O silêncio é cúmplice da ausência de horizontes no interior da consciência, ventre de luz. O verbo, quando puro, é semente que fecunda o amor!
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Nos capítulos anteriores fiz reflexões sobre a criatividade para produzir momentos especiais a dois, no relacionamento sexual, neste capítulo vou falar sobre os momentos comuns.
Nas refeições eu tenho os pratos básicos, comuns, que geralmente estão presentes. Os pratos especiais não são comuns, pelo menos não o são para mim.
Na relação sexual, pela experiência que tive, observei a mesma situação. Os momentos especiais são especiais, não estão presentes todos os dias.
Para que os momentos comuns se tornem bonitos temos a consciência, sem a necessidade de artifícios externos. A higiene, a organização, a cooperação, a paciência, a humildade, a simplicidade, o diálogo, o carinho, a ternura, etc.
Durante a semana, devido as atividades normalmente serem mais intensas, talvez não dê para organizar os momentos especiais entre os casais, mas nos finais de semana vale a pena o cuidado de dar um tratamento especial para enriquecer a relação a dois. Uma vez por mês, duas vezes ao mês, um mês sim outro não... A consciência do casal é que cria as circunstâncias, intuitivamente, de acordo com o estado psicológico dos dois, de acordo com os momentos deles. Não somos máquinas, talvez não dê para programarmos um calendário para os momentos especiais, pois nestes dias talvez não tenhamos condições psicológicas de seguir o programa.
Estas ações que sugeri para embelezar os relacionamentos, apesar de serem simples, se tornam complexas devido a tantos egos que temos... Lamentavelmente... São tantas picuinhas que os egos criam, gerando desarmonias, competições, intrigas nos relacionamentos...
Não consigo imaginar um casal tendo momentos bonitos de carinho durante o ato sexual, com preliminares românticas, etc, se não houver entre eles uma ligação afetiva. Se o único que os atrai é o desejo sexual, com certeza os momentos íntimos serão pobres e frios... Se o casal viciou o relacionamento com muitas intrigas, então a união sexual talvez se torne apenas carnal, ausente de afeto.
Felizes os casais que buscam o despertar da consciência e por este trabalho, aos poucos, vão construindo relacionamentos baseados no amor.
No próximo capítulo farei reflexões sobre os egos na relação sexual.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
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