sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Quem eu sou? (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.176

Escrevo por ser consciência
Dormida buscando ser Sol
Criança no ventre da terra
Chorando, buscando acordar

Escrevo por ter em meu peito
A fonte da água da vida
É farta, permito seu curso
Me leva pras ondas do mar

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Na época em que fiz caminhadas dia após dia, por muitos dias, acabei descobrindo que eu não sabia nada do que se passava em meu interior!

Se alguém  me parasse e perguntasse o que eu havia pensado nos últimos cinco minutos eu não saberia dizer, e nem saberia se havia pensado muito ou não... Com os exercícios percebi o quanto adormecido vivi desde o nascimento, sem saber praticamente nada sobre o funcionamento da minha mente.

Com estas práticas comecei a identificar a loucura que se desenvolvia dentro de mim.

A prática da meditação nos ajuda a ter estas percepções de uma forma segura, em nossas casas, embora algumas pessoas talvez tenham dificuldades de fazer a meditação, pela falta de concentração, assim como eu também tive.

Os seres somos diferentes uns dos outros, uns podem se dar bem meditando com um Koan, outro se dá bem com outro Koan, outro com um determinado mantra, outra pessoa desenvolvendo uma técnica particular.

Vou deixar outro Koan que aprendi, para terem diferentes opções e pelas experiências encontrarem uma com a qual se sintam melhor.

"Se tudo se reduz a unidade, a que se reduz a unidade?"

Lhes deixo também uma prática que desenvolvi recentemente:

Imaginar uma vela acesa em um pires de alumínio.

Neste exercício a imaginação foca apenas na imagem, passeando o olhar da alma pela chama, descendo pela estrutura da vela, observando o pires prateado, subindo pela vela e voltando a observar o fogo e seu movimento, seu brilho. A consciência atua como se estivesse pescando, esperando pelo momento onde a imagem vai desaparecer, sendo que neste momento haverá um pensamento e a consciência vai interrompê-lo!

A chama, a vela e o pires prateado são instrumentos para a consciência perceber a sua presença e atenção. O amarelo do fogo contrastando com o branco da vela, contrastando com o pires prateado. A chama com seu movimento vivo, o corpo da vela derretendo, o pires estático... As diferentes cores, os diferentes movimentos e as diferentes formas servem para ajudar a consciência a se manter concentrada com simplicidade.

Esta prática funciona um pouco como a caminhada, onde a visão serve como instrumento para medir a presença da consciência, ou seja, quando a visão se perde dos objetos é porque a consciência foi levada por pensamentos. No caso de imaginar a vela a visão também está servindo como apoio, só que é a visão por meio da imaginação.

O Koan é uma fórmula mental com uma frase, para silenciar a mente dos devaneios, depois é preciso retirar o koan e ficar no vazio iluminador. O mantra também é uma fórmula mental com frases ou sons, agindo da mesma forma. Esta prática de imaginar a vela não usa o verbo, apenas o olhar interior, também não usa a reflexão, logo, pode ficar mais simples se desligar dos pensamentos e identificá-los.

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Quem somos? Qual a nossa verdadeira natureza?
A meditação nos ajuda a viver a nossa essência, experimentá-la, se desprender da casca!

No próximo capítulo vou encerrar com as orientações sobre a meditação e depois seguirei com outras disciplinas.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
Facebook : A Luz da Consciência

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