domingo, 28 de janeiro de 2018

Leitoras(es), escrevi pouco neste final de semana por estar com visita em casa. Hoje não terei como escrever por este mesmo motivo. 
Voltarei a escrever e publicar no próximo final de semana.

Fraternalmente,
Ulisses Higino

sábado, 27 de janeiro de 2018

Concluindo o tema "Relações Sociais" (A Consciência) - cap.208

O ego busca o poder pelo dinheiro, beleza, fama, sexo, quando o alcança sente a necessidade de estar rodeado de aplausos, fãs, admiradores.
A verdade é simples e humilde, luz do amor, os únicos que a rodeiam são as almas-mariposas!

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Os egos são os causadores dos nossos sofrimentos mentais, emocionais, físicos e espirituais. As virtudes da alma são as causadoras da harmonia, equilíbrio, saúde, liberdade, paz, felicidade!

O meu objetivo vivendo como ser humano é eliminar meus egos e despertar a minha consciência, alcançar a auto-realização espiritual. Para tanto preciso eliminar os meus egos e despertar as virtudes do SER. Este é sentido que vejo para a existência humana e por isto é o caminho que sugiro.

Nas relações sociais vejo como estratégias importantes a disciplina que coloquei no capítulo 205 deste livro e a eliminação dos diferentes vícios/egos de "competição" (eliminar os  egos que competem desejando ser o mais bonito, o que tira melhores notas na escola, o que tem o melhor carro, o  que se veste melhor, o que dança melhor, etc). Uso estas disciplinas como carro chefe para eliminar meus egos nas relações sociais e despertar a consciência.

Quando eliminamos os egos das competições despertamos as virtudes da cooperação, da fraternidade, da solidariedade, do respeito. Estas virtudes são fundamentais para que produzamos relações sociais saudáveis!

Voltarei a escrever amanhã e seguirei com os temas "A consciência e a ciência", "A consciência e o sexo" e "A consciência e as leis da natureza".

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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A espontaneidade (A Consciência) - cap.207

O combate fortalece a resistência, o amor desarma. 

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Uma pessoa espontânea é aquela que age com naturalidade, com simplicidade.

Qualquer profissional no exercício de sua função, usando de suas disciplinas, pode ser espontâneo ou não. A espontaneidade não tem nada haver com disciplina.

Uma pessoa pode ser fanática de disciplina, neste caso são egos no controle do corpo, desta forma não há espontaneidade, mas comportamentos viciosos. Quando agimos por hábitos perdemos a espontaneidade, estamos sendo conduzidos pelos nossos vícios.

A disciplina pode estar sendo um instrumento da consciência ou do ego. Quando é instrumento do ego se torna hábito, e o corpo da pessoa se torna o instrumento do defeito psicológico, os papéis se invertem. Quando a disciplina se torna um instrumento da consciência, é uma ferramenta que o SER utiliza para se desenvolver.

A dualidade está em tudo!

Tenho vivenciado que da consciência se desdobram naturalmente as disciplinas conscientes, assim como das flores se desdobram os perfumes!

A consciência se disciplina para ser organizada, mas também se disciplina para não desejar resultados e quando a organização não é possível ela exercita a resignação e fica tranquila. O que é a perfeição? A consciência! Nela está a paz e ela, quando desperta, vai se imunizando dos egos, ao eliminá-los.

Se uma pessoa se diz disciplinada e age com impaciência, com intolerância, com arrogância, com revolta, com cobranças, fazendo exigência para outras pessoas, esta pessoas está equivocada, não tem disciplinas coordenadas pela consciência, tem egos criando sistemas destrutivos.

No próximo capítulo farei algumas  considerações e vou concluir com o tema "A consciência e as relações sociais".

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Ferramentas psicológicas (A Consciência) - cap.206

A verdade é indiferente no meio do egoísmo, porque o egoísmo cega, e o cego não pode ofuscar-se com a luz!

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Já citei em outras mensagens que a consciência não é o pensamento, nem a emoção e nem o corpo, mas ela se utiliza destes veículos para se manifestar no mundo.

Trabalho o despertar da consciência colocando a minha existência como sendo o exercício de uma profissão, seja qual for. Para a execução de qualquer profissão eu preciso ter um conjunto de princípios, técnicas, procedimentos, e preciso aprender a usar estas ferramentas. 

As ferramentas do pedreiro são a colher, a pá, o carrinho de mão, areia, cimento, tijolo, trena, prumo, luva, água, etc. Como um pedreiro pode exercer a sua função sem as suas ferramentas?

As ferramentas de um advogado são um conjunto de memórias sobre leis e suas aplicações, livros, uma linguagem específica, etc. Como um advogado pode atuar sem lembrar das leis, sem ter seus livros técnicos para consultar, sem saber usar os termos técnicos da advocacia?

As ferramentas são instrumentos necessários para que nos desenvolvamos na vida!

No caso do despertar da consciência não vejo nenhuma diferença, preciso ter ferramentas e elas são psicológicas. As ferramentas para o despertar são técnicas que também memorizo, depois as exercito para aprender a dominá-las e então as utilizo para construir harmonia nos relacionamentos, para eliminar os egos e despertar as virtudes da alma. Técnicas para eliminar a impaciência, o orgulho, a preguiça, a intolerância, a arrogância, etc. Técnicas para despertar as virtudes da paciência, da humildade, da diligência, da tolerância, da gentileza, etc. Técnicas de relaxamento, concentração, meditação; técnicas de auto-observação, etc.

Em qualquer empresa os funcionários tem horário pra cumprir, tem suas rotinas, suas técnicas, suas tarefas e as formas de executá-las, etc. Alguma empresa funciona sem organização? Sem disciplina? 

