O Ser que sou talvez caminhe sobre o chão de estrelas, atraído pelo perfume dos mistérios, para além do espaço e do tempo, enquanto o corpo, roupa, dorme sobre a cama...
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Percebi que as informações que escrevi no capítulo 70 podem dar uma ideia de que eu viva em um paraíso, preciso fazer complementos.
Sobre a minha vida relatei a realidade, porém, de períodos em períodos, como qualquer pessoa, vivo atribulações, turbulências, situações delicadas para administrar.
As vezes é a saúde de um ou outro dos meus filhos que moram comigo, outras vezes uma dificuldade de ordem profissional, outras vezes um defeito na parte hidráulica da casa que afeta um vizinho, etc. O grau de seriedade das situações de conflito variam.
Muitos egos aparecem nos momentos de calmaria, mas outros são característicos dos momentos de sofrimento.
Se eu viver em um paraíso muitos dos meus egos não vão aparecer e eu não terei como me transformar!
Os meus trabalhos para o despertar estão me permitindo mudar muitas coisas na minha vida, e estas mudanças também estão sendo possíveis por conta dos momentos difíceis que tenho que transcender.
É um dilema... Se não houverem as atribulações eu não me supero, porém, as atribulações não são agradáveis... O que fazer? Assim é a vida!
Com o despertar ou sem o despertar da consciência, viver não é uma tarefa simples!
Milhões de pessoas estão passando por situações bem mais graves do que as atribulações que tenho vivido até então. De toda forma temos que enfrentar a vida, suas alegrias e tristezas, ou a enfrentamos procurando ser mais conscientes, ou a enfrentamos com a consciência adormecida. Escolhi o despertar!
Concluindo, o caminho do despertar tem me feito uma pessoa mais lúcida e mais realizada internamente, como Ser. Muito da minha vida exterior melhorou no sentido da harmonia, porém eu continuo enfrentando dificuldades como qualquer outra pessoa.
Com o despertar da consciência eu não estou atrás de viver uma vida sem atribulações, estou buscando aprender a viver de forma consciente, tanto nos momentos alegres quanto nos momentos tristes. A vida é dual e eu não vejo como fugir disto, mas posso aprender a lidar de forma a manter a minha paz interior!
Por conta dos meus trabalhos para ajudar os semelhantes, talvez eu consiga cancelar alguns sofrimentos mais sérios que estão para me afetar, dentro do meu destino, outros eu sinto que terei que passar porque me ajudarão a despertar a consciência.
Volto a escrever amanhã.
Fraternalmente,
Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br
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