domingo, 26 de fevereiro de 2017

Magia do Amor


Peso sobre a alma (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.199

Enquanto não decidimos amar, o sofrimento dos semelhantes não fica de braços cruzados esperando!

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Eu ainda não tenho uma leveza consistente em minha alma... Há dois seres que estão próximos de mim e que me trataram de forma hostil, estou trabalhando com uma energia que está me atingindo como uma onda brava. Esta energia tem a tendência de me fazer ter ressentimentos, estou trabalhando nisto. O dia que conseguir abraçar amigavelmente esta energia tudo terá acabado, ficarei muito leve.

Como todas as pessoas, estive rodeado de muitos desafetos, venho trabalhando e estou caminhando rumo ao amor. Dentro de mim tenho muitas partículas elementais que estão presas na forma de ressentimentos, estou me esforçando para libertá-las, para que voltem para a natureza.

Atualmente me sinto em paz com muitos que foram meus desafetos, não convivo com estas pessoas, mas internamente estou compreendendo o papel delas na minha vida, professores muito duros! Agradeço. Estiveram me ensinando sobre os ressentimentos...

O trabalho mais pesado para mim, no momento, são estes dois seres que citei acima, estou no caminho do perdão, caminho da paz.

Sigo meditando, mas sei que paralelamente a meditação preciso tirar estes pesos que estão sobre a minha alma, ela está buscando o céu, mas os pesos a estão impedindo. A cada ressentimento que vou desfazendo minha alma vai se tornando mais leve, a cada uniforme psicológico que vou eliminando minha alma fica mais brisa... Assim caminho, tirando os pesos, egos, e meditando.

Nestes textos estou me esforçando para demonstrar que não nos adianta meditarmos de noite buscando o céu e vivermos de dia nos arrastando na lama da inconsciência, inferno! O trabalho é conjunto, meditar e ir eliminando o ego, se transformando. Lembro-me das palavras de um orientador que tive: lavamos o porco e depois o soltamos e ele vai para o chiqueiro se sujar! De que adianta?

Com a meditação nos purificamos e depois vamos para o dia a dia nos sujar?

No próximo final de semana volto a escrever.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Água mole em pedra dura... (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.198

A verdade esteve distante do meu universo,
pois estive ausente e a verdade é presente...

Fui para todos os lados em busca da felicidade
e ela ficou solitária dentro do meu coração...

Prendi-me no ego, e para ele o Amor tem sabor de chocolate... Minh'alma ficou amordaçada, e Ela em si é o autêntico Amor!


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Algumas crianças vivem na riqueza e inconscientemente criam a fantasia psicológica de que são melhores que as crianças pobres.

Muitos juízes, advogados e outros profissionais, inconscientemente se contaminam com o poder de suas profissões e psicologicamente desenvolvem o orgulho, arrogância, prepotência, etc.

Muitos artistas são idolatrados por multidões e acabam se achando deuses.

Muitos professores vivem por muito tempo sendo o centro das atenções e correm o risco de criar a "couraça psicológico do professor". Esta eu criei e estou trabalhando para eliminar.

Na sala de aula peço a gentileza dos alunos de me chamarem de você, não de professor ou senhor, muito menos de mestre. Mesmo que sejam crianças, não me importo. O respeito não está no tratamento, está na consciência. O verbo, as formas de tratamento, nos aproximam ou nos distanciam uns dos outros. Em alguns casos a forma de tratamento fazem alguns se acharem santos!

Se algum profissional tem a necessidade de usar uniforme, como o militar e o médico, é importante que o uniforme não vista suas almas!

Se eu fosse um líder espiritual usaria tênis, calça esporte, camisa ou camiseta.

"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura!"

A vida pode nos colocar em situações onde sutilmente temos a tendência de desenvolver certos egos, bem devagar, dia após dia, criando muitos comportamentos inconscientes, destrutivos.

Com estas reflexões faço o  convite para nos auto-obsevarmos e descobrirmos nossos uniformes psicológicos, estudá-los, compreendê-los e eliminá-los.

Quem é superior a quem? Um médico, um sapateiro, um mendigo? Tudo ilusões!

Quando eu era jovem tinha vergonha de almoçar em casa de pessoas ricas, medo de que ouvissem o barulho de minha boca mastigando os alimentos... Virei um empresário, passei a ter uma condição de vida melhorada, inverti a situação, simplifiquei minha vida e hoje ando de ônibus, não tenho carro, levo uma vida modesta, dedico parte do meu tempo para servir meus semelhantes e me sinto um Rei, no exato sentido da palavra. Sou representante do meu Deus interior! Posso representá-lo bem ou mal, mas sou seu filho e não me envergonho diante de nenhuma autoridade religiosa, política, artística, etc. Até uma formiga é divina, todos os seres são divinos, não há um que não seja parte da criação.

Buscamos a meditação? Então sugiro que nos limpemos diariamente destas sujeiras psicológicas, destas inconsciências. Este trabalho é parte da meditação, ir eliminando estes egos.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Uniformes (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.197

A consciência é a semente da flor chamada "Paraíso"!

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A função de um policial é manter a ordem e no seu trabalho ele inevitavelmente age com "autoridade". Quando um policial  veste seu "uniforme" ele se veste com o traje da autoridade. É muito comum que seja contaminado psicologicamente com sua função e quando esteja com o seu uniforme o ego acabe usando do poder de forma inconsciente. Muitos policiais se tornam "autoritários" e abusam do poder, mas não são todos, temos policiais gentis e humildes.