O que é mais importante em uma existência? As nossas atividades externas ou a nossa alma? Se uma empresa precisa de organização, disciplina, etc, para se manter, porque uma alma, que é o mais importante que qualquer empresa, pode ser conduzida sem organização, sem disciplinas, sem prumo?

Em nosso trabalho cumprimos disciplinas, na escola fazemos o mesmo, no trânsito fazemos o mesmo, porque não criamos disciplinas psicológicas para nos desenvolvermos como SER que somos? 

O despertar da consciência que pratico é um conjunto de ferramentas que determino para me desenvolver espiritualmente, assim como o exercício do capítulo anterior.

Para os que estejam lendo estes livros que escrevo, mais uma vez enfatizo, são exercícios. Não estou escrevendo livros para passar o tempo, para entreter, para divertir, escrevo exercícios para o despertar da consciência. Cada pessoa é que pode avaliar por si se estes exercícios podem ou não ser eficientes para o que se propõem, desde que os experimente.

Em alguns textos eu faço reflexões para exercitar a consciência, nutrí-la, são exercícios também. Em outros textos eu explico técnicas, exercícios para serem aplicados no dia a dia. No geral, todas as mensagens são exercícios de diferentes naturezas e aplicações.

Voltarei a escrever amanhã e falarei sobre a espontaneidade nas ações, independente da presença das disciplinas, pois uma não anula a outra.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Esclarecimentos sobre o capítulo anterior (A Consciência) - cap.205

O ego é um casulo, transformou a natureza em concreto...
Se surgissem as borboletas-almas o mundo seria um jardim!

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No capítulo anterior, semana passada, falei sobre a dualidade nos relacionamentos, mas percebi que não deixei claro o exercício que foi o motivo principal do assunto.

O exercício é bem simples, uma questão de bom senso, nenhuma novidade.

"Em qualquer contato me posiciono de forma observadora para sentir o ambiente e a pessoa com a qual me relaciono. Depois, sabendo onde estou pisando, passo a interagir de acordo com a situação. Algumas pessoas mostram abertura e fico à vontade para brincar, sorrir, puxar assunto. Outras pessoas se mostram fechadas e então eu apenas me coloco de forma neutra. Algumas pessoas demonstram ser vaidosas, desejando ser o centro das atenções; outras são tímidas; outras são harmoniosas, demonstrando sensatez, sabendo falar e ouvir com atenção; etc. Em cada situação a consciência atua com a intuição, gerando harmonia, respeito, mas para tanto precisamos eliminar os egos, inconsciência que se apresentam nestas situações.

Antes de estabelecer este exercício, às vezes eu estava envolto em uma energia de alegria e brincava com as pessoas que encontrava pelo caminho, mesmo desconhecidas, nos mercados, padarias, etc. Quando me deparava com pessoas receptivas a situação ficava agradável, quando me deparava com pessoas que não  simpatizavam comigo, recebia tratamentos desagradáveis. Sair pelo dia exteriorizando o meu interior sem o cuidado de observar o ambiente, é uma forma de me expor com imprudência, me tornar vulnerável, assim eu tenho compreendido. A minha alegria é minha e se não tiver ninguém com quem compartilhar, eu a desfruto sozinho! Compartilho a minha alegria quando o exterior é propício, quando as pessoas estão receptivas. As pessoas não tem a obrigação de serem receptivas ao meu estado de espírito e eu me educo para respeitá-las. Da mesma forma, eu só compartilho das minhas tristezas com pessoas receptivas e confiáveis. Viver é um exercício de responsabilidade!

Algumas pessoas são gentis, de um modo geral, mas por vezes podem não estar em um bom dia. Mesmo diante de pessoas conhecidas, até mesmo meus filhos, estou me educando para sentir o estado psicológico destas pessoas antes de interagir com elas. Na hora de interagir busco usar a intuição que brota da atenção, consciência. A intuição comanda com muita sabedoria as ações do corpo, mas para tanto é preciso educar a mente para ser passiva, o centro emocional também, mantendo-o sereno, de modo que a consciência fique ativa. A prática da meditação é muito eficiente para que uma pessoa se acostume a interromper seus pensamentos, emoções e ações, ou seja, colocar-se no controle de si. Quando não temos o controle da "língua", frequentemente colocamos os pés pelas mãos e criamos desarmonias!

Este exercício, como falei, é uma questão de bom senso. Chegamos na casa de uma pessoa que não conhecemos e logo vamos dançando e sapateando? Se for uma família com pessoas retraídas, acanhadas, podemos sufocar o ser destas pessoas. Se nesta família alguém se sentir incomodado, pode ficar aborrecido e estaremos levando energias desagradáveis para este lar. Pode acontecer de haver uma afinidade entre todos e acontecer momentos muito prazerosos. Qual a postura mais sensata? De um modo geral, uso meu exercício, observar, ser gentil e prudente para agir intuitivamente de acordo com o momento. Observar primeiro, agir depois. 

Consciência é harmonia, equilíbrio, paz. O exercício deste capítulo é muito simples e tem me ajudado a viver em paz!

No próximo capítulo farei uma reflexão sobre as ferramentas  psicológicas.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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domingo, 21 de janeiro de 2018

A dualidade nos relacionamentos (A Consciência) - cap.204

A música flutua sem a letra, a letra, sem a música, caminha em poesia

O amor flutua sem o homem, o homem, sem o amor, se arrasta em nostalgia...

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Uso uma ferramenta para não ser vítima da dualidade nos relacionamentos, mas ainda não domino esta técnica. Já falei sobre ela em outros momentos.

Sempre vamos nos relacionar com alguém, seja no elevador, sendo atendido nos caixas de supermercados, nos bancos, lotéricas, no ambiente de trabalho, em casa, pelas ruas, etc. Nestes locais sempre vamos encontrar pessoas com comportamentos que nos agradam e outras com comportamentos que não nos agradam, é a dualidade.

