sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

A tolerância e a intolerância (A Consciência) - cap.190

A noite não tem fim, quando o escuro da inconsciência apaga a luz interior... Quem traz a noite dentro de si pode caminhar sobre o amanhecer exterior e ainda assim manter sua alma nas trevas. 

No despertar da consciência a luz do SER brota feita flor, e mesmo caminhando sobre o cemitério, ELE segue exalando o seu perfume!

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Compreendo que o despertar da consciência é o objetivo fundamental da existência humana e o ambiente familiar, geralmente, é a principal fonte onde podemos descobrir e eliminar muitos egos, despertando uma grande porção da nossa luz interior. Por este motivo vejo que é muito importante ressaltar a necessidade de sermos bem atentos ao nosso comportamento quando estamos em família.

Em família temos muitos egos para descobrir e eliminar.

Tolerar é suportar, aceitar com respeito o que não me agrada mas que está no limite do direito de ser da outra pessoa. Este limite é uma linha invisível que está relacionada com um contexto e só a consciência pode perceber onde ele começa e termina. Em algumas circunstâncias a situação a ser tolerada é bem clara.

Em família o exercício de tolerância é muito necessário.

Um familiar tem um comportamento que não me agrada, mas ele é livre para ser desta forma, então faço o exercício da tolerância, respeito. Toda a natureza é repleta de elementos que me agradam e outros que me desagradam, o  único que posso fazer em relação a isto é despertar a virtude da tolerância e viver em paz.

Para que a consciência se manifeste preciso praticar a atenção (observação) do exterior e do meu interior (auto-observação), a reflexão, buscar a compreensão e depois agir de acordo com a circunstância. Em determinadas circunstâncias a consciência se desdobra na paciência, noutras ela se manifesta com a humildade, em outras atua com o silêncio, em outras com a tolerância, etc.

Em um evento familiar observamos o que nos falam, o que ocorre externamente, o que falamos, o que sentimos, o que pensamos e ao identificarmos os nossos egos  podemos trabalhar para eliminá-los, colocando em cena a virtude correspondente.

A intolerância é causadora de muitas desarmonias.

Não toleramos a pratica religiosa do outro? Não toleramos a natureza da sexualidade do outro? Não toleramos a posição política do outro? Não toleramos a forma como o outro se veste?

Porque não toleramos? Vergonha? Orgulho? Inveja? Ciúmes? Medo? Preconceitos?

Os egos são um conjunto de inconsciências destrutivas, umas dando sentido as outras. Desatar estes nós é um trabalho individual e intransferível.

Voltarei a escrever amanhã e farei reflexões complementares sobre este assunto.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
Facebook: A Luz da Consciência
ulisseshigino@gmail.com

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