentimento e ele pode se desintegrar, assim as partículas atômicas de natureza emocional voltam para a natureza. 

Eliminar o ego é um gesto de amor, libertar os átomos que prendemos dentro de nós na forma de defeitos psicológicos.

A energia deve circular, a vida é o movimento contínuo, infinito! Nos alimentamos, produzimos vida, movimento, gastamos energia, e esta energia volta para a natureza para dar vida a outros seres. Nossas células se renovam e voltam para a natureza, novas células são criadas, e o ciclo não tem fim. O ego é um nódulo, um obstáculo ao infinito ciclo da vida, ele retém em si as energias e acumula mais energias, e as usa para produzir destruição dentro de nós e no mundo exterior, qual a consciência da autodestruição e destruição da natureza que nos serve?

Ego é inconsciência!

No próximo capítulo farei uma reflexão sobre as memórias associada aos ressentimentos.

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Perdoar é o gesto de amor de não aprisionar as partículas de vida, não usa-las para criar egos. Perdoar é respeitar a vida!

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

O perdão e a empatia (Transmutando o Ego em Flor) - cap.54

Como uma pessoa pode perdoar se não é capaz de ver em si os erros do próximo?

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Certo dia entrei em um ônibus e ao me dirigir ao cobrador para pagar a passagem ele me tratou com arrogância e tive um impulso de agir com arrogância e me vingar, dar o troco. Neste instante brotou uma revolta dentro de mim e pela prática com o viver em atenção reflexiva percebi o nascimento da emoção negativa e sua causa. 

Em fração de segundos refleti que eu já fiz atos como este, machucando emocionalmente outras pessoas, que talvez tivesse feito isto em uma possível existência passada e agora atraí aquela situação para receber os frutos do meu ato inconsciente. E refleti que talvez aquele o cobrador tenha sido o Ser que eu prejudiquei no passado. Senti em mim o mau estar que outras pessoas sentiram quando as tratei com arrogância...

Instantaneamente agradeci ao cobrador, internamente, pelo ensinamento, e me desculpei (mentalmente) pela possibilidade de o ter machucado em outra possível existência. Espontaneamente brotou em mim uma compreensão profunda de que eu não estava sendo a vítima, mas que talvez fosse o vilão recebendo seu pagamento! O ressentimento que estava nascendo começou a se desfazer e se foi, fiquei tranquilo e ao invés de agir com arrogância, passei a catraca com educação e em silêncio, não esbocei nenhuma reação interna e nem externa, e tive uma sensação de paz interior! Nem precisei de esforço para agir com gentileza, a compreensão me deixou completamente sereno.

Existirão outras existências? Não sei, não o comprovei. Mas independente de existirem ou não outras existências eu comprovei que sou capaz de criar e desfazer ressentimentos, seja qual for a técnica que vou usar! 

O que é inteligente? Vingança? Machucar outro ser? Correr o risco de sair machucado? Ou compreender, tolerar, perdoar, ficar em paz? Há quanto tempo Palestina e Israel estão em guerra? Quem vai perdoar primeiro? 

Perdoar, sair ileso, não agredir ninguém, ficar em paz interior, isto não é saudável?

Cada um é livre para seguir seu caminho, o caminho que sigo é o caminho da paz! Sempre que possível opto por perder para poder ganhar, perder a razão para ganhar amor.

Os seres que causam estragos na sociedade necessitam de amor. Se nos atingem com a raiva podemos atingi-los com amor, qual das duas armas traz a harmonia?

É certo que surgem  em nossas vidas situações nas quais não podemos evitar o confronto, estes são outros casos, outros ensinamentos.

No próximo capítulo vou tratar das energias condensadas na forma de ressentimentos.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br 

Respeito - Perdão (Transmutando o Ego em Flor) - cap.53

Respeito é rosa, seu perfume é o amor, pétalas de luz que iluminam o caminho.

Tolerância, paciência, resignação, o respeito ao livre arbítrio e as flores do perdão.

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Perdoar é a prática de eliminar ressentimentos. Os ressentimentos são energias vivas na forma de lembranças do mau que alguém nos fez. Havendo ressentimentos a raiva estará ao lado, e a vingança também.

Além de retirarmos os ressentimentos que tenhamos dentro de nós é necessário a habilidade de não mais criar ressentimentos, e isto é um trabalho para toda a vida.


Os estímulos externos sempre existirão, senão os recebemos com a consciência e os digerimos com a compreensão, eles serão recebidos pela inconsciência e serão alimento de egos ou irão criar novos egos.

