domingo, 3 de março de 2019

Emoções afetivas (Tristeza e Depressão) - cap.05

O monstro do medo é uma fantasia real que eu fui estimulado a criar e agora aprisiona a minha liberdade...

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Em outros textos eu fiz um relato de uma experiência que foi muito rica pra mim.

Certa época eu olhei para uma de minhas alunas e gerei uma energia de simpatia. Alimentei aquela energia e ela cresceu me fazendo ficar enamorado por aquela mulher.

Quando ela estava presente na sala tudo era um paraíso, quando ela não vinha pra aula eu ficava triste.

A convidei pra sair e ela educadamente me deu uma desculpa. Fiz o convite pela segunda e terceira vez e ela também se desculpou dizendo não poder. Então compreendi que ela não estava se sentindo atraída por mim e comecei a desfazer aquela energia afetiva, em respeito a ela.

Isto aconteceu ao longo de alguns meses.

Passado um tempo, no final de uma aula ela veio até mim e se despediu me beijando o rosto de uma forma diferente! Pensei que ela havia mudado de ideia e quando pude fiz um novo convite para sairmos. Desta vez ela aceitou.

Aconteceu um beijo e houve o início de um namoro que eu logo tive que interromper... Ao nos relacionarmos fora da sala de aula, percebi que nossas energias eram muito diferentes... Eu não conseguia gerar a energia afetiva por ela. Educadamente me expliquei e ficamos bons amigos até hoje.

A energia afetiva inicial foi gerada no meu centro emocional, eu projetei naquela amiga uma fantasia, mas a realidade era diferente. A energia cresceu e me envolveu, produzindo bonitos momentos enamorados! A energia foi real, criada por mim, estava no meu centro emocional. Mas foi motivada por uma fantasia! O meu relacionamento com ela era superficial, tipo professor e aluna, não a conhecia bem pra poder avaliar se teríamos ou não afinidades pra motivar um namoro.

Depois desta experiência nossa amizade continuou de forma harmoniosas. A mesma pessoa, na mesma sala, mas sem as energias afetivas, apenas uma amizade saudável.

Com esta e outras experiências eu fui compreendendo que todas as emoções que eu sinto são produzidas por mim, estimuladas por circunstâncias externas ou internas, são minhas. As energias emocionais podem se tornar muito fortes e eu posso perder o controle sobre elas. Preciso tomar cuidado para não me afogar nas ondas emocionais que eu mesmo crio! E preciso estar mais consciente e maduro para me permitir criar emoções afetivas por alguém.

No próximo capítulo vou escrever sobre os pensamentos e atitudes que geram emoções ou traços de caráter que podem durar anos ou a vida toda.

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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