Um médico veste seu jaleco branco e todos os pacientes dizem doutor pra cá, doutor pra lá... Muitos médicos começam a se achar superiores aos demais, deuses. Soube de um caso de uma médica com transtorno psicológico, com o jaleco tinha uma personalidade, sem o jaleco tinha outra personalidade. Muitos médicos se tornam arrogantes e prepotentes no uso de sua profissão, mas não são todos, temos médicos gentis e humildes.

Mãe e Pai tem a função de ser autoridade para seus filhos e os educarem, embora não vistam uniforme físico, vestem um uniforme psicológico. Quando os filhos vão crescendo os Pais precisam ir diminuindo o controle, pois os filhos vão se tornando capazes de decidir por si. Mas, muitos pais continuam vestindo o uniforme da autoridade e sem perceberem se acham no direito de mandar nos filhos, mesmo quando estes se tornam adultos. Muitos pais abusam do poder, mas temos pais gentis e humildes também.

Vocês já perceberam como mudamos de comportamento quando vestimos uma roupa social fina? A roupa muda nosso estado psicológico!

Nasci pobre e na fase madura da vida me tornei um empresário, passei a ter casa própria, carro zero, etc. Como exercito a auto-observação, certa vez, ao descer do meu carro, percebi que estava com a pose psicológica do tipo: o cara do "Sandero" (Sandero é a marca do carro que eu estava usando). O carro zero estava influenciando a minha personalidade!

Vou continuar com este assunto no capítulo seguinte.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sábado, 25 de fevereiro de 2017

Estratégias (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.196

Minha vida é o reflexo do passado,
O futuro está em minhas mãos!

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Na infância e adolescência eu era uma pessoa desorganizada. Quando comecei a perceber a importância da harmonia iniciei um processo de transformação, ainda na juventude. Comecei a me acostumar com a disciplina e organização, em pequenas doses, este processo segue até hoje. Com o passar do tempo o meu corpo se acostumou com a organização e passei a desenvolver sentimentos por esta atividade de modo que tornei-me um enamorado da limpeza!

A limpeza e a organização são necessidades da vida, o que fiz foi me educar para ser feliz limpando e organizando, deste modo posso produzir a felicidade fazendo algo que nunca acaba, trabalho! Limpar e organizar me fazem feliz, sou feliz lavando uma louça, limpando uma casa, organizando meu quarto, etc. Protejo-me da síndrome do transtorno obsessivo compulsivo, toc, por fazer minhas atividades retirando delas o "desejo" de concluir. Faço o que posso, as vezes concluo, as vezes surgem imprevistos e não posso concluir. Por vezes tudo fica organizado, por vezes não consigo manter a ordem e uso da virtude da resignação. Não exijo ou brigo com quem convive comigo, peço ajuda com educação, se me ajudam bem, se não me ajudam sigo o meu caminho. Não trabalho demais pois respeito o meu corpo, sou organizado também na dosagem do tempo para meu lazer, para minha família e para o meu trabalho. Organização consciente é harmonia. 

O que tenho hoje é uma conquista que me custou muitos tropeços e sofrimentos e ainda estou me aprimorando na arte do viver consciente.

Certa vez um amigo me ofereceu a bebida "pinga", pura. Provei e foi uma experiência muito desagradável! Nunca mais voltei a provar. Vocês duvidam que se eu tiver vontade eu posso me acostumar com a pinga? E posso me tornar dependente? E posso desenvolver afeto por ela, emoções? Me tornar dependente por um líquido que vai destruir meu fígado e depois me levar a morte...

Nosso corpo é adaptável, tem um poder muito grande de se acostumar com as coisas. No meu caso decidi me acostumar a ser organizado, e sou alerta para não me tornar dependente, não fazer disto um vício, mania de limpeza.

Se uma pessoa tem vontade de aprender a meditar sugiro que coloque a meditação em sua vida, em doses homeopáticas e com o passar do tempo seu próprio corpo será seu aliado, ajudando-o a ter seus resultados com esta prática.

Acostumamos nosso corpo a viver no ego, na inconsciência; nosso corpo, mente e sentimentos estão dependentes... Despertar a consciência é um trabalho para ser feito com inteligência e amor!

Amanhã volto a escrever.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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O esforço e o sacrifício (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.195

Terra fértil, meu coração
Adubada com meu calor
Nele as rosas recebem paz
Dou a elas melhor de mim

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Muitas pessoas podem pensar que eu faço sacrifícios pelo despertar da consciência. Bem, se considerarmos o sentido pesado que demos para esta palavra, não, eu não faço sacrifícios!

Trabalho de grão a grão, faço esforços pequenos que não me traumatizam, depois que incorporo estes esforços e se tornam normais na minha vida, incluo novos esforços. Aos poucos me torno resistente e me fortaleço, em seguida adiciono novos esforços.

O sentido de sacrifício é fazer uma oferenda, dar algo valioso em troca de algo mais valioso ainda. Ofertar a Deus. O termo também é usado para designar atos altruístas, serviços em prol de um bem comum. Vejo Deus como amor e o amor não me parece ter nada haver com os atos bárbaros de sacrifícios que registramos na nossa história, como sendo prova de fé. Tenho infinitas maneiras de provar minha fé sem agredir meu corpo ou sacrificar a vida de ninguém. Respeito quem pense o contrário, mas não compactuo com estas coisas.

Também temos que a palavra sacrifício deriva de "sacro" (divino, santo) e "ofício" (trabalho), ou seja, trabalho divino.

Na minha  compreensão esta palavra se carregou de energias pesadas e eu não a uso. Percebo que esta palavra pode produzir reações prejudiciais em nossas mentes.

