domingo, 29 de janeiro de 2017

Silenciando as poucos (Exercícios Para Transmutar o Ego em Flor) cap.166

Vou limpando o barulho da mente, retirando a sujeira-ruído da pele-alma, lavando-a na fonte-consciência!

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Aos poucos tenho enfraquecido e eliminado de mim as práticas de falar mal das pessoas, dos seres, da natureza, fofoca. Tanto verbalmente quanto mentalmente.

Aos poucos tenho retirado do meu verbo as palavras de baixo calão, tanto no verbo falado quanto no verbo-pensamento. Depois de muitos exercícios estou aprendendo a não agredir com palavras nem a um bandido, nem ao meu agressor; para me defender não necessito da ira, faço isto bem melhor tendo o domínio das minhas emoções, mantendo-me sereno, mantendo-me no controle.

Aos poucos tenho me educado para eliminar de mim o "saudosismo", não viver saudades, apenas relembrar o passado, quando necessário para compreender o presente.

Aos poucos tenho me educado para eliminar o vício das preocupações, projetar possíveis acontecimentos futuros negativos. Inteligente é viver o real e não criar sofrimentos que nos envenenam. Por piores que sejam as possíveis perspectivas, a serenidade é a minha melhor companheira, meu escudo, minha proteção.

Aos poucos tenho retirado de mim os hábitos da fantasia, seja ela de que natureza for, luxuriosa, vaidosa, orgulhosa, gulosa, etc. Estou aprendendo a apreciar a realidade e desfrutar dos seus ensinamentos.

Há muito tempo parei de escutar música de acordo com o que fui educado pela sociedade. Criava muitas representações mentais de canções e elas ficavam feito fantasmas me assombrando em qualquer momento do dia. Em qualquer situação uma música surgia na minha tela mental e atrapalhava minha concentração, me estimulava a fantasias, me levavam ao saudosismo, etc. Hoje em dia, quando vou escutar uma canção, faço desta prática uma refeição! Seleciono a canção que vou escutar e reflito sobre ela atentamente. Músicas contínuas somente se eu estiver em uma festa ou na companhia de pessoas que tenham este costume, ou quando estou dando aulas, pois sou professor de música. Não escuto rádio e não faço atividades com fundo musical, salvo em momentos especiais. Respeito as pessoas e não peço para ninguém agir como eu, apenas dou sugestões. Vivo paquerando o silêncio da consciência!

Me educo para não brigar, para não enganar as pessoas, para não ser desleal, para não desrespeitar. Me observo durante o dia e quando descubro meus egos trabalho para eliminá-los, colocando no lugar as virtudes da alma.

Antes das refeições faço a oração da gratidão, ao despertar agradeço pela vida, agradeço o meu local de trabalho quando nele chego, agradeço aos elementais do meu lar por protegerem e confortarem a mim e aos meus filhos, etc. No lugar do que antes eram ações dos egos coloco ações reflexivas, observação atenta do meu comportamento, pensamentos e emoções, interação com a natureza, etc.

Aos poucos, com todos estes procedimentos descritos acima, minha mente vai se tornando uma lagoa... Durante a noite, na prática de Meditação, procuro mergulhar nesta lagoa!

Se o ego vai saindo o silêncio da alma vai iluminando todos os níveis da mente. Se a luz chega a escuridão se afasta e se eu retiro a escuridão a luz vem me beijar! Nenhum lugar fica vazio...

A Meditação é uma prática que se complementa com o trabalho no dia a dia para estabelecermos a iluminação em nós, até que consigamos viver o "êxtase" de estar em comunhão com o SER, livre de todos os egos, a cada instante.

Os egos produzem uma tagarelice contínua em nossa mente, despertar a consciência é buscar a paz interior!

De que me adianta meditar durante a noite e durante o dia deixar minha mente descontrolada, fofocando, ofendendo, fantasiando, viajando saudosamente para o passado, criando preocupações, sendo levada por representações mentais de canções, etc?

Sugiro leituras e releituras deste capítulo. No próximo final de semana continuarei com as publicações.

Fraternalmente,

Ulisses Higino
www.poesiasparaodespertar.blogspot.com.br

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