sexta-feira, 6 de setembro de 2019

A colmeia (A colmeia, as infiltrações e o desmame) - cap.01

Grande mãe que gestou a humanidade e que por ela tem sido flagelada, explorada, torturada... Grande mártir do Sistema Solar, Planeta Terra!

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* desconstruir as pequenas partes que compõe o todo. 


Se comparamos um ego (por exemplo a IRA) com uma colmeia, a ideia é irmos eliminando abelha por abelha (pequenas manifestações da IRA), assim vamos tirando aqueles que alimentam a abelha rainha, a enfraquecemos, acabamos com ela e a colmeia se desfaz!

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Joaquim Amortegui Valbuena é chamado de "Mestre Rabolú". Ele ensinou um exemplo que eu vejo como muito rico pra reflexão, condução da consciência no trabalho de eliminação dos egos.

Ele compara cada ego com uma árvore. Por exemplo, a Ira é uma árvore, o Orgulho é outra, etc. Existem pequenas manifestações da Ira, são as pequenas raízes, bem finas, podem ser quebradas com nossos dedos. Estas pequenas raízes absorvem os nutrientes da terra e conduzem para as raízes maiores, as que são mais firmes e sustentam a árvore. Não conseguimos cortar com as mãos estas raízes mais grossas, mas se formos retirando as raízes pequenas, aos poucos matamos a árvore!

Este é o ensinamento que ele deu, intitulado "detalhes". Eliminemos os detalhes dos egos.

A Ira, em seu aspecto grotesco, é muito forte, exerce um poder sobre nós, mas as pequenas manifestações da Ira nós temos condições de eliminar. E as pequenas manifestações alimentam a cabeça de Legião! Matando os "detalhes" matamos a árvore.

É difícil conter a energia da raiva em situações onde elas estão acostumadas a explodir e tomar conta do nosso corpo, mas temos condições de eliminar as várias pequenas manifestações da raiva.

Tropecei em um pequeno obstáculo, ao caminhar, tenho uma pequena expressão de raiva, do tipo: "que droga"! Ou algo assim. Posso ir freando estas atitudes inconscientes.

Estou almoçando e cai um pouco de molho na minha camisa. Neste momento tenho uma pequena reação de raiva. Não tem sentido eu brigar com o molho, e a camisa não voltará a ser como era, não há o que fazer. É ignorante eu ficar bravo, inútil, desperdício de energia! 

Digamos que eu tivesse cabelos longos e tivesse feito um penteado, uma escova, mas, começa a chover e a chuva desfaz o efeito do penteado... Neste momento fico com raiva da natureza!

Estou preparando meu sanduíche e o pão cai no chão... Fico com raiva.

Um carro passa em uma poça de água e a água suja atinge a minha calça...

Enfim, são várias as manifestações pequenas da raiva. São atitudes tolas, manias, defeitos psicológicos. Estes egos me fazem ficar brigando com o vento, com o Sol, com um contratempo qualquer, etc. Todas estas pequenas manifestações da Ira, se forem sendo desconstruídas, vão enfraquecendo as partes mais grotescas da Ira, e desta forma vou desconstruindo a árvore da Ira.

Este é um trabalho sobre uma vida, dia após dia, libertar a alma, despertar a consciência, eliminar ignorâncias, se tornar dono de si, auto-controle, autoconhecimento.

Sugiro leituras e releituras reflexivas sobre este capítulo, para que a consciência compreenda a sua aplicação em todos os outros egos. Orgulho, luxúria, ciúmes, prepotência, etc. Se vocês lerem de novo, desde o início, perceberão a mudança na compreensão, e se lerem umas duas ou três vezes, a compreensão crescerá ainda mais!

No próximo capítulo vou escrever sobre "As infiltrações".

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar


Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que foram escritos na sequência.

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