Meus versos são veredas de um caminho
Os passos que o percorrem, Ser que sou
Teus olhos, na porteira em tua alma
Decidem se este Ser pode entrar
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Se uma pessoa qualquer vier falar comigo e não mostrar seu rosto e passar a me dar instruções sobre um bom viver, vou pedir a ela que se mostre. Caso não se mostre eu até poderei ouvir o que esta pessoa diz e ficar atento para ver se posso aprender com alguma frase, ou seja, buscar ver o que me serve e separar o que não me serve. O mais provável de acontecer é que eu irei me distanciar desta pessoa, pois como poderei confiar em uma pessoa que não se mostra?
Algum de vocês, leitoras, leitores, deixariam seus filhos pequenos ficarem na internet conversando com pessoas que vocês não conhecem? E vocês, se por algum motivo estiverem se relacionando com alguém, virtualmente, não irão buscar conhecer esta pessoa no mundo real? Isto não é prudente?
Respeito o Espiritismo, mas compreendo que me educou para ser passivo, para ser conduzido por forças que desconheço. Isto vai contra o que compreendo ser a consciência.
Alguma pessoa vai deixar outra entrar no seu carro, sem conhecê-la, e deixar que esta pessoa leve o carro para onde ela tiver vontade de ir? Bem, pode ser que seja possível entidades de outras dimensões conduzirem o corpo de pessoas vivas, se isto acontece eu não vejo consciência no ato. Cada corpo, na minha compreensão, é sagrado! Se uma entidade tem vontade de se manifestar no mundo, vejo que o melhor é que volte a nascer por aqui.
Faço estas reflexões serenamente e com educação, mas sei que algumas pessoas podem receber estas palavras como sendo ofensivas. Se para os demais minhas palavras não tem sentido, não há problemas, basta não considerá-las. Eu não falo para atacar, falo para compartilhar compreensões, e como já disse, estou me referindo ao que o espiritismo fez comigo. Compreendo que tenho pleno direito de me referir a todas as instituições espirituais que interferiram na minha forma de pensar, direta ou indiretamente. Tudo o que é feito neste planeta afeta a todos nós! Portanto, compreendo que todos temos o direito de refletir sobre tudo, mas acho que é prudente sermos educados.
Se um espírito tem vontade de falar comigo eu peço que se mostre, que se materialize, que apareça, mas não venha usar meu corpo, pois eu não dou consentimento. E se tiver vontade de me encontrar em outra dimensão, bem, aí eu poderei estar vulnerável, pois não conheço e não tenho experiências para me manifestar em outros mundos.
Como disse, tenho certeza que manifestações mediúnicas, transes, existem dentro de todas as instituições espirituais, porém são denominadas de formas diferentes.
Estou errado ou certo? Não estou escrevendo para dar verdades e não tenho vontade de mudar opiniões, estou compartilhando minhas percepções e buscando aprofundar a minha consciência sobre o assunto.
O mundo já me bombardeou com informações de todas as religiões e outras instituições espirituais, e não vieram com palavras do tipo: "reflita, veja se é verdade". As mensagens, grande maioria, me chegaram como sendo a expressão da verdade, claramente tendenciosas a me conduzirem, a manipularem meus pensamentos e atitudes. Isto acontece comigo desde a adolescência, quando comecei a buscar verdades por meio das leituras. Agora estou apenas exercitando o meu direito de também compartilhar minhas compreensões, porém, faço questão de enfatizar que não estou dando verdades, estou refletindo e me abrindo para conversas educadas. Tenho vontade de crescer! De aprender com as pessoas!
No próximo capítulo farei reflexões sobre o "permitir-se ser manipulado".
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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