Uma prática muito eficiente que utilizo para desfazer as energias dos ressentimentos é a conversa, o diálogo. Se houve um incidente que gerou as emoções negativas dos ressentimentos, espero que o estado emocional se acalme um pouco, depois procuro a pessoa envolvida para conversar serenamente. Mas esta técnica não funciona em todas as circunstâncias, em algumas não tenho como conversar com a pessoa envolvida, aí tenho que trabalhar no meu interior apenas, com a reflexão e compreensão.

Além das técnicas afirmo que é preciso o merecimento, e ele adquirimos com as ações de amor para com os semelhantes e a natureza em geral. Muitos ressentimentos não poderão se desfazer porque são prisões! As pessoas ficamos presos a estes sofrimentos porque os fizemos a outros no passado. Nos próximos capítulos explicarei melhor esta situação.

Perdoar, ou seja, retirar de si os ressentimentos, é um gesto de respeito para com o próprio corpo, pois os ressentimentos envenenam nosso interior.

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No próximo capítulo vou citar um acontecimento real envolvendo ressentimento e perdão.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

sábado, 28 de maio de 2016

Não posso continuar as publicações hoje.

Hoje também não posso publicar, acabei de chegar da realização de um evento social que ofereço para a comunidade em geral, momentos para doar harmonia por meio da música. Vamos ver se para amanhã, domingo, poderei continuar as publicações.

Agora já está tarde da noite e não tenho condições de compor um capítulo, meu corpo precisa de descanso.

Abraço fraterno!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Não poderei publicar hoje.

Leitores, hoje não poderei publicar por motivos pessoais, farei o possível para publicar amanhã.

Abraço fraterno!

Ulisses Higino

domingo, 22 de maio de 2016

Respeito - Paciência (Transmutando o Ego em Flor) - cap.52

Sempre é tempo de acordar para o amor, amor que é ninho de onde revoa o tempo!

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A virtude da paciência está muito relacionada com a tolerância no sentido da espera.

Se temos que esperar em uma fila e não temos escolha, não nos adianta ficarmos ansiosos, nervosos, impacientes. Se temos escolha podemos tomar alguma atitude, sempre consciente, mas se não há o que fazer cabe o ditado popular: se não tem remédio, remediado está! Se não podemos ficar na fila, então o mais sensato é sairmos e irmos embora, do contrário, manter a serenidade.

Em todas as situações de espera podemos exercitar a observação, auto-observação, concentração no objetivo de estarmos ali e um estudo de si mesmo, pensamentos, sentimentos e atitudes.

No caso em que estamos ensinando alguém e a pessoa tem dificuldades em acertar é importante a consciência se manter sempre reflexiva, entender o que está acontecendo e ajudar. A pessoa não erra porque tem vontade de errar, mas sim porque não está conseguindo acertar. Esta pessoa precisa de amor, paciência, gentileza. Ensinar com carinho quantas vezes forem necessárias, e quando não pudermos continuar os exercícios, interrompermos para retomar em outro momento. O aprender cabe ao aluno, ensinar ao professor. Se o professor desejar resultados vai acabar gerando a expectativa e dela a ansiedade, e vai acabar gerando a impaciência e machucando a pessoa que está como aprendiz.

No caso do ensinar, a consciência alimenta a virtude da paciência mantendo-se reflexiva sobre o fato de que está no local, pelo tempo determinado, apenas para ensinar. Ela não está ali para que o aluno aprenda, mas sim para cumprir com a sua parte. Ensinar é com o professor, aprender é com o aluno.

Existem muitas perspectivas relacionadas com a paciência, estou apenas deixando alguns estímulos para análise. A virtude da paciência se expande grandemente, como todas as outras, por meio do trabalho sobre si, dia após dia.

Estas reflexões não são o suficiente para eliminar os egos, é preciso o trabalho diário, não fazer o que o defeito sente desejo de fazer, assim vamos enfraquecendo o hábito. Mas este trabalho tem que ser feito com compreensão de todo o procedimento para eliminar o defeito em questão. Nos momentos em que o defeito estiver agindo suplicar ajuda para as partes superiores do Ser, para ir eliminando este defeito.

O ego não morre de uma vez, ele vai sendo eliminado aos poucos, todas as células do nosso corpo, nossa mente e centro emocional, todos vão se libertando aos poucos da dependência física e psicológica do defeito psicológico. Eliminar o ego é um processo responsável de se desintoxicar de um vício, uma reeducação para o despertar da consciência.