Sugiro o uso do termo "esforço".

Se um viciado vai se libertar do seu vício é preciso ser amoroso para com o seu corpo, para não provocar uma síndrome de abstinência e talvez vir a falecer.

O corpo foi educado para ser dependente quimicamente do vício, agora cabe ao viciado ser inteligente e amoroso. Se consumia 100 gramas diárias, ficar com 95 por uma semana, diminuir para 90, e assim, gradativamente, com esforços pequenos e continuados, vai libertando seu corpo da dependência.

Buscamos o despertar da consciência e o nosso corpo está viciado em ego! Compreendo que nos cabe o trabalho amoroso de irmos libertando nosso corpo aos poucos. Esforços dentro do administrável, para não provocarmos traumas, sendo aumentados gradativamente de modo a não produzirmos reações destrutivas. Trabalho sem fanatismo, atitudes responsáveis e saudáveis.

No próximo capítulo vou dar dicas simples que podem auxiliar no desenvolvimento de energias favoráveis ao despertar da consciência.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Redefinindo a meditação (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.194

Meu amor é deleite ao Sol
Feito espelho reflete a luz
A dirige aos meus irmãos
Que são flores no meu jardim

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Meditar é a prática de desprender a consciência dos sentidos físicos, dos pensamentos e dos sentimentos. Para alcançar este resultado precisamos desenvolver o poder da "força da vontade" e usar este poder para desenvolver a "concentração".

Com a vontade e a concentração podemos usar diferentes técnicas, como algumas que eu citei nos capítulos anteriores, para alcançar este resultado.

Se a técnica for um mantra, por exemplo, este trabalho é uma fórmula de natureza mental. Pronunciamos o mantra mentalmente e nos concentramos nele. Os egos vão aparecendo e aos poucos vamos neutralizando estes defeitos psicológicos, silenciando o corpo, os cinco sentidos o centro emocional, a mente e por último nos desprendemos do próprio mantra e nos desprendemos por completo da mente.

Quando nossa alma se desprende por completo dos seus veículos ela fica livre em sua dimensão, experimenta o êxtase, vive o paraíso e quando retorna para o corpo passa a lutar fortemente para eliminar seus egos e realizar este paraíso em si, a cada instante!

No próximo capítulo farei reflexões sobre o sacrifício e o esforço.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Objetivando os exercícios (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.193

Ver-te no caminho faz o caminho florir...
Teus lábios de Rosa fazem dos meus, beija-flor!

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Sobre os capítulos anteriores, referente aos exercícios para observar a consciência por meio dos cinco sentidos, vou fazer uma reflexão complementar.

Sempre procuro fazer meus exercícios espirituais aproveitando as atividades que fazem parte do meu dia a dia. Como estas atividades fazem parte da minha vida, os exercícios espirituais também passam a fazer parte da minha vida. Na verdade a espiritualidade é a nossa vida!

Os momentos para o meu crescimento espiritual estão na limpeza da minha casa, nos momentos de preparar as refeições, no relacionamento com os meus filhos, no meu trajeto para o trabalho, etc.

Para exercitar a percepção de que a consciência não é os sons que escuto, nem as imagens que vejo, nem os objetos que percebo pelo tato, nem os cheiros que sinto, nem os sabores que experimento, tenho todos os momentos do dia. Mas, quando eu tinha muitas dificuldades para fazer as práticas precisava me isolar um pouco no meu quarto.

Uma disciplina muito importante é acostumar o corpo com as práticas espirituais nos momentos que nos deitamos para dormir. Todas as noites dormimos, se desenvolvemos esta disciplina faremos muitos exercícios.

Como reza o ditado popular: "O uso do cachimbo é o que deixa a boca torta!" 

O único caminho que conheço para o desenvolvimento em qualquer área chama-se "exercícios"!

No próximo capítulo farei mais algumas considerações sobre a meditação.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Pequenos obstáculos para a meditação (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.192

O silêncio do amor fecunda o espaço e nele floresce a paz!

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Coloquei os exercícios do capítulo anterior para explicar algumas sensações que nos atrapalham na prática da meditação.

Se vocês começarem a praticar a meditação poderão observar que em algumas circunstâncias ficamos identificados com a salivação, ou com a respiração, ou com os sons do ambiente, etc.  Sugiro que não se preocupem com isto, se acontecer podem simplesmente colocar a atenção no mantra ou koan e seguir com a prática.

Quando nos preocupamos com estas sensações e começamos a ter desejos de nos livrarmos delas, criamos uma batalha! Este estado nos atrapalha.

Certa vez li em um livro que um homem, após ter ficado admirado com os feitos de um mago, suplicou a este mago que o ensinasse a fazer suas magias. O mago lhe disse: se você ficar por um minuto sem pensar em cavalo, eu lhe ensino.

Após ter passado o tempo o homem lhe disse: se você não tivesse mencionado o cavalo eu não teria pensado nele!

( O caso não foi exatamente como eu descrevi, não lembro com clareza qual foi o animal que ele pediu para imaginar).

Há tempos atrás fazia uma prática espiritual onde me transportava para um templo, por meio da imaginação, para fazer certos pedidos para uma Hierarquia. Um dos meus egos começou a imaginar esta Hierarquia de forma desrespeitosa. Toda vez que ia fazer a mesma prática o mesmo ego vinha e eu comecei a ficar incomodado, tentando parar com aqueles pensamentos. Quanto mais eu me esforçava para eliminar este defeito, mais o ego em questão ficava forte! Estava fortalecendo o ego por meio de um aspecto da psicologia reversa. Em uma das práticas tive um vislumbre do que estava acontecendo e compreendi como deveria agir.

