sábado, 2 de setembro de 2017

Os esportes e a economia inflacionária (A Consciência) - cap.50

Corpo que da alma é lenha incendeia o mundo com a luz do amor!

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Fui viciado por futebol e levei mais de dez anos para me libertar deste vício, já relatei isto outras vezes. No processo de eliminar os egos do futebol eu passei por crises de abstinência, recaídas, etc. Para eliminar este vício eu tive que eliminar paralelamente o vício pela televisão, pois os dois alimentam um ao outro.

Comprar uma camiseta de um time de futebol, pagar por ela, usá-la e com ela fazer propagando do time, do logotipo do patrocinador e dos ídolos. Pagar para fazer propaganda de graça para instituições ricas que geram a pobreza e todas as suas mazelas, pobreza esta que me afeta, direta ou indiretamente? Onde está a consciência nisto? O que eu ganho com isto? Pagar para alimentar a minha destruição?!

Passar muitos momentos, horas, dedicados a torcer, a buscar informações sobre meu time, a discutir com outros torcedores, a criticar outros times, etc, o que minha alma ganha com isto? O que acrescenta para a minha consciência?

Pagar para assistir jogos, dar dinheiro para instituições que não estão fazendo nada para diminuir o sofrimento humano, contribuir para que poucos se tornem milionários... Onde está a consciência nisto?

Um só jogador de futebol acumula em si riqueza absurda, tira comida da mesa de muitas pessoas pobres, se torna um dos fazedores da miséria humana e eu ainda vou bater palmas pra ele? Onde está a consciência no ato de bater palmas para aquele que está me destruindo?

Um jogador trilionário pode dar todos os meses algumas quantias consideráveis como doação e isto não diminui em nada os estragos sociais que ele continua fazendo ao reter em si tantas riquezas... Digamos que ele continua produzindo todos os meses oitenta por cento de miséria e contribuindo com dois por cento para um mundo melhor, que economia é esta? A quem está enganando? E eu vou aplaudir este filântropo? Isto é caridade ou propaganda pessoal, para ser visto como pessoa humanitária?

Já vivi tudo isto, não vivo mais e não tenho a mínima vontade de voltar a viver desta forma.

Compreendo que é saudável praticar exercícios físicos para ter saúde e não ficar admirando pessoas que praticam esportes enquanto eu fico levando uma vida sedentária, sentado em um sofá, torcendo... 

Tive que tirar muitos egos de mim, que estavam relacionados com os esportes e as competições. Hoje sou muito agradecido por ter me libertado destas práticas, sinto minha alma caminhando rumo a libertar-se de tantas inconsciências.

Voltarei a escrever amanhã.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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