Estamos condicionados para viver de forma inconsciente, os egos estão dominando nossos atos, uma força invisível, é preciso paciência para libertar nossas almas. É importante que as mudanças sejam gradativas, firmes, consistentes e de forma inteligente.

A virtude da paciência é respeito para consigo e para com o mundo exterior. Esta virtude anda de braços dados com a virtude da perseverança, da continuidade de propósitos.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sábado, 21 de maio de 2016

Respeito - Resignação (Transmutando o Ego em Flor) - cap.51

As vezes alegro-me por esquecer algumas coisas, assim me lembro que sou perfeito!

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Quando algo de ruim nos acontece, uma doença, um problema financeiro, um acidente, etc, só nos cabe a busca por melhorar, mas não há o que fazer em relação ao que já aconteceu. Resignação é tolerar o inevitável que nos atingiu.

Revoltar-me porque o pneu do carro furou? De que adianta? O que já está ruim fica pior!

Para quê piorar o que já está ruim? Qual a sensatez de jogar fogo no incêndio?

Resignação é inteligência, manter-se sereno para não piorar as coisas, e para não afetar as pessoas que estão ao nosso redor. O revoltado não tem equilíbrio, serenidade, acaba extravasando seu mau humor e gerando mau estar para o ambiente.

Quanto maior a serenidade melhores as chances de encontrarmos uma forma de amenizar nosso sofrimento. As vezes existem soluções à um palmo do nariz, mas a ansiedade, o nervosismo, a revolta, nublam a  consciência e não enxergamos.

O sofrimento não é prazeroso, a dor machuca, mas revoltar-se é adicionar um sofrimento extra sobre si. O ser consciente seguirá sempre lutando pela saúde, pela harmonia, pela paz, pelo equilíbrio, mas sem revolta.

À medida que vamos despertando a virtude da resignação vamos eliminando variados aspectos dos egos das revoltas, da ira, da impaciência, dos ressentimentos, do orgulho, etc.

Resignação não é aceitação. Aceitar é uma questão de escolha (aceita ou não aceita?), diante do sofrimento que nos atingiu não há mais escolha. Resignar-se também não significa submissão, o submisso é aquele que se deixa dominar passivamente. A consciência não se mantém passiva diante do sofrimento, ela age no sentido de buscar acabar com o seu sofrer. 

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Reforçando, o despertar da virtude da resignação está relacionado com a eliminação de diferentes manifestações dos egos das revoltas, da ira, da impaciência, da intolerância, dos ressentimentos, do orgulho e outros. Há uma engrenagem entre os egos, se relacionam entre si de forma simbiótica, uns se alimentando dos outros.

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Resignação é respeito para consigo e para com todos ao redor.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Respeito - Tolerância (Transmutando o Ego em Flor) - cap.50

Mãe e filho, sorriso de amor, perfume ao coração que vê, carinho aos olhos que sentem, magia de flor!

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A vida é dual e dentro da dualidade temos o positivo e o negativo, o bem e o mal, a saúde e a doença, a alegria e a tristeza, etc.

Diante destes estímulos temos reações internas, pelos cinco sentidos, reações de prazer e desprazer. Naturalmente desenvolvemos a memória dos prazeres sentidos e criamos o desejo de voltar a ter o prazer e o desejo de fugir do desprazer. Este desejo é o ego, energia condicionada, vício psicológico.

O prazer é natural da vida, podemos desfrutá-lo conscientemente, já o desejo pelo prazer é inconsciente, escraviza a consciência e desequilibra nossa relação com a natureza.

Diante dos desprazeres que não nos afetam é inteligente ser tolerante, pois não temos como viver sem encontrá-los em nossas vidas. Podemos fazer o possível para harmonizar a situação, entretanto alterar os ânimos, criar preconceitos, discriminar, estes gestos só nos levam a desrespeitar os seres ao redor.

Uma pessoa tem uma opção sexual que não nos agrada? Os seres são livres, não somos donos deles! Uma pessoa tem uma voz que não nos agrada, usa roupas que não nos agradam, tem um comportamento que não nos agrada?

Diante das impressões que nos produzem desprazer pelo fato de não termos afinidades psicológicas com elas, e sendo situações que não interferem em nossas vidas, é sábio ser tolerante.

Perder a serenidade nos faz adoecer emocionalmente, mentalmente e neste estado interior desequilibrado agredimos os demais. 

Sempre encontraremos em nossas vidas impressões com as quais teremos afinidades e outras com as quais não teremos afinidade. Fugir da dualidade? Isto é se transformar em um cachorro correndo atrás do rabo!

