domingo, 19 de fevereiro de 2017

Percebendo a consciência pelos sentidos (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.191

Este exercício é bem simples.

Tendo em conta que a consciência não é o corpo, nem as emoções, nem os pensamentos, podemos nos sentar comodamente e observar a manifestação da consciência por meio dos sentidos.

Da mesma forma que no exercício anterior, a finalidade é apenas observar e quando a consciência se ausentar do exercício refletir sobre o que aconteceu. Nesta prática nos dispomos a não pensar, não ter emoções, apenas observar. Se surgirem pensamentos ou emoções estes estão agindo fora da nossa vontade, são egos, nos demonstram nossa falta de controle psicológico.

No momento em que nos damos conta que divagamos podemos refletir sobre a causa da consciência ter se ausentado, ou seja, buscar o pensamento que estava na mente e buscar lembrar os outros pensamentos envolvidos e entender porque estes pensamentos surgiram fazendo nossa consciência se ausentar do foco.

Exercício:

De olhos fechados passear a consciência nos diferentes sons ao nosso redor, passeando por eles como se fossem as figuras de um quadro. Aqui experimentamos a consciência observando os sons por meio do sentido da audição.

De olhos fechados passear a consciência por meio do sentido do tato, tateando objetos dispostos em cima de uma mesa. Apenas sentir as formas dos objetos, a consistência, a textura, etc. Sem analisar, sem pensar, apenas observar por meio do tato.

Durante uma refeição passear a consciência por meio do sentido do paladar, fechar os olhos durante a mastigação e observando o sabor dos alimentos, apenas observar.

O exercício com o olfato pode ser exercitado durante o preparo de uma refeição. O exercício com a visão já ficou explicado no capítulo anterior.

Durante uma prática de meditação, como já falei antes, aquietamos o corpo por meio do relaxamento, junto ao corpo os cinco sentidos vão ficando em repouso, naturalmente, não precisamos nos preocupar ou desejar isto. Nos concentrando em um mantra ou koan, o corpo e os sentidos vão entrando em um repouso cada vez mais profundo. Mesmo havendo som nas proximidades do ambiente onde estejamos fazendo a meditação, se houver uma boa concentração, nos desligamos por fora. Nos desligamos das imagens pelos olhos estarem fechados, nos desligamos dos sons por estarmos concentrados em outro foco, nos desligamos do olfato, paladar e tato também.

Durante a meditação pode surgir o "desejo" de se desligar dos sons, da respiração, da salivação, etc. Este desejo nos prejudica com a "psicologia reversa". No próximo final de semana farei reflexões com sugestões para vocês se livrarem destes obstáculos. Se for possível vou lhes falar também sobre os uniformes psicológicos.


Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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