Diante de pessoas mal humoradas, arrogantes, mal educadas, muitos egos aparecem: impaciência, intolerância, raiva, orgulho ferido, ressentimentos, vingança, etc. Estas pessoas são  preciosas, nos ajudam a descobrir nossos egos, termos condições de observá-los, refletir sobre eles, compreender a falta de sentido para estes defeitos psicológicos e eliminá-los.

Quando comecei a criar uma disciplina para aproveitar estes momentos, frequentemente me esquecia e quando  estes momentos surgiam eu me identificava com os meus egos e vivia sofrendo, me vendo como vítima, remoendo, desejando me vingar dos maus tratos, etc. Depois de muitos tropeços eu passei a conseguir alguns resultados. Ainda não domino esta arte de aproveitar estas circunstâncias para o meu auto-conhecimento, mas já me alegro por ver resultados crescentes! Agora, quando estas circunstâncias aparecem, consigo me "lembrar" do trabalho psicológico que preciso realizar e vou deixando de ser vítima.

Muitas destas pessoas mal humoradas não me conhecem, seus atos são um problema delas, uma questão  íntima, não tem nada haver comigo. Talvez um dia se transformem, talvez não. Quando eu aprendo a lidar com estes momentos, mantendo-me sereno, reflexivo, agindo com gentileza, então passo a exercitar o domínio de mim mesmo.

A vida é repleta de pessoas de todos os tipos, agradáveis ou desagradáveis, aos nossos olhos. Quando aprendo a viver não me importando com isto, não "desejando" encontrar pessoas legais e "desejando" não ver pessoas ruins, então me liberto para viver a vida como ela é. Desejar o bom e fugir do ruim é viver como cachorro atrás do rabo, nunca vai alcançar, pois a vida é dual!

Muitas reflexões podem sair desta mensagem, isto é com cada pessoa. Estou apenas estimulando o estudo destas circunstâncias que acontecem diariamente, falando um pouco sobre elas, o assunto é muito profundo. A sabedoria sobre esta questão é fruto de exercícios na vida diária, reflexões, compreensões crescentes e fecundas que são resultados de trabalho íntimo. 

Voltarei a escrever no próximo final de semana.

Fraternalmente,


Ulisses Higino
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Síntese de procedimentos para o despertar (A Consciência) - cap.203

Vejo como nobre o SER que exercita virtudes e não permite que o ego pratique inconsciências em seu corpo.


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Conjunto de técnicas que uso para o meu despertar da consciência.

* Retrospectiva do dia (uma técnica que me foi ensinada em uma escola de auto-conhecimento, muito valorosa);

* Recordação dos sonhos ao acordar;

* Exercícios de relaxamento, concentração e meditação;

* Auto-observação psicológica (observar os próprios pensamentos, emoções e atitudes, para descobrir os egos);

* Eliminação dos egos (um conjunto de procedimentos que sigo explicando aos poucos em vários livros);

* Exercícios para alimentar as virtudes da alma;

* Orações (gratidão, cura, auxílio para o despertar);

* Reflexões sobre o comportamento humano e sobre a sociedade;

* Trabalhos voluntários;

* Cuidados com a saúde mental, emocional e física;

* Disciplinas para o despertar (continuidade, determinação, força, harmonia, ordem, organização, prudência, respeito);

Destes tópicos se desdobram uma série de conhecimentos.

Desde a adolescência segui buscando ajuda externa para o despertar, em livros, cursos, instituições, etc. Somente aos quarenta e sete anos tive o despertar de uma intuição e passei a desenvolver habilidades internas que antes eu não tinha, minha percepção se transformou e passei a elaborar a minha própria forma de caminhar rumo ao despertar da consciência.

Escrevo para compartilhar as minhas vivências e talvez poder ajudar alguém em seu processo de crescimento interior. Imagino que todos os seres precisamos de referências e ajuda, até o momento em que o nosso SER passa a gerenciar o seu próprio caminhar.

Não dou verdades, compartilho experiências. Faço um exercício de solidariedade, exercício para combater o egoísmo em mim, dedicando parte do meu tempo para servir a natureza e todos os seres que a compõe.

Se a leitora (o) sentir que possa se beneficiar de uma ou outra das informações que transmito, sugiro que estabeleça um conjunto de técnicas e as exercite, da mesma forma que fazemos em nossas profissões. Ninguém se desenvolve sem disciplinas, sem exercícios, sem continuidade, sem uma rota.

Vejo como importante que eu não fique idolatrando pessoas que conseguiram grandes feitos, mas que procure descobrir de que forma posso usar os saberes desta pessoa, para criar as minhas próprias técnicas e produzir os meus próprios saberes. Acho fundamental que cada SER seja o Mestre de si mesmo! E ao chegar neste ponto, que não seja egoísta, que compartilhe o que tem de melhor.

Na minha percepção um bom professor é aquele que ajuda o aluno a se livrar dele e se tornar um professor que também seja amoroso, ajudando outros a se libertarem dele. O infinito na natureza se mantém com o amor, aprender para ensinar, ensinar para aprender! 

No próximo capítulo farei reflexões sobre a dualidade nos relacionamentos sociais. 

Fraternalmente,


Ulisses Higino
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Momento reflexivo (A Consciência) - cap.202

Quando não me distancio da minha natureza-ser, levo a felicidade para passear, no coração, sobre o tapete da existência!

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Os saberes que possuo estão armazenados na forma de memórias. Memórias sobre a matemática, sobre técnicas de culinária, sobre procedimentos para dirigir um carro, sobre técnicas para tocar um violão, sobre técnicas para dar aulas de música, etc. A minha consciência usa as memórias para se manifestar. Se eu perder as memórias não terei como expressar a minha consciência.

Como ir pra casa sem as memórias? Como reconhecer meus filhos sem as memórias? Como saber quem sou sem as memórias?