Quem estava desrespeitando a Hierarquia era um ego, não era a minha consciência. Quando este ego voltou eu segui com a prática e o deixei em paz para ficar com suas imaginações, não me preocupei mais. Passei a ter facilidade de me concentrar e o ego foi desaparecendo!

Quando estiverem fazendo a prática da meditação e porventura se identificarem com a salivação, ou som ambiente, ou a respiração, sugiro que não lutem contra, não desejem se livrar, apenas deixem de lado estas percepções e se voltem para a prática. Se surgir uma coceira no corpo, não lutar contra, não criar combates psicológicos.

Por hoje só posso escrever este capítulo, tive um compromisso social e cheguei tarde. Volto a escrever amanhã.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Percebendo a consciência pelos sentidos (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.191

Este exercício é bem simples.

Tendo em conta que a consciência não é o corpo, nem as emoções, nem os pensamentos, podemos nos sentar comodamente e observar a manifestação da consciência por meio dos sentidos.

Da mesma forma que no exercício anterior, a finalidade é apenas observar e quando a consciência se ausentar do exercício refletir sobre o que aconteceu. Nesta prática nos dispomos a não pensar, não ter emoções, apenas observar. Se surgirem pensamentos ou emoções estes estão agindo fora da nossa vontade, são egos, nos demonstram nossa falta de controle psicológico.

No momento em que nos damos conta que divagamos podemos refletir sobre a causa da consciência ter se ausentado, ou seja, buscar o pensamento que estava na mente e buscar lembrar os outros pensamentos envolvidos e entender porque estes pensamentos surgiram fazendo nossa consciência se ausentar do foco.

Exercício:

De olhos fechados passear a consciência nos diferentes sons ao nosso redor, passeando por eles como se fossem as figuras de um quadro. Aqui experimentamos a consciência observando os sons por meio do sentido da audição.

De olhos fechados passear a consciência por meio do sentido do tato, tateando objetos dispostos em cima de uma mesa. Apenas sentir as formas dos objetos, a consistência, a textura, etc. Sem analisar, sem pensar, apenas observar por meio do tato.

Durante uma refeição passear a consciência por meio do sentido do paladar, fechar os olhos durante a mastigação e observando o sabor dos alimentos, apenas observar.

O exercício com o olfato pode ser exercitado durante o preparo de uma refeição. O exercício com a visão já ficou explicado no capítulo anterior.

Durante uma prática de meditação, como já falei antes, aquietamos o corpo por meio do relaxamento, junto ao corpo os cinco sentidos vão ficando em repouso, naturalmente, não precisamos nos preocupar ou desejar isto. Nos concentrando em um mantra ou koan, o corpo e os sentidos vão entrando em um repouso cada vez mais profundo. Mesmo havendo som nas proximidades do ambiente onde estejamos fazendo a meditação, se houver uma boa concentração, nos desligamos por fora. Nos desligamos das imagens pelos olhos estarem fechados, nos desligamos dos sons por estarmos concentrados em outro foco, nos desligamos do olfato, paladar e tato também.

Durante a meditação pode surgir o "desejo" de se desligar dos sons, da respiração, da salivação, etc. Este desejo nos prejudica com a "psicologia reversa". No próximo final de semana farei reflexões com sugestões para vocês se livrarem destes obstáculos. Se for possível vou lhes falar também sobre os uniformes psicológicos.


Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Concentração por meio da visão (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.190

Este exercício pode ser feito usando como base um quadro, uma escultura, uma planta ou outro elemento que se mantenha parado e que ofereça uma variedade de formas e cores. Sugiro a utilização de elementos ou objetos que transmitam harmonia.

Para praticar podemos nos sentar em uma cadeira à frente do objeto, fazermos uma sequência de inalações e exalações, suaves e profundas (sugiro cinco vezes), fazer um relaxamento e depois mais uma sequência de exercícios de respirações. Em seguida iniciar o exercício de concentração.

Olhar para o objeto com a finalidade de "pescar" a inconsciência! Ou seja, estar atento para observar o momento em que a imagem irá desaparecer e refletir sobre o porque da consciência ter se perdido do foco, o objeto.

Para ter mais facilidade de manter a consciência presente usamos as diferentes formas, figuras, cores e combinações. Passeamos o olhar pelas formas, mudando de uma para outra, observando os detalhes e alertas para o momento em que a visão vai sumir. Não estamos olhando com a finalidade de compreender a arte, interpretar, sentir, etc. O exercício é apenas para desenvolver a concentração usando o sentido da visão como um termômetro para observar seguidas vezes o quanto temos pouco poder sobre a nossa consciência.

Neste exercício é importante estarmos atentos para o fato de que a consciência não é o pensamento, nem o sentimento, nem o corpo. Ela se manifesta na visão, na audição, no olfato, tato, paladar e também se manifesta além dos sentidos físicos, percebendo a si mesma por meio da auto-observação psicológica. Quando conseguimos observar a nossa própria consciência se manifestando vivemos o estado de "auto-consciência".

A consciência também se manifesta por meio da intuição ou outros sentidos espirituais.

O que acontece no exercício deste capítulo é o mesmo que acontece em uma sala de aula. O professor fala e olhamos atentamente para ele, de vez em quando nossa consciência vai para o passado ou futuro e quando voltamos a atenção para o professor não temos consciência do que ele falou nos momentos em que a consciência esteve ausente. Muitos nem sequer sabemos que isto acontece, apenas vivemos dificuldades de compreensão pelo fato de que pegamos as informações entrecortadas por divagações dos egos.

