domingo, 12 de fevereiro de 2017

Os ciclos dos egos (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.182

Vou jogar pra derrotar
A vaidade do querer
Vou jogar para aprender
Ter a paz na decisão

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Consideremos as primeiras experiências de uma pessoa no planeta terra, como se fosse um aluno que entrou na escola. Antes dos acertos necessitamos fazer exercícios, precisamos dos erros para aprendermos.

A mulher se une ao homem, o magnetismo os atrai, vivem o prazer sexual que é natural do corpo. Como a vida é cíclica, desenvolvemos memórias dos nossos atos e nos dias seguintes somos estimulados a lembrar deles, tendo a tendência de criar "desejos" de reviver o prazer. O prazer é natural do corpo, o desejo pelo prazer é um vício psicológico, ego. Não há nada de mal em desfrutar os prazeres da vida com consciência, equilíbrio, respeito, os problemas estão no ato de criarmos desejos pelo prazer, ego.

Temos uma experiência em público onde vivemos uma situação de desprazer, ao surgirem outras circunstâncias onde estamos em público, somos estimulados a lembrar do desprazer  e temos a tendência de "desejar" fugir do desprazer, mesmo que ele talvez não aconteça. Criamos a timidez, o recolhimento, o medo, etc.

Temos uma companheira(o) e em algum momento a relação termina, depois disto esta pessoa se une a outra companheira(o). Em outro momento nos unimos a outra pessoa e quando surgem situações que lembrem o ocorrido anterior podemos desenvolver o medo de que a nova relação acabe da mesma forma que a anterior, assim podemos desenvolver o ciúmes, a insegurança, etc.

Uma pessoa vive uma situação de desprazer, das tantas que fazem parte da vida e diante desta experiência reage com uma atitude de revolta... Em outras situações semelhantes se lembra e tem a tendência de reagir da mesma forma, surge a ira.

São muitas as geometrias pelas quais vivemos o prazer e o desprazer e passamos a desejar revivê-los ou desejar fugir deles. Quando somos conduzidos pelos desejos estes desejos se tornam mais fortes, e a cada vez que atuam passam a ter mais domínio sobre a nossa personalidade, ficamos escravos.

Algumas pessoas são escravas do "desejo" de brigar, ira, outras são escravas do "desejo" sexual (pedófilos, estupradores, etc), outras são escravas do "desejo" de aparecer, vaidade, etc.

Muitos criticamos os viciados em drogas, mas conseguimos eliminar nosso vício pela ira? Nosso vício em sermos arrogantes? Nosso vício em sermos ciumentos? Nosso vício de sermos orgulhosos? Todos os vícios são egos!

Sugiro reflexões profundas sobre a forma como criamos os egos dentro da dualidade que faz parte da natureza. O caminho inverso é viver no mundo dual, observar os egos, quando se manifestam, compreendê-los e eliminá-los, despertando a consciência.

No próximo capítulo vou relacionar o ego com a meditação.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

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