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Certa vez ouvi um discurso de um intelectual renomado defendendo a democracia e neste mesmo discurso usou de ironia para discriminar as pessoas que defendem a ditadura! Onde está a democracia se não respeitamos a opinião dos outros?

"Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo" - frase atribuída a biógrafa do filósofo Voltaire.

A intolerância faz nascer a discriminação e esta, com suas críticas, ofensas, desrespeita o direito.


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Estas reflexões feitas nos momentos em que o defeito psicológico da intolerância estiver agindo, nos ajudam a tirar a força deste ego, enfraquecê-lo até que o eliminemos. Ao mesmo tempo que o vamos eliminando vamos despertando a virtude da tolerância.

Intolerância é desrespeito para consigo mesmo, pois o intolerante se machuca física e psicologicamente, adoece,
e também é desrespeito para com todos ao redor pois nos leva a sermos agressivos e multiplicamos estas ações sendo propaganda da inconsciência, contaminando outros seres.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sexta-feira, 20 de maio de 2016

Respeito (Transmutando o Ego em Flor) - cap.49

Não lhe digo: siga meu rumo
Seu comandante é seu coração

Não lhe digo o certo, sugiro
Pois a verdade brota em cada ser

Minhas asas buscam o céu
Os meus lábios buscam o amor

Se o mundo eu desejar mudar
Escravo eu sempre hei de estar
O mundo é livre para ser e é!

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O que é uma árvore?
Raízes, tronco, folhas, frutos, cores, fotossíntese, sombra, morada de outros seres, seiva, moléculas, células,muitos elementos da tabela periódica, infinitos microorganismos, alma, vários sentidos, vários significados, várias funções, várias possibilidades, etc. Para cada um destes itens podemos escrever livros! Será que algum ser seria capaz de falar tudo sobre uma árvore? 

O que é o respeito?
Respeito é consciência, e o que é a consciência? Consciência é uma chama com infinitas fagulhas! Mansidão, humildade, simplicidade, desapego, etc, etc, etc.

Vou falar apenas sobre alguns aspectos do respeito pois ele é muito complexo, como todas as coisas o são!

Sugiro o trabalho com as seguintes virtudes para o desenvolvimento de bases sólidas de respeito:

Tolerância, resignação, paciência, respeito ao livre arbítrio, perdão.

Para cada uma delas vou escrever um capítulo com algumas reflexões.

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Fui informado sobre uma pessoa com dúvidas sobre o que é o ego que eu estou descrevendo. Nos primeiros capítulos deste livro eu dou explicações mais detalhadas sobre o ego, alma, personalidade, etc, estas informações são facilmente encontrados no www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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domingo, 15 de maio de 2016

Tirando alimento dos egos (Transmutando o Ego em Flor) - cap.48

Os nós que desato libertam minh'alma
Ao fim do percurso alço voo daqui!

Agradeço às jaulas, a dor do casulo faz belo demais o retorno ao céu!

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O que é vivo se mantém pelo alimento, logo o alimento é a base da vida. O ego é vivo, para eliminá-lo é importante descobrirmos como ele está se alimentando por meio do nosso corpo.

Se uma pessoa conseguir eliminar os egos da intolerância e despertar as virtudes da tolerância então vai tirar o alicerce de muitos defeitos, vai tirar o alimento de muitos egos.

Eliminando a intolerância tiramos alimento de muitos egos, ficam desnutridos a ira, a impaciência, a não resignação, o desrespeito ao livre arbítrio, os preconceitos, e outros. Estes defeitos, sem a intolerância, perdem uma grande fonte que os alimenta, e enfraquecendo todos estes defeitos o ser pode avançar com muita intensidade no despertar da consciência.

Uma virtude de vital importância para a manifestação da consciência é a serenidade, se eliminamos a intolerância vamos abrir caminho para esta virtude.

No próximo capítulo vou escrever algumas reflexões para auxiliar no trabalho do despertar  das virtudes da paciência, respeito ao livre arbítrio, resignação, perdão e tolerância. No livro "A Alma e o Ego" estão mais detalhes sobre estas virtudes e os egos que as adormecem.

Ulisses Higino
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Reflexões para buscarmos a tolerância (Transmutando o Ego em Flor) - cap.47

Palavra amiga

Sempre estou a falar com quem me lê agora,
Sempre vivo estou no olhar que em mim navega
Venho dar um choque na razão, pra que reflita
E refletindo esteja viva a consciência!

