domingo, 16 de abril de 2017

Como lidar com a loucura? ( Cristo ) - cap.15

Busco fazer da minha boca um jardim e da minha consciência um jardineiro fiel.

Trabalho para retirar as ervas daninhas, com o amor e fazer do verbo um perfume que ilumina!

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Visito com regularidade um Hospital de Enfermos Mentais, faço um trabalho gratuito com a musicoterapia, me oferecendo para levar amor para as pessoas internadas, dentro das minhas limitações.

Certa vez um dos enfermos, depois de ter sido atendido por mim, me abraçou carinhosamente e me beijou o rosto. Recebi aquele gesto como um sinal de gratidão. Ele é um homem, talvez mais velho que eu, estava barbado e como os demais internados não tinha um ambiente e tratamento digno naquele Hospital Público.

Depois de não tê-lo visto mais, nas próximas visitas que fiz, em uma certa ocasião eu o encontrei de novo internado. Desta vez ele me viu e apontou o dedo pra mim dizendo que eu era mau e fez outras colocações demonstrando que estava delirando... 

A mesma pessoa, reações bem diferentes. É possível ficar chateado com isto? Ele estava doente.

Na minha compreensão nossa humanidade esta muito doente, muito mesmo! Assim como aquele enfermo, sinto que devemos ter compaixão de nós mesmos, observarmos que estamos doentes... Faço reflexões mas não estou atacando, estou convidando para a análise, e estou me abrindo para ouvir compreensões diferentes das minhas.

A quem podemos recorrer para salvar a nossa humanidade? As forças armadas estão coordenadas por seres humanos doentes, os políticos no mundo estão doentes, as religiões doentes, a mídia está doente, as artes estão doentes... Me incluo no meio, sou um dos doentes. Parece-me que existem uns poucos com um estado de enfermidade menor. Não tenho vontade de agredir a ninguém, peço que não recebam minhas palavras como agressivas. Estas afirmações são baseadas na minha compreensão.

Acho que é possível mudarmos, mas só vejo o caminho de trabalhar com as crianças, para elas mudarem o futuro, mas como ajudar as crianças se os adultos que são responsáveis por elas estamos doentes? 

Muitas iniciativas bonitas estão aparecendo em diferentes partes do mundo, demonstrando que pessoas mais conscientes estão buscando a harmonia. Mas no geral me parece que ainda estamos muito enfermos.

Será que esta humanidade vai conseguir superar este caos que estamos vivendo? Me parece que estamos vivendo dentro de um apocalipse... Mas confio que cada indivíduo pode conseguir profundas mudanças em si mesmo, independente do rumo que a humanidade tome. Este é o meu propósito de vida, despertar a minha consciência e oferecer o que tenho para oferecer, no sentido de contribuir de alguma forma.

No próximo capítulo vou falar das principais razões deste livro.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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