Semente, síntese da vida...
Virtude, semente do amor!
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Pela minha compreensão a palavra crença traz consigo uma energia carregada de inconsciência. Vejo que acreditar é "aceitar" como verdade algo que eu não sei se é verdadeiro, um contra-senso.
A fé, como já mencionei nos capítulos anteriores, a vejo como "confiança". A confiança não significa que eu aceite o objeto confiável como verdadeiro, apenas confio. A energia da palavra confiança me parece mais sensata. Confiar significa ser consciente que posso me decepcionar, por isto me mantenho em "atenção", "reflexão" e com o coração aberto para os alertas da "intuição", ou seja, mantenho a consciência presente. Estes três aspectos (atenção, reflexão, intuição), os vejo como partes da consciência.
Eu confio nas experiências espirituais (abstratas) que vivenciei, nelas sustento a minha fé, mas mantenho um pé atrás para com estas vivências! Confio mas não "acredito" que sejam verdadeiras. Me educo para não baixar a guarda nem com as minhas próprias vivências.
A minha fé também se sustenta em ações físicas, reais, tudo o que eu já realizei nesta existência. Tenho vivências o suficiente para confiar no SER que sou! Confio e aqui o "acreditar" não tem sentido algum. Não preciso acreditar no que realizei, as minhas realizações são fatos! Mas sou consciente que esta fé não é o suficiente para eu me manter íntegro até o fim desta existência. Tenho o livre arbítrio, posso colocar tudo a perder e destruir esta minha existência. A minha fé relaciona-se com o passado, tudo o que já construí, o meu presente é livre, vou construí-lo.
Há um bom tempo estou me educando para retirar a palavra "crença" do meu verbo. Procuro não acreditar e sim confiar, ou não confiar.
No próximo capítulo farei novas reflexões sobre a fé que nasce do amor.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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