Não me apego as ideias para não me acorrentar aos conceitos, sou livre para me movimentar na estrada movediça da compreensão!
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Em uma época, anos atrás, trabalhava em um clube. Neste clube havia um quiosque que vendia açaí e alguns dos meus alunos começaram a chegar na sala de aula com o sorvete.
Um dia, antes da aula, fui até o quiosque e comprei um açaí com granola, doce de leite e outros complementos.
Dava aulas neste clube toda terça e quinta, nestes dias me veio a lembrança do açaí e surgiu o desejo de sentir novamente o prazer pelo sorvete. Após algumas repetições o desejo foi se fortalecendo e me dominando, terças e quintas, um ego estava criado, comecei a me escravizar.
Quando me dei conta que estava criando um ego comecei a trabalhar para me livrar dele, não foi tão simples, o desejo havia se desenvolvido um pouco. Para não sofrer muito usei de estratégia.
Percebi que o principal atrativo era o doce de leite sobre o açaí, então eu continuei comprando o sorvete mas sem o doce de leite, apenas com a granola. Depois de algumas vezes eu substitui o açaí por um pote de saladas de frutas e mantive a granola, depois tirei a granola e fiquei apenas com a salada de frutas, depois fiquei livre. As frutas não me geram dependência, podia tirá-las à vontade.
Para tirar este ego fiz algumas reflexões analisando os prejuízos de consumir o doce de leite, um produto industrializado com alto nível de açúcar, etc. Procuro tirar o sentido dos egos que estou eliminando e em cada situação trabalho perspectivas diferentes, cada ego é um caso à parte.
Hoje em dia já consumi o sorvete de açaí em algumas circunstâncias, apenas com a granola. O açaí e a granola não me geram dependência.
No próximo capítulo vou relatar o nascimento de outro ego da gula.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
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