Sugiro leituras e releituras deste capítulo e práticas para compreender os mecanismos dos egos por meio deste exercício.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Exercício de respiração (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.189

Nos capítulos anteriores escrevi sobre as etapas da meditação; relaxamento, concentração, mantra ou Koan, aquietar o corpo, silenciar o centro emocional, silenciar a mente. Agora vou acrescentar um pequeno exercício.

Exercício:

Antes de fazermos o relaxamento sugiro um sequência de inalações e exalações, suaves e profundas, umas cinco vezes. Depois do relaxamento fazer mais uma sequência de respirações, a mesma quantidade. Em seguida fazer a prática da Meditação.

Os exercícios de respiração atuam como tranquilizante do sistema nervoso e podem servir como instrumento para atrair o sono. 

Como citei antes, o sono é um aliado da meditação. Se houver a concentração profunda o corpo entra em estado de sonolência, este é o momento onde a consciência se desprendeu do corpo, restando o trabalho para tranquilizar o centro emocional e silenciar a mente.

Se houver sono sem a concentração, dormimos e perdemos a prática da meditação. 

Os organismos são diferentes, cada corpo humano é um universo em particular, mas temos muitos fatores que normalmente estão presentes na maioria dos organismos. No caso da respiração sugiro que experimentem para ver como o corpo de vocês reage, mas advirto para que tomem cuidado, repetições de cinco ou sete inalações e exalações, não mais. 

Algumas pessoas que tem problemas de insônia talvez possam ter melhoras trabalhando com exercícios moderados de respiração. Nestes casos sugiro que se orientem com cautela para não se prejudicarem com estes exercícios. 

No próximo capítulo vou descrever um novo exercício de concentração.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sábado, 18 de fevereiro de 2017

No trânsico (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.188

Atualmente estou sem carro, mas tive que dirigir um carro emprestado, ontem.

No trânsito um ônibus buzinou de forma agressiva, ao lado do carro que eu conduzia.

Internamente surgiu um ego da ira. Este ego colocou na minha mente o desejo de buzinar agressivamente de volta, observei e não agi. O ego colocou na minha mente o desejo de ultrapassar o ônibus e buzinar, mantive-me quieto. O ego então colocou na minha mente a imagem da minha pessoa colocando a mão para fora da janela fazendo um gesto obsceno para o motorista, observei e mantive-me quieto.

Percebi que não houveram palavrões na minha mente, uma grande conquista! Há muito tempo trabalho o verbo para não agredir ninguém com palavras ofensivas, isto é minha estratégia para tirar alimento da ira. Imaginem um monstro, a ira, que não fala um palavrão! Um monstro educado! Rsrsrsrs

Segui meu trajeto conduzindo o carro educadamente.

Bem, não me envergonho de lhes relatar que este incidente foi "ontem", aqui estão meus egos, são minhas crias, eles estão me mostrando quem eu sou e me educando.

Naquele momento não tive como refletir muito, foi rápido demais, apenas observei e coloquei a serenidade para tomar conta do corpo, freando os impulsos inconscientes dos egos. Depois as reflexões brotaram.

O motorista talvez tenha buzinado para outra pessoa; talvez o motorista tenha buzinado por ter percebido a possibilidade de ter colidido comigo, agindo com a intenção de me proteger; talvez eu tenha feito uma manobra  irresponsável que nem pude perceber da minha perspectiva; talvez o motorista tenha buzinado no sentido de me ofender; talvez a razão da buzina seja outra que eu nem tenha como imaginar. Seja qual for a razão, a atitude de manter-me sereno foi muito inteligente, do meu ponto de vista. Agradeço ao motorista pela oportunidade de conhecer um pouco mais de mim, oportunidade de enfraquecer, ir eliminando o ego da ira e do orgulho. Depois deste incidente a ira e o orgulho diminuíram um pouco mais em mim. Pude exercitar o domínio de mim mesmo!

Estes egos do orgulho ferido e ira que se manifestaram neste incidente, surgiram dentro de uma perspectiva diferente, surpreendi-me, pensei que estes egos estivessem mais fracos. Preciso destes momentos para o meu subconsciente vir à tona de modo que eu possa ver e trabalhar sobre estas áreas obscuras de mim.

Eu não sou santo, estou trabalhando para eliminar meus egos e despertar a consciência. Não busco ser mestre nem anjo, busco a paz. Abro mão do título de professor, me dei outro título, quando ensino o faço por amizade, apenas isto. Trabalho pela amizade, nada mais que isto.

Se houverem vagas para mestre estarei longe dos candidatos! Rsrsrsrs Podem ficar com todas as vagas!

"Perder para poder ganhar", esta fórmula a levo comigo, uma grande amiga, defensora da paz!

Continuarei escrevendo amanhã e farei referências sobre a "respiração" para as práticas de meditação.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Perder para ganhar (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.187

Em muitas circunstâncias é mais inteligente perder para poder ganhar.

Por vezes observo que preciso jogar minha razão no lixo para preservar o amor entre eu e meus filhos. Muitas cobranças acabam machucando e destruindo um relacionamento, cobranças de menos nos educam para a omissão... A consciência anda na corda bamba, procura agir com gentileza quando possível, com um pouco de firmeza quando necessário, e abre mão da sua razão quando isto se torna o caminho para preservar a paz.

Um caminhão bateu na traseira de um carro que eu tinha, mantive-me completamente sereno e tudo se resolveu. O condutor estava alcoolizado e um deslize meu poderia fazer tudo se tornar uma grande confusão. Fui sereno do começo ao fim e o condutor, mesmo alcoolizado, assumiu seus erros e tudo se ajeitou.

Fui abordado por um policial militar e o mesmo agiu de forma inconveniente, fiquei sereno do começo ao fim, minha filha não suportou e reagiu, o  policial então usou do seu poder e fez de tudo para se vingar, assim eu pude perceber com a minha compreensão... Aplicou-me três multas, usou de abuso de autoridade, indiretas sobre a forma como eu educo a minha filha, etc... Fiquei completamente sereno, não era inteligente nada além disto. Não tive reações de ira, nem externas, nem internas. Agora vou recorrer na justiça, analisei bastante para ver a melhor ação.

Fui tratado de forma humilhante por dois homens com certo poder de me prejudicar, estão sendo meus professores no trabalho de não criar ressentimentos. Internamente sou grato, mas a lição está em andamento, por enquanto estou me saindo razoavelmente bem! Rsrsrsrsrs

Desde o incidente com a minha filha que citei no capítulo 186, venho mudando aos poucos, naturalmente, gradativamente. A ira está morrendo aos poucos, a serenidade está sendo alimentada, a sensatez está cada vez mais presente. Não posso provar nada disto para ninguém e não tenho vontade de fazê-lo. Não peço para acreditarem em mim, "crença", na minha compreensão é doentia. Se acharem que podem "confiar" sugiro que confiem enquanto buscam provar em suas próprias vidas que as minhas palavras podem ajudar no despertar da serenidade e morte da ira.

Este é um trabalho relacionado com a meditação, a ira vai silenciando em vida e todos os demais egos, vão morrendo e a presença da alma vai iluminando. 

Meditar é buscar o silêncio, mas este silêncio deve ser trabalhado em vida para depois ser aprofundado durante a prática da meditação!

Como vou meditar se sou uma pessoa impulsiva? Se ofendo verbalmente os que praticam injustiças? Se me aborreço facilmente com as contrariedades da vida? Bem, digo que sim, podemos iniciar as práticas de meditação, mas desde que estejamos dispostos a eliminar os egos.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Orgulho ferido (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.186

Em um dos livros que escrevi relatei uma experiência que me serviu como uma grande lição de vida.

Minha filha tinha em torno de uns sete anos de idade. Ela estava brincando na calçada, na frente da casa onde morávamos. Eu estava sentado no chão da garagem, se não me falha a memória, tocando violão. 

De repente minha filha veio da rua, chorando... Rapidamente fui socorrê-la e ela me disse que haviam mexido com ela. Saí na calçada e perguntei quem a havia  provocado, então ela apontou para um grupo de jovens adultos que estavam jogando volei poucos metros abaixo da nossa casa. Estavam em torno de uns vinte.

O sangue me subiu à cabeça, não refleti  apenas agi dizendo pra minha filha em tom alto e claro, apontando para os rapazes: desça lá agora e quero ver quem é que vai mexer com você!

Minha filha desceu, sapateou entre eles e voltou... Eles ficaram sem ação! Para a sorte dos meus dentes! Rsrsrsrsrs Se alguém reagisse eu não sei se estaria aqui pra contar esta história...

A ira teve um controle absoluto sobre mim, juntamente com o orgulho ferido. Talvez tenham descido uns cinquenta anjos para segurar aqueles rapazes! Rsrsrsrs Não faço ideia do porque não me deram uma boa surra.

Nunca mais me esqueço da lição: "perder para poder ganhar!"

Isto aconteceu há uns quinze anos atrás, de lá pra cá tenho trabalhado sobre o orgulho e sobre a ira, não sou mais o mesmo.

No próximo capítulo farei algumas reflexões sobre este aprendizado.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O viver reflexivo (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.185

O tronco no caminho, a chuva que se foi, o ar cheirando terra, o olhar sentindo a vida...

No rumo, sem destino, a rota é o movimento!

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Procuro iniciar cada capítulo com uma mensagem poética. Estas mensagens são estímulos para a reflexão, analise, a busca por compreender o sentido atrás dos versos. Ao mesmo tempo se abrem muitas possibilidades de interpretação e na busca pela compreensão a intuição ganha espaço para se manifestar. Observação, concentração, reflexão, intuição, compreensão.

Observação, podemos dizer que são os olhos da consciência. Concentração, digamos que são as mãos da consciência pegando o alimento e colocando-o em sua boca. Reflexão, digamos que é a consciência mastigando e digerindo seu alimento. Intuição, digamos que é o resultado da digestão, a energia que brota. Compreensão, digamos que é a vida se manifestando, sendo movida pela energia, o resultado de todo o trabalho do corpo-consciência! 

As mensagens poéticas tem uma função terapêutica, oferecer elementos para alimentar a consciência, para exercitá-la, tirá-la do adormecimento.

A vida é uma grande mensagem, por vezes poética, por vezes azeda, amarga, por vezes matemática, etc. A consciência quando desperta segue se deleitando ao se aprimorar e crescer  por meio das diferentes mensagens que são a vida! Observando, refletindo, intuindo, compreendendo.

Se antes da ação observamos com concentração, refletimos, intuímos e compreendemos, nossas ações deixam de ser movidas por tendências levadas pelo desejo pelo prazer ou desejo de fugir do desprazer. Assim começamos a viver de forma consciente.

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Toda a nossa vida é um preparo para a meditação, para compreender a meditação precisamos compreender todos os aspectos do despertar da consciência.

