A natureza sempre nos acena, gestos de vida, com linguagem leve ou forte. Se a alma não aprende ela vem, nos repreende, com lições de morte...
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Se Krisnha, Buda, Jesus ou outros seres considerados divinos voltassem hoje, quem os reconheceria? Eles voltariam para estas religiões que criamos?
Se eu fosse um destes Mestres diria o seguinte:
Somos irmãos, sou mais velho que uns e existem outros mais velhos que eu, sou mais experiente que uns mas existem outros com mais sabedoria que eu.
Irmãos mais novos, estou ao lado para apoiar, mas à medida que cresçam precisam ir tomando conta da própria vida. Precisam decidir por si, precisam errar para aprender a acertar, precisam cair em tentação para aprender o valor da virtude, precisam construir sua própria sabedoria. Se eu lhes proteger dos erros vou destruí-los.
Um bebê precisa ser exposto, ter contato com as enfermidades para desenvolver resistência, anticorpos. Viver é um risco, o bebê poderá morrer ou não. Assim também digo em relação a nossas vidas, temos que ter nossas experiências, não podemos nos esconder atrás das palavras de um professor (mestre), se resolvermos seguir suas orientações isto é por nossa conta e risco.
Não me sigam, aprendam comigo mas sejam os donos de seus destinos, sigam seus corações! Não se anulem por minha causa, não falem por mim, falem por vocês. Sugiro que aprendamos uns com os outros, a sabedoria está nos pássaros, nos rios, nas plantas, nas crianças, no lar, no trabalho, em toda parte.
Não tentem converter as demais pessoas, respeitem as expressões religiosas de cada um, não sigam espalhando minhas palavras, espalhem a sua compreensão, o que sentirem que devam compartilhar, sejam responsáveis por suas palavras.
E estas minhas orientações? Questionem, sempre com um pé atrás, nunca me tenham como o certo, todos podemos errar.
No próximo capítulo continuarei meu discurso como se eu fosse um mestre.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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