domingo, 22 de maio de 2016

Respeito - Paciência (Transmutando o Ego em Flor) - cap.52

Sempre é tempo de acordar para o amor, amor que é ninho de onde revoa o tempo!

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A virtude da paciência está muito relacionada com a tolerância no sentido da espera.

Se temos que esperar em uma fila e não temos escolha, não nos adianta ficarmos ansiosos, nervosos, impacientes. Se temos escolha podemos tomar alguma atitude, sempre consciente, mas se não há o que fazer cabe o ditado popular: se não tem remédio, remediado está! Se não podemos ficar na fila, então o mais sensato é sairmos e irmos embora, do contrário, manter a serenidade.

Em todas as situações de espera podemos exercitar a observação, auto-observação, concentração no objetivo de estarmos ali e um estudo de si mesmo, pensamentos, sentimentos e atitudes.

No caso em que estamos ensinando alguém e a pessoa tem dificuldades em acertar é importante a consciência se manter sempre reflexiva, entender o que está acontecendo e ajudar. A pessoa não erra porque tem vontade de errar, mas sim porque não está conseguindo acertar. Esta pessoa precisa de amor, paciência, gentileza. Ensinar com carinho quantas vezes forem necessárias, e quando não pudermos continuar os exercícios, interrompermos para retomar em outro momento. O aprender cabe ao aluno, ensinar ao professor. Se o professor desejar resultados vai acabar gerando a expectativa e dela a ansiedade, e vai acabar gerando a impaciência e machucando a pessoa que está como aprendiz.

No caso do ensinar, a consciência alimenta a virtude da paciência mantendo-se reflexiva sobre o fato de que está no local, pelo tempo determinado, apenas para ensinar. Ela não está ali para que o aluno aprenda, mas sim para cumprir com a sua parte. Ensinar é com o professor, aprender é com o aluno.

Existem muitas perspectivas relacionadas com a paciência, estou apenas deixando alguns estímulos para análise. A virtude da paciência se expande grandemente, como todas as outras, por meio do trabalho sobre si, dia após dia.

Estas reflexões não são o suficiente para eliminar os egos, é preciso o trabalho diário, não fazer o que o defeito sente desejo de fazer, assim vamos enfraquecendo o hábito. Mas este trabalho tem que ser feito com compreensão de todo o procedimento para eliminar o defeito em questão. Nos momentos em que o defeito estiver agindo suplicar ajuda para as partes superiores do Ser, para ir eliminando este defeito.

O ego não morre de uma vez, ele vai sendo eliminado aos poucos, todas as células do nosso corpo, nossa mente e centro emocional, todos vão se libertando aos poucos da dependência física e psicológica do defeito psicológico. Eliminar o ego é um processo responsável de se desintoxicar de um vício, uma reeducação para o despertar da consciência.

Estamos condicionados para viver de forma inconsciente, os egos estão dominando nossos atos, uma força invisível, é preciso paciência para libertar nossas almas. É importante que as mudanças sejam gradativas, firmes, consistentes e de forma inteligente.

A virtude da paciência é respeito para consigo e para com o mundo exterior. Esta virtude anda de braços dados com a virtude da perseverança, da continuidade de propósitos.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

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