sábado, 13 de janeiro de 2018

Inconvenientes familiares (A Consciência) - cap.193

Quando mantenho um lago sereno nas emoções e pensamentos, as atitudes se tornam cristalinas e nelas se reflete o SER.

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Vivi situações onde tive que frequentar alguns ambientes, pressionado pela questão família. Nestes ambientes eu sofri muitos desprazeres emocionais na convivência com pessoas que sufocaram o meu SER.

Crianças e adultos neste ambiente me tratavam sutilmente como se eu não tivesse valor. Minhas conversas eram interrompidas enquanto os assuntos deles eram valorizados. Me colocavam com frequência como coadjuvante.

Vivi esta situação por anos e psicologicamente me sentia inferior. Quando tinha que ir nestes ambientes eu sofria por dentro, mas não conseguia evitar pela questão família, por ser inconsciente que estava preso a valores falsos.

Em meados de 2012 eu tive o início do despertar da consciência e muitas compreensões surgiram por meio de técnicas que foram desabrochando do meu interior, intuitivamente.

As pessoas são como são. Uns tem vontade de mudar e conseguem, outros não, e outros nem tem vontade de se transformar. 

Hoje em dia continuo tendo que estar ao lado de pessoas que não me escutam, elas tem a necessidade de falar e serem ouvidas, mas não tem consciência para respeitar o SER dos demais. Quando me manifesto estas pessoas me interrompem. Isto já não me incomoda.

Aprendi a me respeitar e não me sujeitar a estar com pessoas que me produzem desprazer psicológico e físico, a não ser que isto seja aceitável e me sirva de alimento para a "Tolerância". Pessoas com estas naturezas não tem a minha amizade profunda, são seres com os quais convivo e respeito. Isto é completamente normal. As pessoas não são obrigadas a terem afinidades comigo e eu não tenho obrigação de ter afinidades com ninguém, as afinidades são naturais.

Quando duas pessoas se dão bem, podem falar de grão de feijão, ou de bolinha de gude, ou falar qualquer besteira e ambas se sentem felizes uma com a outra. Quando alguém não valoriza o que falo e o meu jeito, não é porque minhas conversas não tem valor, o que ocorre é que não temos afinidades. Hoje estou tranquilo por compreender estas questões e não ser mais vulnerável. Minha auto-estima já não se abala por estas coisas.

Todas as experiências que passei foram muito importantes, me forçaram a buscar uma compreensão. Cheguei a ter muitos ressentimentos e raiva dos integrantes da família que me machucaram, hoje os agradeço, foram professores, duros e eficientes, me ajudaram a crescer muito psicologicamente!

Consciência é saber ouvir e saber falar, não sufocar o SER das pessoas e não permitir que sufoquem o nosso SER.

Hoje em dia, se eu entrar em uma família e for convidado para eventos sociais onde não me sinto bem, educadamente me sinto muito à vontade para recusar o convite, não tenho a necessidade de agradar as pessoas e nem de ser arrogante. Família não significa um ambiente de paraíso, é  apenas um ginásio psicológico com pessoas que se dão bem, com outras que são inimigas, com outras que se toleram respeitosamente. Vejo que a sociedade me incutiu muitas fantasias sobre a família que hoje eu estou eliminando.

A verdadeira família são todos os seres!

Na minha percepção a família como a criamos é um ambiente cheio de falsos valores, disfarces, mentiras, etc. Respeito as exceções. Somos todos seres humanos, familiares ou não, com muitas questões para serem resolvidas, muitos egos para serem eliminados. Algumas famílias são prisões onde acontecem torturas, outras são dádivas.

Da minha parte estou me educando para usar a vida para o meu despertar da consciência, vendo  tudo como lições, aprendizados, e é isto que eu recomendo. Sinto que cada um está na família que merece estar.

Tudo o que eu registro nestes livros são estímulos para reflexões, compreendo que cada um produz a sua sabedoria com o suor do seu trabalho psicológico. Vejo que a fórmula da felicidade está dentro de cada um. Escrevo oferecendo elementos para contribuir com o despertar da consciência, não estou dando a consciência. 

No próximo capítulo falarei um pouco sobre a virtude da resignação.

Fraternalmente,

Ulisses Higino

www.poesiasparaodesepertar.blogspot.com.br
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ulisseshigino@gmail.com 

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