domingo, 18 de março de 2018

Complementando o capítulo anterior (A Consciência) - cap.277

Sol é luz que brilha iluminando o mundo
Clareando o bem e o mal, anverso e o fundo
Cada qual escolhe qual será a estrada
Luz os ilumina, em qual lado for
Isto é consciência, isto é amor!

----------------------------------

Voltando a considerar a questão da dualidade, se pode haver uma atração forte entre duas pessoas, levando-as para uma experiência de sofrimentos (atração fatal), também pode haver uma atração forte entre duas pessoas, levando-as para uma vivência consciente.

Nos dois casos a atração pode ser forte e só a consciência pode discernir, agindo de forma reflexiva, intuitiva, eliminando os desejos impulsivos e a ansiedade, agindo com serenidade e tomando decisões fora dos momentos de excitação mental, emocional ou sexual. Serenidade!
Toda atração forte pode ser controlada e com o tempo se torna brisa, desde que a consciência saiba realizar este  controle dos seus veículos. Durante uma excitação mental, emocional ou sexual, não convém decisões.

Na adolescência eu tive um encontro muito bonito!
Conheci uma moça, conversamos pouco e no mesmo dia em que nos conhecemos, espontaneamente nos beijamos com a naturalidade de duas crianças! Foi um acontecimento de uma pureza e leveza que eu não consigo descrever com palavras. Simplesmente nos beijamos, sem quê, nem porquê. Não houve necessidades de nenhuma explicação, iniciamos um namoro.

Não houve ansiedade, não houve fantasia, não houve sequer uma paquera. Foi tão simples, singelo, bonito...

Namoramos por uma semana. Ela morava na Bahia e eu em SP. Eu estava passando as férias em Ilhéus e tive que voltar pra casa. Na época eu tinha dezoito anos, ela devia ter dezoito anos também.

O namoro foi um jardim! 
Nossas conversas eram agradáveis, nossos sentimentos eram agradáveis, a atração física era perfume. Não nos relacionamos sexualmente, os encantos estavam voltados para uma alegria de estar juntos! Um êxtase!

Lembro-me que fiquei muito feliz por ter namorado pela primeira vez! Mas não tinha parâmetros para avaliar a grandeza do que eu havia vivido. Pensei comigo: "agora já sei namorar", achando que dali pra frente namoraria todas! Rsrsrs Era um jovem inexperiente de tudo em se tratando de relacionamento afetivo em um namoro.

Voltei pra SP. A rotina, somada com a distância, me fizeram esquecer.

Muitos anos depois, após o meu divórcio, eu fiz uma retrospectiva da minha vida, várias vezes. Continuo fazendo até hoje. Então pude comparar as relações afetivas que tive e descobri o quanto foi bonita aquela experiência, a que eu relatei acima! Neste momento eu já tinha parâmetros para julgar com consciência. As experiências de vida nos dão parâmetros e ajudam a consciência a amadurecer.

Passado um tempo eu reencontrei aquela moça. Ela havia seguido um rumo e eu outro, viveu suas experiências e eu as minhas. Casou, teve filhas, separou e está solteira, o mesmo que aconteceu comigo. Mas se tornou uma pessoa bem diferente de mim, nossos seres, atualmente, estão em ritmos bem distantes... Não pode haver mais nada entre nós, o nosso momento havia sido aquele, na nossa adolescência. Hoje somos simples amigos, ela morando na Bahia e eu no Distrito Federal. Não sei o que ela pensa em relação a mim, mas da minha parte eu percebi claramenteque não temos mais afinidades, estamos muito distantes um do outro, à nível mental e emocional. Fisicamente eu não sei, mas não necessito saber. 

Se eu tiver o privilégio de ter um encontro como este que tive aos dezoito anos, hoje em dia, sabendo mensurar o verdadeiro valor de um relacionamento, certamente serei muito feliz!

Considero que este foi um encontro perfeito de almas em sintonia física e espiritual! Não foi uma atração fatal, foi uma atração de amor. Mas eu precisava viver muitas outras experiências e ela também, o destino nos manteve distantes para que isto acontecesse.


A vida é repleta de experiências que vão contribuindo para o nosso crescimento, ou não, dependendo do nosso nível de consciência. Os acontecimentos bons e ruins, todos podem contribuir para o SER crescer em sabedoria, se ele souber trabalhar estes eventos.

Como dizer o que é a verdade? 
Eu tenho a minha verdade, as minhas experiências, meus estados de consciência. 
O que é a verdade para as demais pessoas? 
Imagino que cada um descobre a verdade por meio de suas experiências, ou não descobre. As experiências que compartilhamos uns com os outros são referências.


Pode haver verdade ou partes de uma verdade nas minhas palavras, cada leitora(o) pode descobrir isto por si, se tiver vontade de fazê-lo. Consciência é descoberta, busca por desvendar, reflexão, movimento, vida!

Fraternalmente,


Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
Facebook: A Luz da Consciência
ulisseshigino@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário