domingo, 21 de janeiro de 2018

A dualidade nos relacionamentos (A Consciência) - cap.204

A música flutua sem a letra, a letra, sem a música, caminha em poesia

O amor flutua sem o homem, o homem, sem o amor, se arrasta em nostalgia...

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Uso uma ferramenta para não ser vítima da dualidade nos relacionamentos, mas ainda não domino esta técnica. Já falei sobre ela em outros momentos.

Sempre vamos nos relacionar com alguém, seja no elevador, sendo atendido nos caixas de supermercados, nos bancos, lotéricas, no ambiente de trabalho, em casa, pelas ruas, etc. Nestes locais sempre vamos encontrar pessoas com comportamentos que nos agradam e outras com comportamentos que não nos agradam, é a dualidade.

Diante de pessoas mal humoradas, arrogantes, mal educadas, muitos egos aparecem: impaciência, intolerância, raiva, orgulho ferido, ressentimentos, vingança, etc. Estas pessoas são  preciosas, nos ajudam a descobrir nossos egos, termos condições de observá-los, refletir sobre eles, compreender a falta de sentido para estes defeitos psicológicos e eliminá-los.

Quando comecei a criar uma disciplina para aproveitar estes momentos, frequentemente me esquecia e quando  estes momentos surgiam eu me identificava com os meus egos e vivia sofrendo, me vendo como vítima, remoendo, desejando me vingar dos maus tratos, etc. Depois de muitos tropeços eu passei a conseguir alguns resultados. Ainda não domino esta arte de aproveitar estas circunstâncias para o meu auto-conhecimento, mas já me alegro por ver resultados crescentes! Agora, quando estas circunstâncias aparecem, consigo me "lembrar" do trabalho psicológico que preciso realizar e vou deixando de ser vítima.

Muitas destas pessoas mal humoradas não me conhecem, seus atos são um problema delas, uma questão  íntima, não tem nada haver comigo. Talvez um dia se transformem, talvez não. Quando eu aprendo a lidar com estes momentos, mantendo-me sereno, reflexivo, agindo com gentileza, então passo a exercitar o domínio de mim mesmo.

A vida é repleta de pessoas de todos os tipos, agradáveis ou desagradáveis, aos nossos olhos. Quando aprendo a viver não me importando com isto, não "desejando" encontrar pessoas legais e "desejando" não ver pessoas ruins, então me liberto para viver a vida como ela é. Desejar o bom e fugir do ruim é viver como cachorro atrás do rabo, nunca vai alcançar, pois a vida é dual!

Muitas reflexões podem sair desta mensagem, isto é com cada pessoa. Estou apenas estimulando o estudo destas circunstâncias que acontecem diariamente, falando um pouco sobre elas, o assunto é muito profundo. A sabedoria sobre esta questão é fruto de exercícios na vida diária, reflexões, compreensões crescentes e fecundas que são resultados de trabalho íntimo. 

Voltarei a escrever no próximo final de semana.

Fraternalmente,


Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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