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O mundo é dual, nele estão o bem e o mal, a saúde e a doença, a alegria e a tristeza, valores que nos agradam e valores que nos desagradam, todos são alimentos para nossa consciência.

Diante do elogio podemos descobrir, refletir, compreender e eliminar os egos da vaidade, e depois de termos eliminado estes defeitos os elogios vão nos servir para alimentar a auto-observação, reflexão e nutrir as virtudes da humildade, simplicidade, etc. Diante da ofensa podemos descobrir, refletir, compreender e eliminar os egos da ira, e depois de termos eliminado estes defeitos as ofensas vão servir para alimentar a auto-observação, reflexão e nutrir as virtudes da mansidão, tolerância, etc.

Se a minha pessoa tem a liberdade de ser o que sou, então os demais também tem esta liberdade, e como somos diferentes uns dos outros, com alguns temos afinidades e com outros não. As pessoas não somos obrigados a agradar a todos, entretanto também não somos obrigados a ser intolerantes e sofrer!

Tolerância é inteligência, é compreensão que a vida é como é, as pessoas são como são. Podemos contribuir para o despertar da consciência dos demais, de modo que tenham condições de se transformarem em seres conscientes, ou podemos viver no ego e consequentemente estaremos contribuindo para alimentar a inconsciência da sociedade, de todo modo interferimos. Nossa ajuda poderá ser bem recebida por uns e mal recebida por outros e em ambas as situações temos aprendizados.

Qual o sentido da intolerância? Não existe, por isto é ego, inconsciência. Porque não vou tolerar? Se tudo na vida me agradasse a vida seria suportável?

Existem situações muito delicadas onde é natural surgir o desejo de mudar o outro, de exigir que o outro seja organizado, que seja trabalhador, etc. Ainda nestes casos a intolerância não ajuda, adoece aquele que não tolera e agride os demais. Bem, por vezes estes casos são prova de fogo! Não será comum um ser sair vitorioso, mas o despertar da consciência não é algo simples, é para poucos.

Diante das situações desagradáveis temos a oportunidade de trabalharmos  para harmonizar, ficarmos alterados, nervosos, impacientes, não adianta nada, só piora as coisas. Quanto menos serenos, menos consciência temos;quanto menos  consciência, menores as possibilidades de resolvermos seja o que for. Para que a intolerância se ela só piora nossas vidas?

Não há sentido para o ego, mas isto precisa ser compreendido de coração, profundamente, para que a pessoa possa iniciar o trabalho de retirar o ego de todas as suas células, da sua mente, das suas emoções, das suas atitudes.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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A virtude da tolerância (Transmutando o Ego em Flor) - cap.46

Na madeira eu vejo a terra, o fogo, a água e o ar; no ferro eu vejo a madeira; na formiga eu vejo o elefante; na diversidade eu vejo a complexidade da unidade! Que lindeza somos, criação!


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A virtude da tolerância é um grande trunfo para o despertar da consciência. Ela nos ajuda com a paciência, com a resignação, com o respeito ao livre arbítrio, com o perdão, nos ajuda a desenvolver a virtude da mansidão, serenidade, nos ajuda na conquista do desapego, enfim, é uma grande aliada!

O tolerante sabe ver o ponto de vista alheio, sabe harmonizar, sabe empunhar o cetro do respeito, caminhar rumo a paz.

A tolerância elimina as bases das ignorâncias, do orgulho, das vaidades, das competições, etc.

A tolerância é a base para a amizade, para a cooperação, para a união, para o crescimento, para o amor.

A virtude da tolerância é uma rainha majestosa! Prosto-me aos seus pés com toda devoção. Sua beleza transcende as aparências, transcende as mais belas preciosidades. Diante dela a poesia se extasia por ter uma fonte que jorra um manancial inesgotável de sementes para os versos de amor!

Aos buscadores do despertar da consciência, os estimulo a buscarem se enamorar desta dama tão encantadora, a virtude da Tolerância!

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Paradoxos do ego (Transmutando o Ego em Flor) - cap.45

Pão, alimento da  vida sou
Sim, trigo sou
Meu destino é nutrir o amor
Árvore sou, dou a sombra da amizade
Dou poesias e canções
Dou os frutos de minh'alma
No final alimento a terra com meu tronco!

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Dentro do paradoxo temos uma verdade que pode ser mentira, ou uma mentira que pode ser verdade, dependendo do ponto de vista, da perspectiva, relatividades.

Sim, o ego tem sua identidade, porém ele é multidão! Sim, ele é diferente dos demais e ao mesmo tempo ele é parte dos demais.

