Enquanto o ser humano não parar de combater o mal com outro mal, seguiremos nos destruindo. Supostos justos contra supostos pecadores, todos atirando a primeira granada...
Não se alivia pimenta com pimenta! O amor harmoniza, e ele está na consciência.
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Após o meu divórcio eu fiquei sem carro. Passei a ir para as aulas caminhando ou de ônibus.
Inocentemente comecei a carregar o violão somente no ombro direito.
Depois de uns anos eu comecei a ter dores na coluna, dores e uma sensação de queimação nas costas. As dores foram aumentando a cada dia.
Certa vez, caminhando com o violão nos ombros, eu tive uma intuição de que o problema estava no peso do violão sobre o ombro. No mesmo momento tirei o violão do ombro e comecei a observar a dor.
Comprei um carrinho de mão e passei a transportar o violão no carrinho. As dores começaram a diminuir. Fiquei anos sem levar o violão nos ombros.
Eu fazia uma média de cinquenta flexões seguidas, com frequência. Depois que surgiram as dores eu não conseguia fazer duas! Qualquer pequeno esforço físico e as dores na coluna pioravam. O único que conseguia fazer eram alongamentos.
Comecei a fazer alongamentos mais elaborados, todos os dias, e com o tempo consegui fazer cinco flexões sem sentir dor. Então fui aumentando as flexões para dez, quinze até voltar a fazer as cinquenta. Depois consegui fazer exercícios de musculação em uma academia e comecei a fortalecer a musculatura.
Após alguns anos, pacientemente buscando me recuperar da lesão, eu comecei a esquecer da dor! Este é um ponto importante, "esquecer" da dor.
Neste caso eu vivi o processo do "desmame", só que ao contrário, fui recuperando a saúde muscular, aumentando a capacidade de suportar carga. Hoje em dia eu consigo carregar o violão nos ombros, mas tomo cuidado pra não voltar a lesionar meu ombro.
Voltando a falar sobre os ressentimentos, quando eu lembrava de algumas pessoas eu produzia emoções de raiva. Depois que aprendi a desconstruir os ressentimentos, aos poucos, eu posso ouvir falar sobre estas pessoas e já não me altero, fui me esquecendo das mágoas!
Mas, antes de ir esquecendo eu precisei compreender a falta de sentido para estes egos, e precisei desconstruir estes defeitos psicológicos que produzem ressentimentos.
Tenho uma lembrança de que já fui chocólatra, mas estes egos caíram no esquecimento. Com o tempo os egos que vão morrendo levam consigo as suas memórias... As experiências principais ficam!
Valorizo muito o despertar da consciência porque estou sofrendo muito para conquistá-lo aos poucos. Muitas vivências, muitas dores, muitas lágrimas...
No próximo final de semana voltarei a escrever e vou aprofundar as reflexões sobre o perdão.
Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com
Este livro é continuação do livro "A morte do ego e o despertar da consciência" e os outros que estão sendo escritos na sequência.
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