Silêncio
Ao buscar o universo, fui atrás do infinito... Encontrei-o no silêncio... Deus!
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Ao longo da existência da humanidade, cada pessoa deu a sua contribuição na construção de um conjunto de valores que chamamos de cultura. E a cultura, criada por nós, passou a ser um padrão para conduzir os nossos comportamentos... O criador sendo manipulado por sua criatura!
Os egos são defeitos psicológicos que se tornaram culturais. Uma pessoa que elimine seus egos passa a se tornar uma pessoa estranha, fora dos padrões, não se encaixa, deixa de ser previsível.
As pessoas mais sensatas percebem esta escravidão e começam a mudar os padrões, começam a criar novos valores que vão se incorporando a velha cultura e transformando-a.
Se eu estou fora dos padrões fico sem jeito e sinto "vergonha", a vergonha está relacionada com os egos do "orgulho" que não querem ficar por baixo, não querem se sentir inferiores, e para me manter nos padrões eu busco ser como os demais. Ao me comportar, vestir, pensar como os demais, sou influenciado pelo forte vício da "competição" e "desejo" me vestir melhor, falar melhor, pensar melhor, agir melhor. E quando sinto que estou bem desejo que me vejam, que me notem, que me admirem, que me elogiem.
A vaidade também se relaciona com os egos de competição.
Uma pessoa que desenvolve a simplicidade e desconstrói os egos da vergonha, não se importa mais com o que os outros vão ou não pensar, não se importa mais em ser admirada e elogiada, ela já está feliz consigo mesma!
Os egos são ilusões, fantasias, inconsciências. A principal forma de desconstruir os egos, na minha compreensão, é a observação, reflexão e compreensão, até descobrir que os egos não fazem sentido nenhum em nossas vidas! Depois que descobrimos que eles não tem sentido nos resta o trabalho paciente de mudar o nosso comportamento condicionado a tantos anos, pouco a pouco.
No próximo capítulo vou escrever sobre a vaidade e as competições.
Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com
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