Intolerância é um ego, mas dela se desdobram uma diversidade de pequenos defeitos da intolerância. É como se tivéssemos um defeito mãe de onde derivam uma série de outros menores.

Ao mesmo tempo um aspecto da intolerância se desenvolveu junto à luxúria, portanto tem seu sentido de existir na luxúria, podemos dizer que é parte da luxúria.

Nos últimos capítulos tenho feito alguns rodeios em torno desta questão porque sinto que é muito importante a compreensão destes aspectos.

Nos próximos capítulos vou escrever reflexões sobre a virtude da tolerância.


Fraternalmente,

Ulisses Higino

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sábado, 14 de maio de 2016

Multiplicidade egóica (Transmutando o Ego em Flor) - cap.44

O azul na água, a água no céu, o céu nos meus olhos, meus olhos na água!

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Os egos tem uma identidade própria, mas se associam entre si e desta forma se multiplicam dentro de cumplicidades, são raízes que se entrelaçam e se nutrem umas das outras.

A intolerância é um ego determinado, mas o ego da intolerância se multiplica em diversos outros egos da intolerância. Algumas de suas faces foram criadas e se relacionam com a luxúria, outras com a gula, outras com o ciúmes, outras com o orgulho, etc. A preguiça é um ego determinado e como todos os outros se multiplica. Criamos a preguiça no lar, no trabalho, na escola, etc. São muitas manifestações da preguiça e elas se relacionam com outros egos.

Quando trabalhamos na eliminação da intolerância religiosa despertamos uma parte da virtude da tolerância que estava presa neste ego, depois temos que trabalhar na eliminação da intolerância relacionada com o ciúmes, intolerância relacionada com as questões raciais, etc. A intolerância é fruto dos preconceitos, então precisamos eliminar os preconceitos também, do contrário não eliminamos a intolerância. E a intolerância alimenta a ira, se a eliminamos estamos enfraquecendo a ira. Há toda uma equação que é importante ser estudada para ações inteligentes.

Se trabalhamos com um determinado aspecto da intolerância de forma profunda alcançamos uma compreensão que nos ajuda a identificar e eliminar a intolerância em todos os outros aspectos. Isto é o que estou buscando dizer. Não estou dizendo que  ao eliminarmos um aspecto da intolerância vamos naturalmente eliminar os outros, mas que vamos ganhar bases seguras para enfraquecer e eliminar os outros.

Isto se aplica a todos os outros egos.

Vejamos por outro ângulo. A gula tem várias faces, vários egos, todos tem em comum o desejo pelo prazer da comida. A luxúria também tem várias faces, vários egos, e todos eles tem em comum o vício pelo prazer sexual. Comer demais, fazer sexo demais, excessos que trazem em si valores comuns. Quando  uma pessoa começa a eliminar os vários defeitos da gula, vai despertando as várias virtudes da temperança, o comer moderadamente, de forma consciente. Quando uma pessoa começa a eliminar os vários defeitos da luxúria, vai despertando as várias virtudes da castidade, é como se fosse aprendendo a ter uma união sexual com temperança, harmoniosa, equilibrada, consciente. Conseguem ver a similaridade entre a temperança e a castidade? O prazer de se alimentar e de ter uma relação sexual é inerente do corpo, eliminar o ego não significa eliminar os prazeres e sim eliminar os desejos pelo prazer. A consciência desfruta dos prazeres da vida de forma saudável, harmoniosa, profunda, extasiante, supera muito o viver no ego.

Vejamos a cobiça, ela também está relacionada com os outros egos. Cobiça sexual (luxúria), cobiça por alimentos (gula), cobiça por roupas (vaidade), etc. Se conseguimos compreender profundamente e eliminar algum aspecto da cobiça, conseguimos uma base que nos auxilia a tirar alimento de todos os outros egos da cobiça e termos condições de trabalhar na eliminação destes outros, de forma mais eficiente.

Quanto mais nos desenvolvemos na ciência de eliminar defeitos psicológicos e despertar virtudes, mais preparados ficamos  para avançar em níveis mais profundos do crescimento espiritual.

Um ser aprende a mecânica de bicicletas fica com um bom preparo para se aventurar na mecânica de motos, depois de carros, depois de caminhões, depois de tratores, depois de aviões, navios, etc.

Amigos, estes textos são para reflexões profundas, leituras e releituras, não são para leituras superficiais. Há muitos ensinamentos por trás das palavras, mas se a consciência não garimpar não vai achar.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Intolerância no mundo (Transmutando o Ego em Flor) - cap.43

Tenho um poder terrível, uma espada, o verbo, com ela posso destruir o meu futuro ou abrir caminho para o paraíso!

