sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Pequenos obstáculos para a meditação (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.192

O silêncio do amor fecunda o espaço e nele floresce a paz!

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Coloquei os exercícios do capítulo anterior para explicar algumas sensações que nos atrapalham na prática da meditação.

Se vocês começarem a praticar a meditação poderão observar que em algumas circunstâncias ficamos identificados com a salivação, ou com a respiração, ou com os sons do ambiente, etc.  Sugiro que não se preocupem com isto, se acontecer podem simplesmente colocar a atenção no mantra ou koan e seguir com a prática.

Quando nos preocupamos com estas sensações e começamos a ter desejos de nos livrarmos delas, criamos uma batalha! Este estado nos atrapalha.

Certa vez li em um livro que um homem, após ter ficado admirado com os feitos de um mago, suplicou a este mago que o ensinasse a fazer suas magias. O mago lhe disse: se você ficar por um minuto sem pensar em cavalo, eu lhe ensino.

Após ter passado o tempo o homem lhe disse: se você não tivesse mencionado o cavalo eu não teria pensado nele!

( O caso não foi exatamente como eu descrevi, não lembro com clareza qual foi o animal que ele pediu para imaginar).

Há tempos atrás fazia uma prática espiritual onde me transportava para um templo, por meio da imaginação, para fazer certos pedidos para uma Hierarquia. Um dos meus egos começou a imaginar esta Hierarquia de forma desrespeitosa. Toda vez que ia fazer a mesma prática o mesmo ego vinha e eu comecei a ficar incomodado, tentando parar com aqueles pensamentos. Quanto mais eu me esforçava para eliminar este defeito, mais o ego em questão ficava forte! Estava fortalecendo o ego por meio de um aspecto da psicologia reversa. Em uma das práticas tive um vislumbre do que estava acontecendo e compreendi como deveria agir.

Quem estava desrespeitando a Hierarquia era um ego, não era a minha consciência. Quando este ego voltou eu segui com a prática e o deixei em paz para ficar com suas imaginações, não me preocupei mais. Passei a ter facilidade de me concentrar e o ego foi desaparecendo!

Quando estiverem fazendo a prática da meditação e porventura se identificarem com a salivação, ou som ambiente, ou a respiração, sugiro que não lutem contra, não desejem se livrar, apenas deixem de lado estas percepções e se voltem para a prática. Se surgir uma coceira no corpo, não lutar contra, não criar combates psicológicos.

Por hoje só posso escrever este capítulo, tive um compromisso social e cheguei tarde. Volto a escrever amanhã.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
facebook : A Luz da Consciência

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