domingo, 19 de janeiro de 2020

Espelhos do SER (O amor) - cap.15

Verbo-coração ao falar, perfuma!

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Quando olho para os meus pensamentos me encontro, quando olhos para os meus sentimentos me encontro, quando olho para o meu corpo me encontro, quando olho o exterior me encontro... Não tenho como fugir de mim!

Diante de uma atitude de alguém eu fico com raiva e assim vejo-me, vejo a raiva em mim. Depois de trabalhar sobre esta inconsciência, diante da mesma atitude eu fico sereno e assim vejo a serenidade em mim. Mas sempre estou vendo a mim mesmo. Me vejo no exterior para poder conhecer-me a aprimorar-me como SER, descobrir minhas inconsciências e transformá-las em consciências.

Todas as reações que tenho caminhando na rua de pedra, na rua de terra, na avenida, me mostram quem eu sou. Todas as reações que tenho quando faço contato com um riacho, com um rio, com uma cachoeira, com o mar, me mostram partes de mim mesmo. Conversando com quem me agrada, ou com quem me desagrada, observo as minhas ações e reações e nelas vou olhando para mim.

Quando estou animado, quando estou desanimado, quando estou enamorado, quando sinto falta da energia afetiva, em todas as situações estou diante de mim e posso observar-me para conhecer-me.

Viver é caminhar dentro do SER que sou!

Os minerais, os vegetais, animais, seres humanos, a água, o ar, todos os astros, toda a criação são partes do espelho por onde me encontro comigo mesmo. Estou dentro de mim mesmo, eu sou um mistério buscando desvendar-se.

Neste instante, sentado, escrevendo estas palavras, estou observando-me, percebendo o SER que sou, refletindo, intuindo, observando a inspiração, a reflexão, a consciência além dos pensamentos e emoções.

Compreendo que do ponto de vista da formiga todo o universo é ela, do ponto de vista da gaivota todo o universo é ela, do ponto de vista de uma baleia todo o universo é ela, do ponto de vista de uma mulher o universo é ela.

Quanto mais eu me compreendo, mais eu compreendo a consciência nos seres semelhantes, mulheres e homens, e mais vou compreendendo toda a criação.

O amor, consciência, é tudo o que há! Percebo que toda a natureza se desdobra do amor para que ELE se descubra e ao encontrar-se se realize!

No próximo capítulo vou escrever sobre os propósitos do amor.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.

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