Quão maior o nível de consciência, maior o poder do verbo, maior a responsabilidade, mais intensa a vigília para não se machucar e não machucar a natureza ao redor.

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Compreendo que os seres humanos desenvolvemos no mundo um nível de intolerância muito perigoso. Músicos de MPB que não toleram Funk; eruditos que não toleram MPB; jovens que não toleram os mais vividos; filhos que não toleram seus pais; pais que não toleram seus filhos; religiosos que não toleram religiões alheias; médicos que trabalham excessivamente para ganhar dinheiro, se estressam e depois deixam de ter paciência, não toleram os enfermos e os tratam com arrogância; ricos que não toleram a pobreza; intelectuais que não toleram aqueles que tem pouca cultura intelectual; torcedores que não toleram as torcidas dos times alheios; intolerância política, de gênero, de ideais, filosóficas, etc,etc, etc.

Para o avanço no despertar da consciência enfatizo a urgente necessidade de desenvolvermos a virtude da TOLERÂNCIA, ao mesmo tempo que vamos eliminando o ego da Intolerância.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Intransigência (Transmutando o Ego em Flor) - cap.42

O mal é um grande fazedor de anjos, ele vive produzindo sofrimentos e com eles segue demonstrando: "o caminho não é por aqui!"

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Intransigência é intolerância, um ego muito forte, muito presente na nossa sociedade. Neste capítulo não vou falar deste ego específico, mas da característica da intransigência presente em todos os egos.

Todos os egos estão intimamente relacionados uns com os outros, estou destacando alguns destes valores que podem nos ajudar a avançar com eficiência no trabalho de eliminação dos egos para o despertar da consciência. A questão é que a humanidade estamos em um processo de auto destruição acelerado, e por este motivo é importante encontrarmos atalhos que nos ajudem a avançar com segurança, mesmo com o pouco tempo que nos resta aqui no planeta.

Todos os egos são movidos pela busca do desejo pelo prazer ou desejo de fugir do desprazer, quando não são satisfeitos desencadeiam a energia da frustração. A memória da experiência da frustração é um sofrimento e dela surge a luta para evitar esta dor.

Quando os egos agem em nós, eles não toleram serem rebaixados, lutam para estarem por cima. Todos os defeitos psicológicos se auto justificam de alguma forma para continuarem existindo.

A ira diz: briguei, mas fulano merecia apanhar, por isto e aquilo... A preguiça: não agi, mas também estava cansado demais, por isto, aquilo.... Qualquer ego, por pior que seja, se justifica. As vezes somos tomados por egos de baixa auto-estima, estes dizem que não prestamos, que somos inferiores, etc, e também buscam justificativas para estar pra baixo, etc. O ego é um bom advogado de sua própria causa, sua inconsciência!

Qualquer um que defender uma posição vai acabar se identificando com ela e fará nascer em si a intolerância por qualquer resultado desfavorável.

A luxúria tem a tendência de não tolerar que o companheiro(a) não ceda, ela está com muito desejo de se satisfazer e o que se passa com o outro não conta;

O ciúmes não tolera a liberdade do outro, pois é inseguro, precisa estar no controle para ter sua pseudo paz;

O orgulho não tolera a possibilidade de ser derrotado, luta para superar e sempre ser melhor que os outros;

A preguiça não tolera ser incomodada, quando ela está comandando o corpo e lhe pedem pra fazer alguma coisa, embora o preguiçoso exija que os outros o atendam quando ele precisa; etc.

É muito importante trabalhar o ego da intolerância e desenvolver a virtude da tolerância! Desta forma conseguimos grandes avanços no trabalho com todos os outros egos.

No próximo capítulo farei algumas reflexões sobre a virtude da tolerância.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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A prudência e a reflexão (Transmutando o Ego em Flor) - cap.41

Compreendo que uma base saudável para qualquer relacionamento é a amizade e se nela houver respeito, sinceridade, cumplicidade, gentileza, então é um jardim bem cuidado pela consciência, tudo o que dele brotar será perfume!

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Aprendi muito com dois seres, professores de almas, uma das lições é um ensinamento simples, óbvio, algo que naturalmente brota na sensatez, nos corações de muitos: antes de empreendimentos avaliar os prós e contras, quais os possíveis desdobramentos de cada decisão.

