sexta-feira, 16 de março de 2018

A luxúria se manifestando no tato (A Consciência) - cap.271

Feito pássaro eu sou
Se há migalhas no caminho
Grato olhar lanço ao Céu
Não havendo, alço vôo...

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Quando eu era adolescente se manifestava em mim a luxúria que sutilmente desejava tocar nas mulheres dentro dos ônibus... Isto é bestial, mas é real, e sabemos que está presente no cotidiano de mutias pessoas. Felizmente, para a minha paz interior, este tipo de ego desapareceu de mim!

Lembro-me de egos que se manifestavam ao dançar com uma mulher, em bailes. Mesmo não sendo ousado, este ego, em alguns momentos, sentia prazer com o simples fato de tocar na mão e na cintura da dama.

As vezes, em uma oportunidade de pegar na mão de uma mulher, seja qual fosse o motivo, um ego da luxúria podia se manifestar.

São muitos os egos da luxúria que se manifestam pelo tato.

Depois de ter me casado e vivido uma vida conjugal por 18 anos, vários tipos de luxúria enfraqueceram consideravelmente, pois antes eram alimentadas por muitas fantasias que foram caindo quando eu passei a viver a normalidade da relação sexual na vida de casado.

Comigo aconteceu mais ou menos a psicologia reversa, quanto mais proibido e desconhecido, mais desejado! Era menor e desejava ter dezoito anos para ver filmes para adultos, depois que completei dezoito anos e vi os filmes, perdeu a graça ter dezoito anos. Era solteiro e praticamente não tive experiências sexuais antes do casamento, duas relações apenas, uma completamente sem prazer e outra muito bonita. Por conta da falta de experiência, a busca pelo desconhecido e proibido (pelos meus preconceitos), fez com que os egos da luxúria se alimentassem. Depois que me casei e a união sexual deixou de ser um mistério, muitos egos foram perdendo a força.

Estas condições psicológicas variam de pessoa para pessoa. Algumas tem uma luxúria acentuada ao longo de toda a vida, outras não tem tanta luxúria mas tem uma ira mais acentuada, etc. Todos temos todos os egos, mas os egos são mais fortes ou mais fracos em diferentes pessoas.

No momento eu sou consciente de que tenho que eliminar muitos egos da luxúria e estou trabalhando. Fui beneficiado pelas vivencias no casamento e pelas experiências sexuais depois do divórcio, o conjunto contribuiu para meu amadurecimento na compreensão das inconsciências dos egos da luxúria. Esta questão das experiências é muito delicada! Podemos aprender com as experiências ou podemos nos perder em um abismo... A vida é assim, um risco. Viver é responsabilidade!

Os egos da luxúria são únicos em cada um, embora tenham características muito parecidas. Estou fazendo reflexões no sentido de talvez contribuir com as observações de alguém, em suas descobertas sobre seus próprios egos.

No próximo capítulo falarei sobre a luxúria estimulada pela audição.

Fraternalmente,


Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
Facebook: A Luz da Consciência
ulisseshigino@gmail.com

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