domingo, 3 de maio de 2020

Reflexão Poética (Deus) cap.06

O amor não tem sabor, não provoca desejos... Deliciosamente puro, deliciosamente flor!

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Como eu disse, esta é a poesia com a qual iniciei o primeiro livro intitulado "Poesias Para o Despertar", que também ficou sendo o nome desta página onde eu publico todos os demais livros sobre o despertar da consciência.

"O amor não tem sabor..." - O amor é a consciência, e a consciência é uma energia que não tem cheiro, nem forma, nem cor. A frase diz que a consciência não tem sabor, ou seja, não tem um gosto, não tem uma forma, um cheiro, não afeta os nossos cinco sentidos, visão, audição, olfato, tato e paladar. A consciência afeta a alma.

O sabor nos estimula a criarmos lembranças dele, e repetindo a experiência deste sabor, agradável ou desagradável, criamos o "DESEJO" de reviver o prazer (se for agradável) ou o desejo de fugir do desprazer (se for desagradável).

O desejo gera expectativa, a expectativa gera ansiedade, a ansiedade desequilibra, é o ego (consciência adormecida).

Os egos (inconsciência/vícios psicológicos) geram pensamentos/emoções/atitudes equivocadas que nos fazem criar sofrimentos.

Os egos do ciúmes, raiva, medo, orgulho, inveja, arrogância, o racismo, a homofobia, o machismo e todos os demais preconceitos, e todos os outros vícios psicológicos inconscientes, geram os sofrimentos que criamos neste planeta. Abuso nas relações, estupros, agressão à natureza, pobreza, miséria, corrupções, etc, etc, etc.

A poesia diz que a consciência não tem sabor, logo, não provoca "DESEJOS" (egos), por isto é "deliciosamente pura, deliciosamente flor".

As flores são a representação simbólica das virtudes da alma: paciência, tolerância, desapego, perdão, humildade, simplicidade, serenidade, etc, etc, etc.

Enquanto os egos destroem, as virtudes (consciência) harmonizam, constroem, recuperam, revitalizam. O amor trabalha pela vida!

"O amor não tem sabor, não provoca desejos... Deliciosamente puro, deliciosamente flor!"

A pureza é a ausência do ego. A palavra delícia normalmente é usada para se referir a algo que produz prazer, mas na metáfora desta poesia é um paradoxo, "deliciosamente pura", pois a pureza não produz o prazer físico e sim um prazer na alma, um prazer que transcende, que não gera desejo. O deliciosamente puro é sublime, divino!

Continuarei no próximo capítulo.

Ulisses Higino
Poesias Para o Despertar
ulisseshigino@gmail.com

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