A consciência não é a memória, mas a memória é um instrumento para a manifestação da consciência.

Com relação ao despertar da consciência precisei desenvolver um conjunto de princípios básicos, agora estou aprimorando-me na arte de dominar estes princípios e aprimorando estes próprios princípios. A consciência vai se expandindo e naturalmente vai transformando seus valores, acrescentando, excluindo, etc.

Todo profissional desenvolve um conjunto de princípios, técnicas, para executar a sua profissão e com o passar do tempo vai se tornando hábil e eficiente no uso das suas ferramentas. Se este profissional ficar muito tempo sem exercitar seu ofício, suas memórias vão enfraquecendo e ele vai perdendo seu conhecimento.

Alguns saberes são simples e conseguimos mantê-los até o fim da vida, sem a necessidade de alimentá-los com exercícios.  Por exemplo a memória motriz de andar de bicicleta é muito simples, conseguimos mantê-la até o fim. Dirigir um carro é um conjunto de memórias mais complexas. Fiquei alguns anos sem dirigir e depois, quando entrei em um carro perdi a segurança, precisei recuperar aos poucos. Já uma advogada, ou uma médica, se ficarem alguns anos sem exercer a profissão, provavelmente ficarão muito prejudicadas. São muitas leis, muitos procedimentos jurídicos, muitas memórias de fórmulas de medicamentos, efeitos colaterais, tipos de enfermidade, etc.

As memórias são vivas, se não alimentadas, morrem!

Com relação ao despertar da consciência tenho um conjunto de valores que são muito simples, fáceis de serem administrados e se relacionam com a vida, podendo ser exercitados diariamente em várias circunstâncias. Neste momento estou exercitando a serenidade, o viver em atenção para com o meu corpo, para com as palavras que escrevo e para com a minha intuição, ou seja, atenção, auto-observação, reflexão, intuição, ações conscientes. 

Já falei sobre esta questão outras vezes, mas sei da necessidade de reforçar, pois as mensagens que escrevo são exercícios e os exercícios precisam ser repetidos.

O despertar da consciência é como uma profissão, necessita de princípios, disciplinas, ferramentas, domínio destas ferramentas, desenvolvimento de habilidades, experiência, etc. Este trabalho é para todos os seres, em todas as profissões. Qualquer profissional, qualquer pessoa que não tenha consciência, que não tenha humildade, paciência, serenidade, simplicidade, perdão, etc, será uma pessoa dominada pelos egos. Antes de qualquer outro saber, compreendo que os seres necessitamos aprender a ser conscientes!

No próximo capítulo vou fazer uma síntese do conjunto de valores que uso para amparar o meu despertar da consciência.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sábado, 20 de janeiro de 2018

A consciência e as relações sociais (A Consciência) - cap.201

Compreendo que os conceitos são roupas que o intelecto usa para revestir verdades e mentiras, e colocá-las para desfilar no mundo dos sentidos, cabendo a cada um desnudar o conhecimento que alimenta a alma!

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Seguirei com os temas que havia  determinado anteriormente.


A consciência e as relações sociais
A consciência e a ciência
A consciência e o sexo
A consciência e as leis da natureza

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Vivemos em um planeta onde todos os seres interagimos uns com os outros, em diferentes níveis, consciente ou inconscientemente.

Compreendo que a nossa sociedade abrange todo o planeta, o reino mineral, animal, humano, e também nos relacionamos com energias vindas do sistema solar, galáxia, universos, etc. A energia solar é uma das que fazem parte da nossa relação com a natureza.

Existem muitas formas de despertarmos a consciência por meio das relações, cada pessoa encontra o seu caminho de acordo com a sua intuição, se tiver vontade de fazê-lo. Vou relatar abaixo o meu caminhar, para estimular, para sugerir, para ilustrar.

* Relação com a natureza - exercito o amor me educando para ter uma relação consciente com a natureza e isto eu sugiro. Recolho a água do banho em baldes pequenos e a uso para algumas atividades; recolho água da máquina de lavar com o mesmo propósito; separo o lixo orgânico do reciclável; me educo para não poluir a natureza e respeitar os animais; etc. Despertar a consciência é despertar o amor, pois a consciência é o amor! Busco o despertar, por isto busco o amor pela natureza.

Para este trabalho eu tenho que seguir eliminando muitos egos, principalmente as várias manifestações da preguiça.

* Relação com os semelhantes - me educo para dedicar parte do meu tempo com trabalhos auxiliando o processo de cura das pessoas internadas em hospitais públicos; prestando serviço nos orfanatos, asilos e outras instituições assistenciais; ensinando meditação e valores para crianças da rede pública de ensino; dando cursos de meditação para a comunidade; dando  conferências sobre o despertar da consciência; escrevendo os capítulos deste livro, aos finais de semana; etc. Todos estes trabalhos eu os ofereço de forma gratuita, são minha contribuição para um mundo melhor.

Cada pessoa pode fazer a sua parte no sentido de ajudar os menos favorecidos, existem muitas formas de se fazer trabalhos voluntários e prestar auxílio aos necessitados. Quando uma pessoa tem boa vontade os caminhos se abrem e as ideias brotam no coração!
Como alguém pode despertar a consciência enquanto viva de forma egoísta? Sempre é tempo de iniciar, com pequenos gestos. Se precisarem de sugestões neste sentido, estou à disposição.

Para este trabalho eu tenho que eliminar muitos egos, principalmente os egos da preguiça, do medo, do orgulho, da vergonha. 

* Relação profissional - me educo para ser um cidadão útil para a sociedade, oferecendo as minhas habilidades para contribuir com o bem estar social. Realizo o meu trabalho profissional, remunerado, para sobreviver, com cursos de música com preços acessíveis, sem explorar as pessoas. Meus préstimos são oferecer educação musical, qualidade de vida, disciplina, concentração, reflexão, etc, por meio da atividade artística.

