sábado, 7 de outubro de 2017

O Buda (A Consciência) - cap.90

O tempo são as pegadas do viajante imortal dentro da eternidade!

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Tenho três filhos que moram comigo, um casal de gêmeos e uma moça. São adultos mas ainda dependem de mim.

Até hoje eu não os abandonei, desde que nasceram. Se um dia eu fizer isto estarei manchando a minha consciência e compreendo que terei que me retratar.

A história diz que Buda, após certas experiências de vida, conhecendo a pobreza, a doença e a morte, abandonou sua esposa, seu filho recém nascido, seus pais e seguiu para buscar respostas existenciais. Pelo que li, ele fugiu sem dar satisfações. Depois de muito tempo peregrinando e meditando, chegou a iluminação.

Não soube se Buda deixou registrado seus pedidos de desculpas por ter abandonado sua esposa com seu filho pequeno e por ter abandonado seus pais.

Acho muito interessante e valiosos os ensinamentos que li sobre o Buda. Mas não aprovo esta atitude de abandonar suas responsabilidades, sua família.

Busco a iluminação mas não vou abandonar meus filhos pra alcançar este objetivo. Minha peregrinação é nas estradas da vida que tem veredas na minha cozinha, no meu trabalho, nas minhas contas a pagar, nas pessoas que me ofendem e agridem, nas minhas doenças, etc. Meus próprios filhos são parte deste caminho em busca da iluminação.

Talvez eu esteja equivocado, mas a minha visão é esta. Se alguém puder me orientar, caso sinta que eu esteja errado, peço que por gentileza o faça. Sei da minha capacidade de educação e peço o mesmo, que falem comigo de forma educada e não de forma arrogante, prepotente, fanática, defendendo fanaticamente crenças espirituais. Prezo pela conversa sensata, educada, franca, desprovida de intenções religiosas, políticas, etc.

Talvez tudo o que dizem de Buda seja errado, ou parte, talvez ele tenha voltado e pedido desculpas pra sua família, pelo seu ato, talvez não. Eu não confio no que escrevem.

Não estou criticando Buda e ninguém, estou refletindo de forma amigável. Aonde está a verdade? Eu não sei. Talvez eu esteja errado.

Sigo o que vejo como verdade  pra mim, mas a minha verdade é minha, somente minha. Cada um constrói a sua verdade e assume os riscos de suas convicções. Se alguém usar das minhas palavras, peço que fale em seu próprio nome e não em meu nome.

Como já mencionei, de uns tempos pra cá minha consciência deixou de ser bajuladora de personalidades. Não sou bajulador do ex.presidente dos EUA, Obama, não bajulo Gandhi, nem o Einstein, nem ninguém. Busco o que posso aprender com as pessoas, sejam boas ou más, amigos ou inimigos.

Aprendi muito com o que a história registrou dizendo ser ensinamentos de Cristo, Buda, Krishna e outros iluminados,  porém também vejo equívocos.  O que há de bom retiro pra mim, o que há de ruim eu separo. Não tenho vontade de ser manipulado pela história, ou por tendências, ou pela mídia, ou pelo que a maioria diz.

Já tive e continuo tendo minhas experiências espirituais, tenho vivências intuitivas e também respeito meu intelecto. Busco o equilíbrio, razão e coração.

Voltarei a escrever amanhã.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
Facebook: A Luz da Consciência

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