domingo, 31 de março de 2019

Auto-observação psicológica (Meditação) cap.06

Não te amo, pois o amor não tem direção. Amo, logo, todos dentro dele estão! 

O amor não tem preferidos, é Sol, luz da vida, todos dela precisam. E ela não economiza de si, sua razão de ser é iluminar a todos que pelo caminho encontrar.

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O corpo é a nossa parte física, já os nossos pensamentos, emoções, a intuição, a nossa consciência, são a nossa parte psicológica.

O corpo está ligado a parte psicológica, e a parte psicológica está ligada ao corpo. Nós podemos observar a raiva observando o nosso corpo quando estamos nervosos(as), podemos observar o medo da mesma forma, etc. Podemos observar vários egos se manifestando em nossas falas, em nossos trejeitos faciais, etc. Se ficamos atentos ao nosso corpo vamos observando a nossa alma, pois toda a nossa parte psicológica vem desbocar no corpo!

Se ficarmos olhando para o nosso interior, para os pensamentos e emoções, poderemos ter muita dificuldade, pois os pensamentos e emoções são abstratos, energias sutis, maleáveis, como se fossem fantasmas. Por isto, durante o dia acho mais prudente prestar atenção ao corpo e olhar o psicológico refletido nele. Quando estivermos em casa, sentados ou deitados, com os olhos fechados, aí sim olhamos para o interior.

A auto-observação psicológica é o exercício de observar os próprios pensamentos e emoções e quando o fazemos, durante as atividades do dia a dia, precisamos dividir a nossa atenção. Uma parte da atenção fica para as tarefas que estamos fazendo, outra parte fica para olhar o que está acontecendo em nós, a forma que estamos agindo.

Fazemos a divisão da atenção em várias atividades do dia, por exemplo quando estamos dirigindo. Ao dirigir olhamos para a pista, ficamos atentos aos retrovisores, movemos o volante, pisamos na embreagem, freio, passamos as marchas, acionamos as setas, etc. Alguns ainda falam no celular, xingam as pessoas na rua, etc.

A auto-observação psicológica é uma atividade que precisamos nos acostumar a fazer, precisamos nos educar para ela, caso tenhamos vontade de aprendê-la.

Com este exercício vamos observar os nossos egos pensando e sentindo dentro de nós. As fantasias dos ciúmes, as luxúrias, os ressentimentos, os egos da vingança, as preocupações, os egos de orgulho, etc.

Cada ego é uma pessoa dentro de nós, pensa, sente a controla o nosso corpo. Quando um ego sai de cena entra outro, e nos tornamos outra pessoa. A ira tem pensamentos de raiva, emoções de raiva e gera atitudes em nosso corpo, gestos raivosos. Todos os outros egos fazem o mesmo.

Com a auto-observação observamos os egos, as nossas inconsciências e também podemos observar as virtudes da alma, a parcela de paciência que tenhamos, a parcela da humildade, etc. Mas, para perceber estas partes da consciência, virtudes, é preciso que tenhamos um bom nível de auto-consciência.

Ao percebermos um ego agindo, por exemplo a ira, sugiro que procuremos ver a sua falta de sentido, e se conseguirmos, poderemos ir interrompendo estes pensamentos e emoções, tirando assim o alimento destes egos. Parar de xingar mentalmente as pessoas, parar de desejar vinganças, etc. Desta forma estamos nos auto-observando, tirando alimento dos egos e despertando a nossa consciência. O trabalho para observar, refletir e compreender os egos, são feitos ao longo de muitos dias, muitas percepções.

A auto-observação durante o dia vai nos ajudando a parar com a agitação interior. São os egos que nos mantém agitados. Com este preparo, no nosso dia a dia, vamos ficando em melhores condições de fazer as práticas de meditação em casa.

Praticar a auto-observação durante o dia é um trabalho complementar pra a prática da meditação.

No próximo capítulo vou deixar um exercício para ajudar no combate da ansiedade.

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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