sexta-feira, 18 de março de 2016

Simplicidade ( Transmutando o Ego em Flor ) - cap.14

Alma irmã, espelho a refletir-me o SER, felicidade ao ver a luz do amor me permites ao mirar teus olhos.

Falar contigo é falar comigo, pois tu és Deus e eu sou teu eco!

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Compreendo ser muito importante o caminhar dentro da simplicidade. Havendo simplicidade temos uma melhor possibilidade de compreensão, assimilação e melhores condições para exercitar os princípios de um fenômeno, seja ele qual for.

Nos capítulos anteriores mencionei as características do ego: "memória", "desejo", "expectativa", "ansiedade", "impulsividade", "fantasias", "intransigência", "competitividade", "egoísmo", "insatisfação", "rigidez", "inflexibilidade", "desequilíbrio", "desarmonias", e o fato de que os defeitos psicológicos agem por associação, e somente um por vez atua no comando do corpo. 

A prática de viver em auto-observação de forma reflexiva no sentido do viver consciente nos permite descobrir o ego em suas diferentes manifestações e a sua falta de sentido.

Qual o sentido de alimentar memórias destrutivas? Ressentimentos, ciúmes, pornografias, cobiças, invejas, etc? Qual o sentido de desejar, havendo a compreensão de que o desejo é vício psicológico desnecessário, escravizando a consciência, quando podemos experimentar os prazeres da vida de forma harmoniosa e sem nos tornarmos dependentes deles? Se aprendemos a conduzir nossa vida pela vontade e não sermos conduzidos pelo desejo, aprendemos a viver sem as expectativas, sem a ansiedade, sem a impulsividade. Qual o sentido das fantasias se elas destroem o senso do real, a consciência? Qual o sentido da intransigência se todos temos a ensinar e a aprender uns com os outros? Qual o sentido da competição? Diminuir os demais? Um ganhando e todos os demais perdendo? Um feliz e todos os demais tristes? Onde está a inteligência de produzir frustrações em massa? Porquê não a cooperação, onde todos ganhamos juntos e ninguém perde? Qual o sentido do egoísmo se todos somos um? Se todos somos partículas de um grande TODO divino? Porquê ser rígido, se rigidez é a morte e a alma é o calor da vida? Vida em movimento? Porque viver em desequilíbrio se o equilíbrio é paz, saúde, felicidade, liberdade? Qual o sentido das desarmonias, se elas nos fazem infelizes?

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Voltando a simplicidade, uma prática que nos ajuda a transformar estes valores negativos, acima citados, em virtudes, é a "Auto-observação" aliada a "Reflexão no sentido do viver consciente" concentradas na sabedoria de realizar o despertar da consciência.

Podemos observar sem refletir, isto não serve. E podemos intelectualizar as coisas, identificados com o intelecto, pensamentos, isto não é reflexão. A reflexão é a análise conduzida pela alma, consciência, e ela não é pensamento, nem emoção, nem movimento.

Não posso começar como professor, sempre começo como aprendiz, errando, buscando compreender o como se faz. Tento andar de bicicleta caindo e voltando a cair, até aprender o equilíbrio. Auto-observação e reflexão consciente são práticas que podemos aprender e dominar, mas não logo no início, são fruto de trabalho.

No próximo capítulo vou aprofundar nestas reflexões.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

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