Neste capítulo eu deixo, mais uma vez, o exercício do viver reflexivo. Já venho estimulando este trabalho em diferentes capítulos nos diferentes livros que escrevi. Mudo de perspectivas, uso de formas diferentes de falar do mesmo trabalho. Busco oferecer diferentes ângulos para a reflexão, para que a compreensão vá aprofundando. O assunto é complexo, a medida que vou conseguindo me aprofundar nele vou entregando as novas percepções que vou alcançando.

Amanhã volto a escrever e vou lhes dar experiências de vida. 

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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O prazer e o desprazer (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.184

Vou jogar para aprender
O respeito ao rival
Sem desejos, jogo limpo
Sem cobranças, sem stress...

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O mundo é dual, dia e noite, frio e calor, chuva e seca, doce e salgado, etc. As dualidades produzem em nós sensações de prazer e desprazer e criamos a dualidade psicológica, a alegria e a tristeza, a ventura e a desventura, o ânimo e o desânimo, etc.

Como a vida é cíclica e temos memória, acabamos vivendo situações semelhantes as vividas antes e lembrando do prazer e desprazer temos a tendência de criar o "desejo" pelo prazer e o "desejo" de fugir do desprazer. O prazer em si faz parte da vida, o corpo o desfruta, o desejo pelo prazer é psicológico, se torna vício, hábito e passa a nos escravizar.

Diante do desprazer podemos reagir com revolta ou medo e quando vivemos situações semelhantes temos a tendência de repetir as mesmas reações e quando as repetimos elas se tornam memórias mais fortes em nós, se tornam hábitos, egos, comportamentos condicionados. 

Do exemplo acima temos o nascimento da ira, dos ressentimentos, da intolerância, etc. Se invertemos a situação vemos os prazeres nos estimulando a criar os egos da cobiça, orgulho, vaidade, luxúria, gula, etc.

E se tivéssemos um Ser consciente nos guiando desde as nossas primeiras experiências? Iríamos nos afundar em tantos egos? Provavelmente não... Mas, como iríamos descobrir o valor do paraíso se não conhecêssemos o inferno?

O melhor momento para o surgimento de um Ser consciente ajudando é depois que temos as experiências necessárias para podermos valorizar a consciência. Quem sabe o verdadeiro valor da saúde? A pessoa que nunca adoeceu ou a pessoa que já sofreu muitas enfermidades?

Compreendo que é necessário uma certa maturidade para um SER iniciar o seu despertar. Nossa humanidade está repleta de SERES que demonstram não ter nenhuma vontade de se voltar para o espiritual, parecem estar satisfeitos vivendo no labirinto dos egos, tem o direito de seguir assim.

No próximo capítulo farei reflexões sobre a base para ações conscientes.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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domingo, 12 de fevereiro de 2017

Os egos e a meditação (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.183

Vou jogar pra descobrir
Jogo sujo de emoções
Ansiedade, nervo à pele
Me cegando a razão

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Os seres estamos aqui para aprender, o mundo é uma escola. Nossa humanidade, pela minha compreensão, estamos como repetentes e poucos demonstramos vontade de buscar a transformação.

A descida não requer esforço, só se largar, já a subida requer esforço e vontade. Seguir tendências, criar desejos, é o mais fácil; praticar a reflexão, agir pela vontade e não pelo desejo, isto é uma ação que requer maturidade do SER. 

Todos os seres somos livres, porque a maioria não buscamos o despertar? Tudo indica que estamos buscando o mais fácil, só que o mais fácil é o ego, e o ego nos trás sofrimentos... Depois vivemos buscando solução para os sofrimentos, mas não temos vontade de eliminar o ego! Circulo vicioso, cachorro atrás do rabo.

É mais simples deixar no piloto automático, deixar o ego tomar conta, deixar os pensamentos sem controle, as emoções sem controle, o corpo sem controle. Viver em atenção, reflexão, a cada instante, requer um trabalho.

Chove e ficamos tristes, vem o Sol e nos alegramos, Sol demais e sofremos, passamos a desejar a chuva, a chuva vem e nos alegramos, chuva demais e sofremos, passamos a desejar o Sol... Segunda feira, tristeza, cinco dias pela frente, sexta feira, alegria, final de semana! E assim vamos ficar, semana após semana, sempre com os mesmos comportamentos mecânicos? Paramos para analisar o que somos?

Os egos criam ciclos de disputas familiares, conjugais, no trabalho, na escola, etc. Disputas pela razão, busca por ser o melhor, vaidades, cobiças, intolerâncias, etc. Estes egos falam incessantemente usando da nossa mente e produzem várias emoções negativas, preocupações, ressentimentos, medos, etc. Em nosso interior temos uma tagarelice mental contínua.

Com a meditação buscamos o silêncio, para silenciar nos deparamos com os egos, aprendendo a parar a ação dos egos nos educamos para controlar nossa mente, nosso centro emocional e o nosso corpo, começamos a colocar a consciência no controle.  Enquanto não conseguimos alcançar o êxtase por meio da meditação, em cada prática vamos aprendendo a diferenciar nossa alma dos egos, e vamos aprendendo a comandar ao invés de sermos comandados pelos egos.

No próximo final de semana volto a escrever e poderei falar sobre a importância de compreender como criamos egos para não criar mais egos e eliminar os que já temos. Precisamos nos limpar, mas também precisamos aprender a não nos sujar mais! Também é importante fazermos reflexões sobre a psicologia reversa.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Os ciclos dos egos (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.182

Vou jogar pra derrotar
A vaidade do querer
Vou jogar para aprender
Ter a paz na decisão

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Consideremos as primeiras experiências de uma pessoa no planeta terra, como se fosse um aluno que entrou na escola. Antes dos acertos necessitamos fazer exercícios, precisamos dos erros para aprendermos.

A mulher se une ao homem, o magnetismo os atrai, vivem o prazer sexual que é natural do corpo. Como a vida é cíclica, desenvolvemos memórias dos nossos atos e nos dias seguintes somos estimulados a lembrar deles, tendo a tendência de criar "desejos" de reviver o prazer. O prazer é natural do corpo, o desejo pelo prazer é um vício psicológico, ego. Não há nada de mal em desfrutar os prazeres da vida com consciência, equilíbrio, respeito, os problemas estão no ato de criarmos desejos pelo prazer, ego.

Temos uma experiência em público onde vivemos uma situação de desprazer, ao surgirem outras circunstâncias onde estamos em público, somos estimulados a lembrar do desprazer  e temos a tendência de "desejar" fugir do desprazer, mesmo que ele talvez não aconteça. Criamos a timidez, o recolhimento, o medo, etc.

Temos uma companheira(o) e em algum momento a relação termina, depois disto esta pessoa se une a outra companheira(o). Em outro momento nos unimos a outra pessoa e quando surgem situações que lembrem o ocorrido anterior podemos desenvolver o medo de que a nova relação acabe da mesma forma que a anterior, assim podemos desenvolver o ciúmes, a insegurança, etc.

Uma pessoa vive uma situação de desprazer, das tantas que fazem parte da vida e diante desta experiência reage com uma atitude de revolta... Em outras situações semelhantes se lembra e tem a tendência de reagir da mesma forma, surge a ira.

São muitas as geometrias pelas quais vivemos o prazer e o desprazer e passamos a desejar revivê-los ou desejar fugir deles. Quando somos conduzidos pelos desejos estes desejos se tornam mais fortes, e a cada vez que atuam passam a ter mais domínio sobre a nossa personalidade, ficamos escravos.

Algumas pessoas são escravas do "desejo" de brigar, ira, outras são escravas do "desejo" sexual (pedófilos, estupradores, etc), outras são escravas do "desejo" de aparecer, vaidade, etc.

Muitos criticamos os viciados em drogas, mas conseguimos eliminar nosso vício pela ira? Nosso vício em sermos arrogantes? Nosso vício em sermos ciumentos? Nosso vício de sermos orgulhosos? Todos os vícios são egos!

Sugiro reflexões profundas sobre a forma como criamos os egos dentro da dualidade que faz parte da natureza. O caminho inverso é viver no mundo dual, observar os egos, quando se manifestam, compreendê-los e eliminá-los, despertando a consciência.

No próximo capítulo vou relacionar o ego com a meditação.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Os ciclos (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.181

Vou jogar para vencer
O desejo de ganhar
Vou jogar para perder
Medo de não ser melhor

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Toda a natureza se desenvolve em ciclos. Temos ciclos nos minerais, nos vegetais, nos animais e em nós humanos. O planeta tem seus ciclos, o sistema solar, a galáxia, etc.

Com o passar do tempo os seres humanos descobrimos os diferentes ciclos da natureza, por meio da observação. Se voltarmos a atenção para o nosso mundo interior podemos descobrir os ciclos dos nossos pensamentos e emoções.

Nossos pensamentos se relacionam com os eventos da vida exterior e como no exterior vivemos ciclos, os pensamentos também se manifestam em ciclos.

De segunda a sexta vamos para o trabalho, ou escola, ou para a academia, etc. O trajeto é o mesmo, os locais são os mesmos, os horários são determinados. Ciclos.

Em nossos lares temos diferentes ciclos; lavar roupas, fazer a comida, limpar a casa, fazer compras, etc.

Dentro dos ciclos externos vivemos o "prazer" e o "desprazer" (dualidade) e como os ciclos se repetem somos estimulados a lembrar dos prazeres e desprazeres, e temos a tendência de criar "desejos" de reviver o prazer, ou "desejos" de evitar o desprazer. Assim criamos os egos.

Estas informações todas são importantes para compreendermos como nossa alma interage com o mundo, nos compreendermos. Nos ajudam no exercício da auto-observação psicológica.

No próximo capítulo vou dar alguns exemplos sobre a criação dos egos.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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O movimento, o tempo, a dualidade e os ciclos (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.180

Palavras da Mãe natureza para minh'alma:

Deus em ti quer florir
Deus em mim se ofertou
Delicada és Flor
Jardineira sou eu!


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Da vida, alma, se desdobram os fenômenos "espaço", "movimento", "tempo", "dualidade" e "ciclos".

No espaço, corpo, se desdobram os demais fenômenos. No corpo a vida se expressa em "movimento"; no corpo se desdobra a "dualidade", interior, exterior, etc; no corpo se manifesta o "tempo", tempo de vida, nascimento, crescimento, envelhecimento, morte; no corpo se expressam os ciclos, infância, juventude, maturidade, velhice, etc.

O espaço, Planeta Terra, se movimenta no Sistema Solar, deste movimento temos o dia e a noite, dualidade, temos o tempo, 24hs, temos os ciclos, dias, semanas, meses, anos, as quatro estações, etc.

Época quente, época fria (dualidade), época de chuva, época de seca (dualidade), primavera, verão, outono e inverno (ciclos). Dia e noite (dualidade), nascimento e morte (dualidade), alimentos doces e salgados (dualidade), etc.

No próximo capítulo vou detalhar sobre os ciclos.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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