Muitas vezes é necessário o uso da imaginação para construir possíveis desdobramentos de uma decisão que temos que tomar, neste caso a imaginação auxilia o processo de reflexão, análise. Aqui não temos a fantasia e sim a consciência criando possibilidades reais para respaldar ações conscientes.

Deixo as reflexões deste capítulo para alertar para os cuidados de não confundirmos imaginação com fantasia, para que não nos prejudiquemos com fanatismos.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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domingo, 8 de maio de 2016

Fantasias (Transmutando o Ego em Flor) - cap.40

Paradoxos

Tudo são verdades dentro da perspectiva de cada um. Quando diferentes verdades se agridem, se desrespeitam, ambas se tornam mentira, e ainda assim são a verdade, ensinamentos aos olhos que sabem ver!

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Poderia detalhar ainda mais a prática da meditação mas o objetivo principal deste livro não é este. Estive focando na "impulsividade", agora vou seguir refletindo sobre as outras características básicas de muitos egos:

"fantasias", "intransigência", "competitividade", "egoísmo", "insatisfação", "rigidez", "inflexibilidade", "desequilíbrio", "desarmonias", e o fato de que os defeitos psicológicos agem por associação, e somente um por vez atua no comando do corpo. 

O ego vive atrás de prazer ou fugindo do desprazer, quando busca o prazer no passado cria o saudosismo, e quando o passado trás lembranças ruins alimenta os ressentimentos. Quando viaja para um possível futuro bom cria as fantasias, e quando no futuro se depara com possíveis problemas cria as preocupações.

O ego-fantasia se associa com os outros egos, da mesma forma que todos os egos se associam entre si. O ciúmes se fundamenta em fantasias de traições imaginárias; o medo cria fantasias de monstros, acidentes, perseguições, etc; a luxúria fantasia cenas eróticas; a cobiça fantasia riquezas; o orgulho fantasia vitórias; a ira fantasia brigas onde descarrega sua raiva agredindo seus inimigos; a vingança fantasia planos para se vingar; o ego esportista se fantasia em um jogo onde ele faz as melhores jogadas; o fanatismo religioso fantasia anjos, discursos dom Deus, curas milagrosas, etc. Muitos egos se alimentam, direta ou indiretamente de fantasias. 

Um rapaz vai encontrar uma dama e cria fantasias de todo um discurso, piadas, cantadas e nestas fantasias acontecem beijos, etc. Quando se encontram o castelo cai, pois a realidade não condiz com as fantasias...

As fantasias consomem nossas energias psíquicas, enfraquecem a alma, fortalecem o ego, adormecem nossa consciência. Estas fantasias sempre conduzem nosso comportamento e criam muitas desarmonias em nossas vidas. Prejudicamos com as nossas fantasias e somos afetados pelas fantasias alheias.

Nos casos de enfermidades mentais como a paranoia, neurose, psicose, esquizofrenia, as fantasias se tornam mais difíceis de serem controladas. Todos temos estas fantasias dentro de nós, e elas tem o poder de nos distanciar da realidade.

As circunstâncias da vida nos permitem uma infinidade de interpretações e pela sincronicidade muitas vezes podemos acreditar que uma determinada fantasia esteja sendo verdade, parece que se encaixa, e se não tivermos o apoio de outras pessoas ao redor que nos ajudem a cair na realidade, então vamos nos aprofundando em equívocos mentais perigosos. Experiências místicas são muito perigosas, pois são abstratas e geralmente não temos parâmetros de outras pessoas vivendo a mesma realidade. E ainda existem fantasias coletivas, estas são ainda mais delicadas, e convencem muitos.

Podemos refletir profundamente sobre as fantasias e vale a pena fazermos isto, por aqui deixo apenas estímulos para estas reflexões. 

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Se refletirmos, compreendermos e chegarmos  a conclusão de que as fantasias são inúteis para nossas vidas, então poderemos enfraquecer e liminar estes egos, aos poucos. E se nos reeducamos para viver sem fantasiar, uma legião de egos vai perder alimento, será um grande trunfo para nossas almas!


É importante não confundirmos "fantasia" com "imaginação"! Imaginar é ver a realidade ou buscar ver o desconhecido com a intuição, pelo coração e não com a mente, pelo sentir profundo e puro, sem interferência do ego.

Quando fazemos uma retrospectiva do dia estamos reconstruindo as cenas com a imaginação, imaginando o que realmente aconteceu, para podermos analisar nossa vida.

A imaginação é uma ferramenta de trabalho do SER, a fantasia é uma ferramenta de trabalho do ego.

Boas reflexões!

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br