sábado, 2 de fevereiro de 2019

Idolatrias (A Empatia e o Altruísmo) - cap. 14

Alma feminina Rosa é, delicado amor exala... Menestrel que a ama, inspira!

Versos do poeta perfumados ficam, modelando em rima um carinho-beija-flor, pra um beijo mergulhar no olhar da musa...

Alma feminina flora é, lábios-doce-primavera... Menestrel que a ama sonha um dia se afogar nos lábios dela!

Quão doce os lábios deste olhar de flor... Quão bom beijá-la em poesia!

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Desde criança venho assistindo filmes com Rainhas, Reis, Princesas e Príncipes. Também venho assistindo filmes com heroínas e heróis, de todos os tipos. Na sociedade tenho sido condicionado a desejar ser o melhor aluno, a ser um artista famoso, a ser rico, a ser um líder espiritual, a ser um grande jogador de futebol, etc.

Por todos os lados competições, por todos os lados pessoas admirando ídolos. Pela convivência eu fui estimulado a sentir o que as pessoas demonstravam estar sentindo, admiração por alguém, a ter a necessidade de ter alguém para admirar! Empatia.

Os ídolos vivem bem, tem casa boa, comem bem e eu fico desejando ser um. E sem perceber também fui me acostumando a sentir a necessidade de admirar ídolos.

Levei muitos anos para compreender vários aspectos relacionados com a idolatria.

Hoje em dia as rainhas e reis continuam na imagem de artistas famosos, esportistas famosos, intelectuais famosos, empresárias(os) famosas(os). Estas pessoas enchem os bolsos de dinheiro, não conhecem seus fãs, vão ter uma vida de luxo, e o que fazem para diminuir as injustiças sociais? Usam seu poder para combater a pobreza, combater a ignorância, combater as discriminações? Ou seguem com suas vidas de luxo?

Chico Buarque de Holanda fez um linda canção sobre a pobreza, "Gente Humilde". Eu me questiono: Chico Buarque tem empatia com a realidade da pobreza humana? Ou fez a música para sensibilizar as pessoas e ganhar dinheiro? Quantos artistas falam romanticamente do sofrimento humano? Quantos deles saem dos seus condomínios de luxo para estar com os pobres?

Algumas destas pessoas fazem uma grama de caridade, talvez para fazer propaganda pessoal de um bom ser humano, e depois acumulam toneladas de riqueza em si, desequilibrando a balança social. O ídolo planta dez jardins e desmata milhares de hectares... E a população admira o ídolo pelos dez jardins plantados, e o reverencia... Respeitemos as exceções que existam pelo mundo.

Como a empatia atua aqui?
Eu vejo as pessoas admirando ídolos e me identifico com estes atos, me contamino, e passo a agir igual. Nos filmes eu sou condicionado a achar lindo a imagem de um Rei que vive em um Castelo lindo, explorando toda a população que paga impostos pra ele. E somente ele e seus amigos e amigas, a nobreza, são beneficiados. A ralé é a ralé. E eu sou a ralé que é condicionada a achar lindo isto tudo. E tudo isto ficou no meu subconsciente por anos e levei muitos anos para entrar no meu subconsciente e começar a limpar as sujeiras!

Os pobres ficam ricos e ficam como os demais ricos, esquecem dos outros pobres. E no final das contas, pobres e ricos são apenas seres humanos com os mesmos egos, ambos matam por ciúmes, ambos tem orgulho, vergonha, inveja, raiva, luxúria, falsidade, egoísmo, etc.


Eu fiquei muitos anos repetindo a emoção de estar admirando ídolos, fiquei dependente de ser assim... Foi duro me reeducar. Não idolatro mais nenhum SER, nem Buda, nem Cristo, nem Maomé, nem Gandhi, nem Nação nenhuma, nem ninguém. Todos os seres são maravilhosos e a todos dou o mesmo amor. Nem um SER merece mais do meu amor que outro. A formiga é Deus, a flor é Deus, o inimigo é Deus, todos somos partículas divinas e damos lições para todos.

A política cria seus ídolos e manipula seus seguidores que passam a defender seus ídolos, as religiões usam seus ídolos e por meio deles manipulam multidões, os times de futebol usam seus ídolos e manipula, seus torcedores. Ter multidões seguindo é uma prática capitalista. É interessante cativar multidões quando há intenção de concentrar riquezas em si, concentrar poder sobre a sociedade, etc. Respeitemos as exceções, se elas existirem.

No próximo capítulo vou demonstrar meu respeito pelas religiões, para não ser mal interpretado.

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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