sábado, 1 de abril de 2017

Prisões cruéis (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.228

Vejo a vida como uma história mágica escrita pelo verbo criador. As letras são as pedras, plantas, pássaros, mulheres, homens... Somos  a cristalização de um verbo divino, somos todos partes de uma história de amor!

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Me parece delicado falar da possibilidade de cada um estar colhendo o que semeou... Como dizer que uma pessoa com sérias limitações físicas está colhendo o que fez no passado? Não seria o mesmo que estar condenando esta pessoa? Dizendo que ela foi culpada?

Muitos seres humanos queimaram outros seres humanos, vivos.. Muitos seres humanos assassinaram, roubaram, agrediram, estupraram, etc. Estes vão nascer novamente sem colher as consequências para estes atos?

Qual a explicação para as crianças que nascem deficientes, outras que nascem vegetando, etc? Esta natureza tão perfeita é cruel?

Como alguém pode ferir outrem sem que esta pessoa tenha o merecimento? Me parece que existe uma equação complexa na natureza ajustando os destinos para que cada um se encontre com o bem ou o mal que escreveu pra si.

Algumas pessoas estão em prisões duras, sem condições de trabalhar pelo despertar da consciência. Uns por estarem em um leito e não conseguirem falar, outros por estarem sem condições de controlar o centro intelectual, etc. Existem problemas muito sérios que talvez sejam prisões para o resto da existência de uma pessoa.

Por todos os lados eu vejo pessoas com um certo grau de liberdade, podem correr, sorrir, conversar, viajar, se divertir, etc, e muitas destas pessoas eu não as vejo dispostas a usar a liberdade que tem para ajudar outros seres... Estas pessoas, supostamente livres, estão escravas do egoísmo!

Para estas pessoas a prioridade é um churrasco, um futebol, um encontro em família, com os amigos, uma viajem, etc. Quando se trata de fazer algo pelos semelhantes a agenda está cheia... "Não posso, tenho um compromisso", "Não posso, vou ao futebol", etc. Por vezes fazem um gesto de amor, quando é conveniente e não interfere nos interesses pessoais. 

Se não reservamos parte da nossa liberdade para o amor agir, deixando toda ela para o ego, talvez, em uma provável próxima existência venhamos a nascer com limitações físicas e lamentemos...

No próximo capítulo farei reflexões sobre o oportunismo do amor.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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