domingo, 19 de fevereiro de 2017

Concentração por meio da visão (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.190

Este exercício pode ser feito usando como base um quadro, uma escultura, uma planta ou outro elemento que se mantenha parado e que ofereça uma variedade de formas e cores. Sugiro a utilização de elementos ou objetos que transmitam harmonia.

Para praticar podemos nos sentar em uma cadeira à frente do objeto, fazermos uma sequência de inalações e exalações, suaves e profundas (sugiro cinco vezes), fazer um relaxamento e depois mais uma sequência de exercícios de respirações. Em seguida iniciar o exercício de concentração.

Olhar para o objeto com a finalidade de "pescar" a inconsciência! Ou seja, estar atento para observar o momento em que a imagem irá desaparecer e refletir sobre o porque da consciência ter se perdido do foco, o objeto.

Para ter mais facilidade de manter a consciência presente usamos as diferentes formas, figuras, cores e combinações. Passeamos o olhar pelas formas, mudando de uma para outra, observando os detalhes e alertas para o momento em que a visão vai sumir. Não estamos olhando com a finalidade de compreender a arte, interpretar, sentir, etc. O exercício é apenas para desenvolver a concentração usando o sentido da visão como um termômetro para observar seguidas vezes o quanto temos pouco poder sobre a nossa consciência.

Neste exercício é importante estarmos atentos para o fato de que a consciência não é o pensamento, nem o sentimento, nem o corpo. Ela se manifesta na visão, na audição, no olfato, tato, paladar e também se manifesta além dos sentidos físicos, percebendo a si mesma por meio da auto-observação psicológica. Quando conseguimos observar a nossa própria consciência se manifestando vivemos o estado de "auto-consciência".

A consciência também se manifesta por meio da intuição ou outros sentidos espirituais.

O que acontece no exercício deste capítulo é o mesmo que acontece em uma sala de aula. O professor fala e olhamos atentamente para ele, de vez em quando nossa consciência vai para o passado ou futuro e quando voltamos a atenção para o professor não temos consciência do que ele falou nos momentos em que a consciência esteve ausente. Muitos nem sequer sabemos que isto acontece, apenas vivemos dificuldades de compreensão pelo fato de que pegamos as informações entrecortadas por divagações dos egos.

Sugiro leituras e releituras deste capítulo e práticas para compreender os mecanismos dos egos por meio deste exercício.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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