Compreendo que o professor não tem sentido sem o aluno, assim como o aluno não tem sentido sem o professor.
O aluno educa o professor para a compreensão, paciência, tolerância, respeito, amor. O professor educa o aluno para se tornar um Mestre um dia!
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Muitos artistas se tornam famosos e fazem riqueza às custas dos seus fãs. Muitos fãs vão aos estádios, pagam um preço considerável, ficam horas na fila, aplaudem, idolatram... O artista principal fica com a maior parte do dinheiro arrecadado, poucos empresários também saem com a maior parte do lucro, a maioria dos que trabalham duro são os que menos ganham, os vigias, o pessoal da limpeza, a equipe de iluminação, de sonorização, etc.
No final do evento todos os aplausos e admiração se direcionam para o artista principal, é como se não existissem todos os demais que fazem parte da construção do espetáculo...
Os poucos que mais lucram, enchem o bolso de dinheiro e vão embora, para estes não importa a condição de vida dos fãs, nem fazem ideia dos nomes destes, quem são...
Os ídolos vestem e comem do bom e do melhor, possuem casas e carros suntuosos, etc, e que colaboração dão para a sociedade? Na minha percepção, quanto mais visibilidade e poder uma pessoa tenha, maiores suas responsabilidades para com seus semelhantes, pois os representam. Usar de uma posição de destaque para ficar alimentando os egos, vaidades, cobiças, luxúrias, etc, é afundar a alma na lama do egoísmo.
Estes ídolos são parte da "economia inflacionária" na sociedade, pessoas que retem em si uma parte considerável da riqueza, sendo responsáveis pela pobreza e todas as suas mazelas. Eu, como fã, ainda os admiro, os aplaudo, ou seja, estou aplaudindo a minha destruição, pois estas pessoas estão contribuindo para o agravamento dos problemas sociais.
Com o passar do tempo passei a separar artistas de suas artes, compreendi as inconsciências da idolatria e fui retirando de mim estas práticas.
O amor não discrimina, se for para idolatrar um, idolatra a todos! Idolatra a formiga, o porco, o mendigo, a prostituta, o ladrão, o rico avarento, o luxurioso, o virtuoso, os astros, etc.
Não vejo problemas em uma pessoa que tenha a habilidade de produzir riquezas, desde que esta pessoa seja consciente e use sua riqueza de forma inteligente, com projetos para diminuir a pobreza, para diminuir os sofrimentos humanos, levando uma vida simples e dando exemplos de respeito para com a natureza, para com seu próprio corpo, para com todos os seres.
Leitoras, leitores, hoje trabalhei consideravelmente e não estou disposto fisicamente para escrever mais que este capítulo, amanhã volto a escrever e publicar e vou aprofundar as reflexões sobre as inconsciências que resgato dentro do mundo artístico.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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