sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

O respeito ao livre arbítrio (A Consciência) - cap.197

A caridade é uma religião cujo templo está em cada esquina, em cada olhar, nos hospitais, orfanatos, asilos, entre os sofredores, e em todo lugar onde o amor é bem-vindo. Seu evangelho é a boa vontade revestida de um sorriso e despida de egoísmo.

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Nos capítulos anteriores desenvolvi reflexões sobre o respeito, colocando quatro virtudes como sua base principal: paciência, tolerância, resignação, perdão e o respeito ao livre arbítrio.

Dentro do ambiente familiar geralmente acontecem muitas oportunidades para descobrirmos os egos que adormecem estas virtudes citadas acima, de modo que na família temos muitas oportunidades de descobrir estes egos, observá-los e podemos eliminar estes defeitos psicológicos para despertarmos as qualidades do respeito. Este trabalho é grandioso e muito bonito!

Os nossos pais nos protegem, nos educam, nos preparam para a vida. À medida que vamos crescendo vamos desenvolvendo habilidades que nos permitem usar o nosso livre arbítrio. Começamos a gatinhar, andar, correr, vamos ao quintal, vamos a padaria, vamos para a escola, vamos para a casa dos amigos, vamos para festas, começamos a trabalhar, começamos a namorar, etc. Inevitavelmente começamos a fazer nossas escolhas, cada vez com um grau de amplitude aumentado.

Qual o limite da liberdade?

Compreendo que só a consciência pode avaliar onde terminam nossos direitos e começam os direitos dos próximos, sejam familiares ou não. Quão maior o nível  de consciência, maior o nível de respeito para consigo mesmo e para com os demais.

Os pais tem direitos de interferirem nas decisões dos filhos?  Os filhos tem direitos de interferirem nas decisões dos pais? Esposa e esposo tem direitos de interferirem nas decisões uns dos outros? Irmãos tem direitos de interferirem nas decisões uns dos outros?

São muitas as variáveis, diferentes situações, diferentes contextos. A única regra que conheço para um bom viver chama-se "consciência".

O que prejudica as relações são os egos, o orgulho,  a prepotência, a ira, a arrogância, o medo, a vergonha, os ressentimentos, as competições, etc. Observando, descobrindo e eliminando os egos, vamos despertando as virtudes da alma e aprendendo a estabelecer relações harmoniosas, baseadas no respeito.

A humildade, a simplicidade, a serenidade, a gentileza, a coragem, a sinceridade, o perdão, a cooperação, a paciência, a tolerância, a resignação, o respeito ao livre arbítrio, e outras virtudes, são os valores que fazem com que o amor reine nas relações da pessoa que desperta a sua consciência.

Nas relações conscientes as duas partes buscam ceder quando necessário, buscam ver o ponto de vista alheio, se esforçam para ouvir na medida certa e falar na medida certa, estão dispostas a fazer esforços pela harmonia. Quando necessário sabem jogar a razão no lixo para preservar o amor!

No próximo capítulo farei mais reflexões sobre o livre arbítrio.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
Facebook: A Luz da Consciência
ulisseshigino@gmail.com

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