sábado, 25 de fevereiro de 2017

O esforço e o sacrifício (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.195

Terra fértil, meu coração
Adubada com meu calor
Nele as rosas recebem paz
Dou a elas melhor de mim

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Muitas pessoas podem pensar que eu faço sacrifícios pelo despertar da consciência. Bem, se considerarmos o sentido pesado que demos para esta palavra, não, eu não faço sacrifícios!

Trabalho de grão a grão, faço esforços pequenos que não me traumatizam, depois que incorporo estes esforços e se tornam normais na minha vida, incluo novos esforços. Aos poucos me torno resistente e me fortaleço, em seguida adiciono novos esforços.

O sentido de sacrifício é fazer uma oferenda, dar algo valioso em troca de algo mais valioso ainda. Ofertar a Deus. O termo também é usado para designar atos altruístas, serviços em prol de um bem comum. Vejo Deus como amor e o amor não me parece ter nada haver com os atos bárbaros de sacrifícios que registramos na nossa história, como sendo prova de fé. Tenho infinitas maneiras de provar minha fé sem agredir meu corpo ou sacrificar a vida de ninguém. Respeito quem pense o contrário, mas não compactuo com estas coisas.

Também temos que a palavra sacrifício deriva de "sacro" (divino, santo) e "ofício" (trabalho), ou seja, trabalho divino.

Na minha  compreensão esta palavra se carregou de energias pesadas e eu não a uso. Percebo que esta palavra pode produzir reações prejudiciais em nossas mentes.

Sugiro o uso do termo "esforço".

Se um viciado vai se libertar do seu vício é preciso ser amoroso para com o seu corpo, para não provocar uma síndrome de abstinência e talvez vir a falecer.

O corpo foi educado para ser dependente quimicamente do vício, agora cabe ao viciado ser inteligente e amoroso. Se consumia 100 gramas diárias, ficar com 95 por uma semana, diminuir para 90, e assim, gradativamente, com esforços pequenos e continuados, vai libertando seu corpo da dependência.

Buscamos o despertar da consciência e o nosso corpo está viciado em ego! Compreendo que nos cabe o trabalho amoroso de irmos libertando nosso corpo aos poucos. Esforços dentro do administrável, para não provocarmos traumas, sendo aumentados gradativamente de modo a não produzirmos reações destrutivas. Trabalho sem fanatismo, atitudes responsáveis e saudáveis.

No próximo capítulo vou dar dicas simples que podem auxiliar no desenvolvimento de energias favoráveis ao despertar da consciência.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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