Para este trabalho eu tenho que seguir eliminando os egos da desonestidade, da cobiça, da preguiça, da desorganização, etc.

* Relação com o meu corpo - me educo para limpar meus pulmões periodicamente; beber água regularmente; buscar uma alimentação saudável; fazer exercícios físicos com regularidade; meditar para preservar a minha saúde mental; cultivar nobres emoções para preservar a minha saúde emocional.

Para este trabalho eu tenho que seguir eliminando os egos da gula, da preguiça e outros.

*Relação com o espiritual - trabalho pelo despertar da consciência, eliminando todos os egos nas diferentes relações sociais e despertando as virtudes da alma. Dentro desta relação busco estreitar os laços com as partes divinas que tive a oportunidade de fazer contato por meio da intuição.

Voltarei a escrever amanhã.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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Concluindo sobre a família (A Consciência) - cap.200

O frio da madrugada chicoteia a pobreza na calçada.
O frio do desamor se acomodou no peito do egoísmo.
A cada um cabe a decisão de acender a lareira-consciência.
Reflexão é lenha, ação é fogo!

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O tema família é muito complexo! Poderia escrever sobre a família e a homossexualidade, e o alcoolismo, e a promiscuidade, e a traição, e os distúrbios mentais, e as doenças degenerativas, e a velhice, e o autoritarismo, e a criminalidade, etc, mas vou encerrar com este capítulo. 

Um escritor que afirmou ter a consciência desperta relatou que conheceu uma civilização em outro planeta e descreveu várias características muito interessantes desta sociedade. Pelas descrições ficou claro pra mim que são seres em um nível de consciência bem acima do nosso. Não tenho consciência se estas informações são verdadeiras, são mistérios que estou buscando comprovar.

Uma das informações sobre estes seres de outro planeta é que os filhos não são criados pelos pais. Após nascerem são acolhidos por organizações do governo, com especialistas que passam a cuidar de todas as necessidades destas crianças. Pelo que me lembro, de acordo com a minha compreensão, nesta civilização eles não tem famílias, todos são uma única família. E pelo que me lembro também, nesta sociedade não existem países, fronteiras, quintais, etc. Todos vivem em comunhão e compartilham, sem guerras, sem grupos se confrontando, etc.

As famílias como as temos aqui nos fazem criar vínculos emocionais, apegos, ciúmes, etc, e vivemos a tendência de dar melhores condições para os nossos familiares do que para as outras pessoas. Com o nosso nível de consciência, se temos uma vaga de emprego em uma empresa, geralmente temos a seguinte postura: primeiramente oferecemos a vaga para familiares, ou para os melhores amigos, ou oferecemos a vaga com segundas intenções ou em troca de favores pessoais, sexo, etc. Esta conduta se torna um hábito, ego, e se estende para outras áreas dos relacionamentos humanos, de modo que nos tornamos seres com atitudes egoístas, parciais, atitudes não justas, não sensatas. Penso que seja assim de um modo geral, mas deve haver exceções. Vemos estes comportamentos na política, na ciência, na educação, na segurança, na medicina, etc.

Um familiar comete um delito e nós o protegemos, um desconhecido comete o mesmo delito e chamamos a polícia. Respeito as exceções que porventura existam.

Protejo meus filhos de acordo com este sistema familiar que criamos. O melhor que tenho a oferecer é para os meus filhos, depois sigo distribuindo parte das minhas energias para os demais seres. Mas procuro não me esquecer dos demais seres. A cada dia sigo aprendendo a ver que todos os seres somos partes de uma mesma família, como dito pelo escritor que citei acima. Concordo plenamente com ele! Estou dentro deste sistema que criamos e sei que mudá-lo é trabalho de formiguinha e provavelmente leve eras... O que faço é buscar despertar a minha consciência e mesmo estando em um sistema que me estimula a criar egos, procurar usá-lo pra produzir a luz da alma!

Tenho fé que existem muitas outras civilizações em diferentes planetas, provavelmente em dimensões diferentes, de modo que nossa humanidade tão cheia de egos não consiga bisbilhotar e interferir. Aceito com muita naturalidade a possibilidade de viver em uma sociedade como a descrita acima, onde eu seja um integrante de uma grande família e não haja núcleos familiares pequenos. Onde não existam países se explorando, onde não existam competições, vaidades, orgulhos, etc.

Esta nossa humanidade certamente é uma escola com almas em um certo nível de consciência, buscando aprender. Tenho fé que muitas outras escolas, superiores, existem em diferentes planetas. Busco aprender o que tenho que aprender aqui, passar de ano e ter o merecimento de poder nascer nestas outras escolas.

No próximo capítulo vou fazer reflexões sobre "A consciência e as relações sociais".

Fraternalmente,


Ulisses Higino
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A neurociência e o livre arbítrio (A Consciência) - cap.199

Casamento

Alma irmã, me ofereço para ser um contigo nesta jornada, para juntos nos ajudarmos a acender a luz do amor em nossas almas e eliminar a escuridão da inconsciência.

Se me aceitas agradeço-lhe a honra de exercer a mais profunda negação do "Eu", entregando-me para SERMOS um na COMUNHÃO do existir, fazendo de nossas vidas um leito de rosas onde o perfume virá da harmonia que soubermos produzir no jardim da existência a dois.

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Na internet circula uma matéria segundo a qual meurocientistas afirmam que o livre arbítrio não existe, que somos escravos do cérebro e ele é quem toma as decisões.


