domingo, 10 de maio de 2020

Sincronicidade 05 (Deus Beija-Flor) cap.18

Meu pai, já falecido, quando era militar, em uma época como barbeiro em uma delegacia, cortando cabelo e fazendo barba dos outros militares.

Quando eu estava nos meus onze anos de peregrinação pelo Brasil, realizando trabalhos voluntários, estive em Minas Gerais, na cidade Poço de Caldas. Um casal de amigos que moram em São Paulo souberam que eu estava em Minas e para me ajudar me enviaram uma máquina de cortar cabelo com uma tesoura e pente, pelos Correios, para eu aprender a cortar cabelos e ter uma profissão pra sobreviver em Minas.

Eu fiz algumas visitas em uma comunidade pobre em uma fazenda e me ofereci para cortar o cabelo das pessoas que moravam lá, gratuitamente. Aprendi a cortar cabelo oferecendo solidariedade.

Saí pelas ruas de Poços de Caldas procurando um lugar pra cortar cabelo. Entrei em uma galeria, soube de uma sala desocupada e fiz uma proposta para o gerente, de montar um salão de cabeleireiro dando uma porcentagem de cada corte como pagamento do aluguel, ele aceitou.

Ficamos conversando assuntos triviais e de repente ele teve uma ideia e me disse: Temos um depósito aqui, vamos lá ver se tem algo que te sirva? Chegamos lá e havia uma cadeira de lavar cabelo e um espelho de cabeleireiro! Sincronicidades? Acaso?

Eu não tinha condições de comprar nada, nem tinha dinheiro pra pagar um aluguel, só tinha uma máquina de cortar, uma tesoura e um pente...

Montei um salão, consegui alugar um apartamento, pagar aluguel e viver dignamente na cidade. Virei um cabeleireiro! Genética do meu pai? Acaso? Meu Deus Beija-Flor foi arquitetando o que pôde pra eu seguir o meu caminho com o despertar da consciência? Sincronicidades? Porque aquele casal me deu uma máquina de cortar cabelo?

No próximo capítulo vou relatar uma experiência afetiva.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com

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