sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Esclarecimentos sobre o capítulo anterior (A Consciência) - cap.205

O ego é um casulo, transformou a natureza em concreto...
Se surgissem as borboletas-almas o mundo seria um jardim!

---------------------------

No capítulo anterior, semana passada, falei sobre a dualidade nos relacionamentos, mas percebi que não deixei claro o exercício que foi o motivo principal do assunto.

O exercício é bem simples, uma questão de bom senso, nenhuma novidade.

"Em qualquer contato me posiciono de forma observadora para sentir o ambiente e a pessoa com a qual me relaciono. Depois, sabendo onde estou pisando, passo a interagir de acordo com a situação. Algumas pessoas mostram abertura e fico à vontade para brincar, sorrir, puxar assunto. Outras pessoas se mostram fechadas e então eu apenas me coloco de forma neutra. Algumas pessoas demonstram ser vaidosas, desejando ser o centro das atenções; outras são tímidas; outras são harmoniosas, demonstrando sensatez, sabendo falar e ouvir com atenção; etc. Em cada situação a consciência atua com a intuição, gerando harmonia, respeito, mas para tanto precisamos eliminar os egos, inconsciência que se apresentam nestas situações.

Antes de estabelecer este exercício, às vezes eu estava envolto em uma energia de alegria e brincava com as pessoas que encontrava pelo caminho, mesmo desconhecidas, nos mercados, padarias, etc. Quando me deparava com pessoas receptivas a situação ficava agradável, quando me deparava com pessoas que não  simpatizavam comigo, recebia tratamentos desagradáveis. Sair pelo dia exteriorizando o meu interior sem o cuidado de observar o ambiente, é uma forma de me expor com imprudência, me tornar vulnerável, assim eu tenho compreendido. A minha alegria é minha e se não tiver ninguém com quem compartilhar, eu a desfruto sozinho! Compartilho a minha alegria quando o exterior é propício, quando as pessoas estão receptivas. As pessoas não tem a obrigação de serem receptivas ao meu estado de espírito e eu me educo para respeitá-las. Da mesma forma, eu só compartilho das minhas tristezas com pessoas receptivas e confiáveis. Viver é um exercício de responsabilidade!

Algumas pessoas são gentis, de um modo geral, mas por vezes podem não estar em um bom dia. Mesmo diante de pessoas conhecidas, até mesmo meus filhos, estou me educando para sentir o estado psicológico destas pessoas antes de interagir com elas. Na hora de interagir busco usar a intuição que brota da atenção, consciência. A intuição comanda com muita sabedoria as ações do corpo, mas para tanto é preciso educar a mente para ser passiva, o centro emocional também, mantendo-o sereno, de modo que a consciência fique ativa. A prática da meditação é muito eficiente para que uma pessoa se acostume a interromper seus pensamentos, emoções e ações, ou seja, colocar-se no controle de si. Quando não temos o controle da "língua", frequentemente colocamos os pés pelas mãos e criamos desarmonias!

Este exercício, como falei, é uma questão de bom senso. Chegamos na casa de uma pessoa que não conhecemos e logo vamos dançando e sapateando? Se for uma família com pessoas retraídas, acanhadas, podemos sufocar o ser destas pessoas. Se nesta família alguém se sentir incomodado, pode ficar aborrecido e estaremos levando energias desagradáveis para este lar. Pode acontecer de haver uma afinidade entre todos e acontecer momentos muito prazerosos. Qual a postura mais sensata? De um modo geral, uso meu exercício, observar, ser gentil e prudente para agir intuitivamente de acordo com o momento. Observar primeiro, agir depois. 

Consciência é harmonia, equilíbrio, paz. O exercício deste capítulo é muito simples e tem me ajudado a viver em paz!

No próximo capítulo farei uma reflexão sobre as ferramentas  psicológicas.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
Facebook: A Luz da Consciência
ulisseshigino@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário