domingo, 24 de março de 2019

Organização para o despertar da consciência (Tristeza e Depressão) - cap.39

O urso interior, após acordar de uma hibernação, descobre que esteve dormindo ao redor dos milagres da vida, sonhando com a existência da fé. Um peixe no oceano, angustiado por descobrir se a água existe!

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Há uns dois anos, mais ou menos, venho buscando me educar para limpar o ar dos pulmões. Lembro-me algumas vezes e esqueço outras... Já consegui implantar uma disciplina e fazer vários alongamentos ao longo de cada semana, também já estou acostumando meu corpo com a ingestão de água regularmente, mas a limpeza dos pulmões eu ainda não havia conseguido uma disciplina que me ajudasse. Há uns poucos dias atrás eu me decidi fazer as respirações junto com os alongamentos, conforme sugeri neste livro, e então estou conseguindo fazer a limpeza dos pulmões de forma regular!

Sem uma estratégia eu tenho dificuldade de realizar seja o que for. Apesar da minha experiência eu ainda sou um aluno, estou me reeducando aos poucos. Estou trabalhando sobre a minha vida.

Os alongamentos eu os faço antes de iniciar as minhas aulas, e como dou muitas aulas por semana, faço os alongamentos várias vezes. 

Quando tenho vontade de implantar uma disciplina em minha vida, busco associar esta disciplina a alguma atividade que eu já realize com frequência. Desta forma, quando vou fazer a atividade que já faz parte da minha rotina, eu me lembro da atividade nova e a realizo, depois meu corpo se acostuma e incorpora a nova atividade. No caso da respiração eu ainda não tinha me atentado pra esta ideia tão simples que me surgiu escrevendo este livro.

Eu estou precisando retirar as massas da minha alimentação, mas meu organismo está muito acostumado com elas. Vou devagar, sei que precisarei ir aos poucos, comendo uma fruta e diminuindo a quantidade dos pães. Vou aumentando a dose de frutas e diminuindo a dose de pães. Aos poucos meu organismo se reeduca. Preciso ser paciente. Não tenho vontade de fazer uma mudança brusca e gerar sofrimento para o meu corpo. Sempre que possível faço a opção por uma mudança gradativa. Já mudei vários aspectos da minha alimentação, retirei muitos alimentos nocivos. Agora chegou o momento das massas. Vou devagar, um passo de cada vez.

Se temos vontade de desconstruir uma depressão, ou outros egos, sugiro que estabeleçamos estratégias e mudemos aos poucos a nossa forma de pensar, sentir e agir. Devagar.

Se a pessoa tem dificuldades de sair de casa, poderá estabelecer uma saída por semana, toda segunda, por exemplo. Uma caminhada curta. Quando conseguir a regularidade pode estabelecer umas duas caminhadas curtas por semana, depois três... Mudar aos poucos. O corpo foi condicionado a ficar em casa e haverá uma força subconsciente puxando-o para permanecer nesta rotina que a própria pessoa criou. A zona de conforto nos puxa!

Há dificuldades de trabalhar? Sugiro pequenos trabalhos, com pouca duração, uma vez por semana, depois duas, até que a pessoa vá se acostumando e possa ter uma atividade prolongada em um emprego.

Os egos são forças invisíveis, a força deles é a nossa força, nós os criamos. Nós temos muita força! Podemos usar esta força para nos transformarmos. Mas é preciso humildade, aceitar ajuda.

Cada caso é um caso. Se uma pessoa se dispor a conversar comigo, confiar, e me contar o que acontece, podemos juntos refletir sobre os possíveis valores inconscientes que estão aprisionando esta pessoa, e talvez eu possa ajudá-la. Mas esta pessoa precisa se abrir para a ajuda.

Para sermos ajudados precisamos encontrar pessoas nas quais confiemos, pessoas conscientes, responsáveis.

Estou trabalhando a desconstrução de egos desde os vinte e um anos, são 32 anos de experiências. O que estou relatando são frutos das minhas experiências pessoais.

Se uma pessoa não tem paciência para as mudanças, se deseja mudar de uma vez, talvez fracasse porque os egos estão muito fortes. Certas atitudes são como dar murro na ponta de pregos! Paciência, humildade, continuidade, perseverança.

Vários de meus alunos tem vontade de aprender a tocar violão, e gostam do aprendizado, mas não conseguem estudar. Digo-lhes para deixarem o violão fora da capa, em cima da cama. Quando forem dormir terão que retirar o violão da cama e então sugiro que toquem apenas dois minutos. No final da semana estes dois minutos farão uma grande diferença. Dois minutos é um esforço pequeno, é possível vencer a preguiça. Mas quando nos propomos a um estudo de vinte minutos, os egos colocam aversão, a resistência é maior! Muitos alunos que seguem meu conselho me falam o quanto funciona! Devagar, de grão em grão. O simples esforço de tirar o violão da capa para treinar é obstáculo que impede muitos de treinarem. 

No próximo capítulo vou encerrar este livro. 

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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ulisseshigino@gmail.com

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