sábado, 13 de janeiro de 2018

Vivências intolerantes (A Consciência) - cap.192

Viver é estar diante da Esfinge, "Decifra-me" é o despertar da consciência, "Te Devoro" é o ego.

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Frequento um mercado aqui perto de minha casa, nele tem várias funcionárias nos caixas. Algumas me trataram de forma deselegante, arrogante, outras com gentileza.

Certa vez percebi que comecei a observar e selecionar em qual caixa iria, evitando as caixas que não me agradavam. Pela repetição estava criando um hábito, ego, fugir de um desprazer facilmente suportável e que não me causava danos. Então compreendi que deveria ir ao caixa mais vazio, independente de quem estivesse no caixa e assim passei a fazê-lo.

Se vou a um caixa onde a pessoa tem um comportamento que não me agrada, exercito a compreensão, a tolerância. As pessoas não existem para me agradar, elas são como são. Se todos me tratassem bem eu me tornaria uma pessoa vaidosa.

Devo agradecer quando encontro pessoas com as quais não tenho simpatia, me ajudam a exercitar a tolerância e a respeitar a vida como ela é, com suas dualidades.

O  comportamento destas pessoas, na maioria das vezes, é uma questão pessoal, elas nem me conhecem. Se comportam de acordo com seu nível de consciência.

Com este capítulo não estou dizendo que vou atrás de pessoas com as quais não tenho afinidades, de modo algum. Muitas das vezes eu realmente me distancio destas pessoas, pois não me fazem bem. Só estou refletindo que preciso estar em atenção para não criar novos egos, ter ações conscientes adequadas para cada circunstância. Em alguns momentos é saudável evitar certas pessoas, em outros momentos pode ser necessário fazer alguns sacrifícios para estar com estas mesmas pessoas. Como saber? Consciência!

A mesma fórmula pode funcionar em um momento e não servir para outro, a vida é uma verdade que se move em diferentes perspectivas, e todas estas geometrias dão sentido a consciência.

A vida é uma corda bamba se movimentando na dualidade constante de todas as coisas, a consciência é o equilíbrio, só se mantém havendo a atenção, reflexão, intuição e ação.

Consciência, na minha compreensão, é aprender a viver em harmonia diante do prazer ou desprazer, não ser vítima do exterior, ser senhor de si mesmo. Não consigo isto fugindo da vida!

No próximo capítulo farei reflexões sobre alguns inconvenientes familiares relacionados com este capítulo.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodesepertar.blogspot.com.br
Facebook: A Luz da Consciência
ulisseshigino@gmail.com 

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