Observando a tristeza (Tristeza e Depressão) - cap.01

Sentei-me aos pés do Amor,
senti a presença do SER...
Um corpo perfumado pela própria essência interior!

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Não vejo como eliminarmos a dualidade, pois é uma lei da natureza que gera o movimento, e do movimento nasce a vida. Mas venho exercitando a busca pelo equilíbrio, com o despertar da consciência, eliminando os egos.

Meu corpo sofre as oscilações da dualidade, como qualquer outro, são momentos com a energia em alta e momentos com a energia em baixa. Nos momentos de baixa eu tenho percebido diferentes manifestações de tristeza e venho observando estas tristezas, as analisando para compreendê-las.

Certa vez uma onda de tristeza surgiu em mim e me trouxe certos sofrimentos psicológicos, depois de uns tempos ela se foi. Em outro momento ela veio novamente e eu novamente levei uma rasteira das emoções de tristeza. Quando houve uma reincidência eu percebi as repetições mecânicas dos pensamentos envolvidos na tristeza e eles começaram a perder o sentido por serem tão repetitivos. Os pensamentos gerados pelos egos parecem robôs, os mesmos argumentos gerando as mesmas emoções.

Nas minhas observações eu fui descobrindo que inicialmente uma onda de tristeza vinha e me derrubava, depois outra onda de tristeza vinha e após tantas horas, dia ou dias, eu a enfraquecia; depois eu fui percebendo que passei a gerar uma memória destas experiências interrompendo as tristezas e comecei a interromper a tristeza em menor espaço de tempo, até chegar em um ponto onde pude perceber o início de uma onda de tristeza. É mais fácil interromper uma energia em seu estágio inicial. 

No próximo capítulo vou escrever sobre as causas das tristezas.

Ulisses Higino
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