" Mais rápido que o pensamento – Experimentos que vêm sendo realizados por cientistas há anos conseguiram mapear a existência de atividade cerebral antes que a pessoa tivesse consciência do que iria fazer. Ou seja, o cérebro já sabia o que seria feito, mas a pessoa ainda não. Seríamos como computadores de carne – e nossa consciência, não mais do que a tela do monitor. Um dos primeiros trabalhos que ajudaram a colocar o livre-arbítrio em suspensão foi realizado em 2008. O psicólogo Benjamin Libet, em um experimento hoje considerado clássico, mostrou que uma região do cérebro envolvida em coordenar a atividade motora apresentava atividade elétrica uma fração de segundos antes dos voluntários tomarem uma decisão – no caso, apertar um botão. Estudos posteriores corroboraram a tese de Libet, de que a atividade cerebral precede e determina uma escolha consciente. "

Estudo a consciência humana, pesquisando em mim mesmo e observando o comportamento dos seres, há mais de 30 anos. Observo que na pesquisa acima os cientistas demonstram não saber a diferença de "consciência", "pensamento", "sentimento", "movimentos", "instintos" e funções sexuais.


A consciência está em outra dimensão, a inconsciência também, delas são encaminhadas as energias que por meio do cérebro comandam o corpo. Sobre a atividade motora ter reflexos que antecedem a tomada de decisão de uma pessoa, temos a questão que o corpo físico também tem sua consciência independente da nossa alma e isto é uma sabedoria da natureza para preservar a vida. Um cisco ameaça cair nos olhos e eles piscam para se proteger, sem ao menos a pessoa conseguir notar que o cisco existe. Os reflexos motores são e necessitam ser independentes para preservar a vida. Em situações de risco os reflexos agem e salvam uma vida sem que a pessoa tenha tempo de raciocinar. E o raciocínio, pensamento, não é a consciência!

Os pensamentos tem uma energia lenta, as emoções são mais velozes, o centro motriz também é muito veloz. O centro instintivo tem uma velocidade incrível, em duas horas faz a digestão de uma refeição sem a participação da consciência humana. Um trabalho de laboratório separando as propriedades nutritivas, excretando o que não serve, distribuindo as energias para os departamentos correspondentes do corpo. A energia sexual, em apenas nove meses, cria o universo que é um novo ser no ventre de uma mãe!

Soube que as diferentes velocidades dos centros da máquina humana foram descritas pelo filósofo e matemático russo, Piotr Demianovitch Ouspensky (1878 - 1947). 

As atividades relacionadas com a sabedoria corporal não eliminam as atividades da alma!

O corpo é um veículo para a manifestação de um Ser, uma alma. O livre arbítrio está na alma.

Como afirmei acima, a consciência não é o pensamento, nem as emoções e nem o corpo, está além. A consciência usa os pensamentos, emoções e o corpo, para se manifestar no mundo físico. O livre arbítrio está na consciência, é da alma. O corpo tem suas funções instintivas que muitas vezes se processam independente dos comandos da alma, mas isto não significa que a alma não tenha controle sobre o corpo. Minha respiração é instintiva, função do meu corpo, mas posso usar a consciência que sou e interferir na minha respiração a qualquer momento. Algumas funções instintivas naturalmente acontecem sem que a minha consciência tome parte delas.

Poderia aprofundar nesta questão, mas não vejo necessidade no momento. Posso estabelecer várias reflexões para contestar os resultados destes neurocientistas sobre o livre arbítrio, respeitosamente, mas não vou dedicar meu tempo a isto. Preciso seguir com este livro.

Estou aberto para compreensões diferentes da minha, desde que baseadas na educação.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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sexta-feira, 19 de janeiro de 2018


Continuando com o livre arbítrio (A Consciência) - cap.198

Não sou dono do corpo que habito, o tenho por empréstimo, por isto não tenho o direito de maltratá-lo. Antes devo a ele respeito, bons tratos e gratidão, pois ele me serve gentilmente para que eu esteja no mundo!

O barro que por hora me veste é da Mãe natureza e sempre foi, dela é o amor que me abriga o SER. Depois que eu me for ele voltará ao seio dela, Terra.


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Algumas crianças nasceram inválidas e não podem andar, algumas pessoas ficaram cegas, outras perderam a audição, outras adquiriram doenças graves, etc. De acordo com a condição física de cada um, o livre arbítrio fica limitado. Muitos, mesmo tendo vontade, não podem andar, não podem ver, não podem ouvir, não podem nadar, não podem trabalhar, etc.

Muitas outras pessoas estamos podendo andar, ver, ouvir, nadar, trabalhar, brincar, etc, e estamos usando do livre arbítrio para destruir o próprio fígado, para destruir o próprio estômago, para poluir a natureza, para enganar outras 
pessoas, para viver de forma egoísta, etc.

Sugiro que procuremos aproveitar ao máximo a nossa liberdade para praticar o amor, ajudando as pessoas necessitadas, de acordo com as nossa limitações. Visitar Asilos, Orfanatos, ajudar pessoas enfermas, dar alimento e vestimenta para pessoas carentes, etc. Acho importante agirmos enquanto ainda temos um pouco de saúde, talvez chegue um dia em que fiquemos em um leito de hospital e lamentemos ter usado a nossa liberdade apenas para o nosso interesse, egoísmo...

Dou estas sugestões e continuo fazendo o que falo. Todas as sextas, sábados e domingos dedico de duas a três horas escrevendo gratuitamente, oferecendo o que posso para servir os semelhantes; continuo visitando hospitais e fazendo atendimentos com a musicoterapia; continuo ajudando Asilos e Orfanatos, etc. Não estou falando da boca pra fora, estou sugerindo o que estou fazendo.



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Neste momento eu tenho a liberdade de ir para um bar e beber até ficar embriagado e perder a noção de onde estou, entretanto as consequências deste ato vão afetar os meus filhos. 

Meus filhos tem a liberdade de tomarem muitas decisões, mas estas decisões vão afetar pessoas ao redor, principalmente eu.

Estou cuidando da minha saúde há tempos e procuro me  aprimorar na arte de respeitar o meu corpo. Bebo água regularmente, faço exercícios físicos regularmente, limpo os pulmões regularmente, evito comer alimentos com conservantes, corantes, etc. Estou podendo usar meu livre arbítrio neste sentido. Estas minhas ações estão refletindo nos meus filhos e no meu trabalho. Raramente adoeço e por isto estou podendo cuidar melhor dos meus filhos e ter um melhor desempenho no exercício da minha profissão. 

Tudo o que fazemos afeta o universo ao nosso redor, consciente ou inconscientemente. Ao mesmo tempo que temos a nossa individualidade, somos parte de um único organismo, a Criação. Todos os seres somos um! Paradoxos.

Compreendo que o despertar da consciência nos leva a um caminho de harmonia, saúde, paz, liberdade, felicidade. Mesmo fazendo parte de uma humanidade que está passando por momentos muito difíceis, a consciência tem me proporcionado a paz em meu interior. Isto é o que sugiro, que despertemos a consciência.

Quanto mais consciência temos, melhor se torna a nossa saúde mental, emocional e física, e desta forma temos uma margem maior de livre arbítrio para usar em benefício do amor.

Uma pessoa consciente, diante de uma ofensa, tem auto-controle, tem serenidade, age no sentido da harmonia. Uma pessoa inconsciente, diante de uma ofensa, é vítima do seu ego, não age, "reage" com raiva!

Os egos diminuem a consciência e assim diminuem o livre arbítrio. Com os egos somos escravos da vaidade, do orgulho, da luxúria, do medo, do ciúmes, da arrogância, da intolerância, etc. Escravos não possuem liberdade. Os egos são mecânicos, hábitos.

Pessoas viciadas perdem o controle de si, são controladas por seus vícios. Uns somos controlados pelo vício da raiva, outros pelo vício do ciúmes, outros pela gula, outros pela preguiça, etc. E no final das contas todos temos muitos egos, em maior ou menor grau, somos escravos de muitos vícios psicológicos.

O livre arbítrio é a consciência, mas precisa de um corpo são para se expressar com plenitude. Despertar a consciência é deixar de ser escravo dos egos, tomar posse do livre arbítrio. Esta consciência nos leva a cuidar melhor do nosso corpo para podermos usar o nosso livre arbítrio no trabalho pelo bem comum, ajudar os demais seres a despertarem a consciência.

Voltarei a escrever amanhã.

Fraternalmente,


Ulisses Higino
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O respeito ao livre arbítrio (A Consciência) - cap.197

A caridade é uma religião cujo templo está em cada esquina, em cada olhar, nos hospitais, orfanatos, asilos, entre os sofredores, e em todo lugar onde o amor é bem-vindo. Seu evangelho é a boa vontade revestida de um sorriso e despida de egoísmo.

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Nos capítulos anteriores desenvolvi reflexões sobre o respeito, colocando quatro virtudes como sua base principal: paciência, tolerância, resignação, perdão e o respeito ao livre arbítrio.

Dentro do ambiente familiar geralmente acontecem muitas oportunidades para descobrirmos os egos que adormecem estas virtudes citadas acima, de modo que na família temos muitas oportunidades de descobrir estes egos, observá-los e podemos eliminar estes defeitos psicológicos para despertarmos as qualidades do respeito. Este trabalho é grandioso e muito bonito!

Os nossos pais nos protegem, nos educam, nos preparam para a vida. À medida que vamos crescendo vamos desenvolvendo habilidades que nos permitem usar o nosso livre arbítrio. Começamos a gatinhar, andar, correr, vamos ao quintal, vamos a padaria, vamos para a escola, vamos para a casa dos amigos, vamos para festas, começamos a trabalhar, começamos a namorar, etc. Inevitavelmente começamos a fazer nossas escolhas, cada vez com um grau de amplitude aumentado.

Qual o limite da liberdade?

Compreendo que só a consciência pode avaliar onde terminam nossos direitos e começam os direitos dos próximos, sejam familiares ou não. Quão maior o nível  de consciência, maior o nível de respeito para consigo mesmo e para com os demais.

Os pais tem direitos de interferirem nas decisões dos filhos?  Os filhos tem direitos de interferirem nas decisões dos pais? Esposa e esposo tem direitos de interferirem nas decisões uns dos outros? Irmãos tem direitos de interferirem nas decisões uns dos outros?

São muitas as variáveis, diferentes situações, diferentes contextos. A única regra que conheço para um bom viver chama-se "consciência".

O que prejudica as relações são os egos, o orgulho,  a prepotência, a ira, a arrogância, o medo, a vergonha, os ressentimentos, as competições, etc. Observando, descobrindo e eliminando os egos, vamos despertando as virtudes da alma e aprendendo a estabelecer relações harmoniosas, baseadas no respeito.

A humildade, a simplicidade, a serenidade, a gentileza, a coragem, a sinceridade, o perdão, a cooperação, a paciência, a tolerância, a resignação, o respeito ao livre arbítrio, e outras virtudes, são os valores que fazem com que o amor reine nas relações da pessoa que desperta a sua consciência.

Nas relações conscientes as duas partes buscam ceder quando necessário, buscam ver o ponto de vista alheio, se esforçam para ouvir na medida certa e falar na medida certa, estão dispostas a fazer esforços pela harmonia. Quando necessário sabem jogar a razão no lixo para preservar o amor!

No próximo capítulo farei mais reflexões sobre o livre arbítrio.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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domingo, 14 de janeiro de 2018

Justiça e injustiça (A Consciência) - cap.196

Buscas encontrar um fim ou se tornar o infinito?

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Compreendo que ser resignado não significa ser omisso, ser apático. Resignação é uma atitude inteligente que preserva a minha integridade espiritual e física.

Diante dos sofrimentos busco soluções, mas sem revolta, de forma serena. Sei que o sensato é manter-me resignado diante dos sofrimentos que já me atingiram, porém, seguir buscando a cura, buscando a harmonia, buscando a paz, até o fim!

Talvez os malfeitores de hoje sejam as vítimas de existências passadas, se vingando por não terem conseguido perdoar, presas no "olho por olho, dente por dente". Talvez os diabos de hoje sejam seres fazendo cumprir o carma de multidões. Talvez as pessoas que estão nascendo inválidas sejam os tiranos de outras existências, recebendo o que semearam. Bem, isto tudo é muito complexo... Em outras mensagens já fiz reflexões a respeito.

Observo que muitas pessoas aceitam a possibilidade de que na natureza os seres humanos colham os frutos dos seus atos, ou sejam, Carma e Dharma, ação e consequência. Mas, diante dos sofrimentos e injustiças esta pessoas reclamam, ficam com raiva! Incoerente, não é? Se aceitamos que existem consequências, então deveríamos compreender que as injustiças estão sendo consequências das nossas injustiças no passado!

Justiça ou injustiça? Depende do ponto de vista, depende da perspectiva com a qual olhamos.

Tenho vontade de combater a corrupção, mas não vou combatê-la xingando os corruptos, produzindo vandalismos, etc. Faço o que posso, dentro do que está ao meu alcance, buscando agir de forma educada e serena. Depois de ter feito tudo o que pude eu me mantenho em paz, no dia seguinte sigo buscando encontrar novas soluções.

Buscar a paz interior e exterior é um exercício de amor. Quando não consigo resultados compreendo que é porque as pessoas não estamos merecendo este resultado, quando consigo resultados compreendo que é porque tive o merecimento de ser o agente da cura, no momento que o Carma da pessoa terminou de ser pago.

Toda atitude agressiva na minha mente, nas minhas palavras e gestos, me contaminam e fazem com que eu tenha um centro mental doente, um centro emocional doente e um corpo físico doente. O culpado disto sou eu mesmo.

O mundo está cheio de diabos? Com certeza, eu sou um deles! Não estou aqui para combater diabos, compreendo que eles são reflexos das nossas inconsciências. Não escrevo para combater nada e ninguém, escrevo para estimular a busca pela harmonia interior e exterior, por meio da reflexão, da transformação.

Me educo para o despertar da consciência, consciência que é luz, harmonia, equilíbrio, saúde, paz, liberdade, felicidade! Sugiro o que estou praticando e que está me dando resultados: buscar a transformação pelo amor e não pela guerra. Buscar a sabedoria para transformar o que pode ser transformado e resignação para manter-me sereno enquanto vivo o sofrimento que não estou conseguindo mudar.

Em família temos muitas oportunidades de descobrir e eliminar os egos da ira e exercitar a resignação, um laboratório maravilhoso para o autoconhecimento!

Sugiro leituras e releituras destes capítulos que escrevi neste final de semana, e exercícios na vida prática para verificarmos se estas palavras podem ou não contribuir para o despertar da consciência.

Voltarei a escrever no próximo final de semana.

Fraternalmente,


Ulisses Higino
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A resignação e a serenidade (A Consciência) - cap.195

Quando conheço uma verdade, abraço uma porção da liberdade; quando abro os olhos da alma vislumbro uma porção do infinito!

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A virtude da serenidade a vejo como o estado natural do SER.

Como já falei a respeito, toda virtude se sustenta sobre a atenção, observação, auto-observação, reflexão, intuição, compreensão. A serenidade a vejo como uma base para todas as demais virtudes.

A ira é o defeito psicológico que adormece a virtude da serenidade. O ego da ira não tem sentido, destrói o seu criador e destrói o mundo ao redor. Digamos que uma pessoa é um pássaro e o seu universo exterior é o seu ninho. A ira destrói este pássaro por dentro e destrói o seu próprio ninho! Qual o sentido disto?

A ira se sustenta nos ressentimentos, na falta de resignação, no orgulho ferido, etc. Ira é revolta.

Quando não temos a resignação nos revoltamos.

Para combater a revolta eu reflito que deve haver uma razão de ser para os acontecimentos desagradáveis, confio que a consciência cósmica está no comando dos acontecimentos.

Como pode haver injustiça dentro de uma Consciência Cósmica capaz de criar todas as maravilhas nos reinos mineral, vegetal, humano; capaz de criar os os elementos terra, o fogo, a água, o ar; capaz de criar os Sistemas Solares, Galáxias, Universos? Capaz de criar um universo inimaginável dentro de células, moléculas, átomos? Com o poder de organizar o infinitamente grande e o infinitamente pequeno?

Porque crianças nascendo inválidas? Outras nascendo em berço de ouro? Seres sendo assassinados?

Confio que há uma razão de ser para todos os sofrimentos e reflito nesta questão para eliminar de mim a revolta e sustentar a virtude da "Resignação". Isto está funcionando para mim e me permitindo seguir uma vida de paz!

Porque nasci nesta família? Porque vivo certos sofrimentos inevitáveis? Porque estou preso ao lado de pessoas que estão me fazendo sofrer?

Depois de muito trabalhar sobre estas questões eu já não estou xingando malfeitores, injuriando políticos corruptos, ficando revoltado com os meus sofrimentos e com as injustiças sociais.

A resignação e a serenidade que dela brota são inteligentes! Deixo de ser vítima das circunstâncias da vida, deixo de ser manipulado pelos acontecimentos e passo a ser Senhor de mim mesmo.

Se as coisas vão bem fico feliz, se vão mal eu fico triste; se faz sol eu fico alegre, se chove eu fico triste; sexta-feira fico animado, segunda-feira me desanimo; etc. Se existem políticos corruptos eu fico revoltado, brigando, condenando, etc. Compreendo que agir assim é ser marionete, manipulável.

No próximo capítulo farei reflexões sobre as atitudes conscientes diante das aparentes injustiças da vida.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
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