domingo, 2 de abril de 2017

Amor que liberta (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.230

Compreendo que a piada que destrói não é motivo de riso, mas de lamento, lamentar a condição humana que ridiculariza a si própria por estar cega para a verdade de que o outro é reflexo do SER que somos!

--------------------------------

Tenho observado que para atuar com qualquer virtude é preciso o estado de atenção, observação, auto-observação, reflexão, e a busca pela compreensão para depois ter uma atitude consciente. Esta postura não é uma tendência, requer a energia da vontade.

As virtudes sempre atuam no sentido da harmonia, equilíbrio, para estabelecer a paz, voltadas para o bem estar geral. Elas não são tendências, são o oposto delas.

Em um jardim a tendência é crescer o mato e ele escraviza, sufoca. Um jardim florido, bem cuidado, não é fruto de uma tendência, é fruto de um trabalho, vontade, cuidado, amor.

Os egos, todos eles, são tendências, hábitos, escravizam. As virtudes são jardim, para estarem presentes é necessário trabalho contínuo, presença, atenção, vontade, amor.

Tratar mal aos outros é uma tendência, ficamos viciados em ser assim; ser paciente é fruto de trabalho. O ego é como se o nosso corpo fosse um carro e colocássemos no piloto automático, então as reações são mecânicas. A consciência é como um piloto atencioso e concentrado, prudente, livre para mudar seu rumo, atento a si e aos demais ao redor.

O ego é como uma substância que cola sobre a alma, adere, sufoca. A consciência não tem aderência, não aprisiona.

A virtude é mágica, lança uma flor que nasce em uma situação, perfuma e desaparece sem deixar rastros! A flor que brota da consciência não murcha, o SER se alimenta dela, a absorve. Se agimos com a virtude da paciência, ela é uma flor esculpida com a energia da consciência, metaforicamente falando. 

A consciência não aprisiona as energias que usa para se manifestar, pelo olhar, pelo verbo, pelos movimentos, etc. O ego em  si é uma energia que ficou condicionada em nossa alma, é um ser artificial, um hábito.

O ego é uma tendência, a consciência é liberdade. Podemos criar um ego que imite uma virtude, por interesses, comportamentos falsos.

A paciência não escraviza, a tolerância não escraviza, a humildade não escraviza, etc. Ao contrário das virtudes, todos os egos são hábitos e todos escravizam.

No próximo capítulo farei outras reflexões sobre a consciência e o ego.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
Facebook: A Luz da Consciência

Nenhum comentário:

Postar um comentário