Por volta de 1991 eu vim para o Distrito Federal, região Centro-Oeste, na minha peregrinação de onze anos com trabalhos voluntários. Conheci algumas pessoas e fiz algumas amizades. Depois de ter ficado por um ano e meio nesta região eu viajei para o Nordeste, para a Capital de Sergipe, Aracajú.
Também fiquei por um ano e meio em Sergipe e depois viajei para o Estado Pernambuco, onde fui fazer trabalhos voluntários em Recife.
De Recife eu fiz algumas viagens curtas para a Paraíba, para Teresina e para o interior de Pernambuco, na cidade Caruarú.
Caruarú é uma cidade grande e lá tem a famosa feira popular, a Feira de Caruarú. Nos poucos dias que fiquei em Caruarú eu fui conhecer a Feira de Caruarú e na saída da Feira eu encontrei aquele jovem que conheci no Distrito Federal.
Encontrar alguém conhecido na movimentada Feira de Caruarú é algo inusitado... Movimentos sincronizados, um instante antes ou depois e o encontro não acontece! Aquele amigo me contou que quando eu saí do Distrito Federal ele se casou, mudou para o Rio de Janeiro e depois de tanto tempo estava de passagem em Caruarú, passeando... Eu fui pra Sergipe, depois pra Recife, e depois de umas viagens fui pra Caruarú... Duas pessoas se encontrando na Feira de Caruarú, por acaso, no meio de milhares de outras pessoas? Pessoas que moram em regiões bem distantes uma da outra, pessoas que haviam perdido os contatos entre si, pessoas viajando por acaso em uma cidade que não conheciam...
Este e outros acontecimentos parecidos vieram na minha existência e quando os reconstruí, reflexivamente, passaram a me dizer algo sobre o poder da natureza de promover sincronicidades incríveis!
Estes acontecimentos, considerados isoladamente, podem passar apenas como acasos incríveis, mas no contexto da minha vida são fatos muito significativos.
Amanhã vou construir algumas reflexões relacionadas com este capítulo.
Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com
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