Não sou movimento, corpo eu repouso, vou além...
Não sou sentimento, tranquilizo o peito, vou além...
Não sou pensamento, silencio a mente, mergulho no Ser que sou!
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Há tempos atrás eu almoçava de vez em quando em um restaurante vegetariano. Próximo ao caixa havia um balcão de sobremesas, sempre que ia pagar pela refeição visualizava as opções. Certa vez eu comprei um tipo de sobremesa.
Quando voltei ao restaurante em outro dia, ao ir para o caixa me veio a lembrança de ter comprado a sobremesa e a lembrança do tipo de sobremesa e do seu sabor. Senti um pequeno desejo e comprei novamente a mesma sobremesa, o mesmo sabor.
Nas próximas vezes que fui ao restaurante este desejo se fortaleceu porque eu o alimentei, não havia percebido o que estava acontecendo. Criei um ego, um desejo específico por um tipo de sobremesa. Haviam outros tipos de sobremesa mas eu tinha criado um hábito por uma só. Esta prática não foi muito longe porque na época eu já tinha uma certa experiência com diferentes egos e logo percebi o que estava acontecendo.
Foi relativamente fácil pra mim frear este ego, segurar este desejo, ele não chegou a ficar muito forte. Logo o enfraqueci e o tirei de mim. Nas próximas vezes que fui ao restaurante, depois de ter retirado este ego de mim, observei as sobremesas e já não tive mais os desejos.
No próximo capítulo farei reflexões sobre alguns cuidados com o fanatismo.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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